Historia - Antiguidade Oriental

por EstudanteCiencias Ter 30 Jan 2018, 11:48

Na Antigüidade, a Europa mediterrânea e o Oriente Próximo viram o surgimento e o esfacelamento
de diversos impérios. Sobre eles pode-se afirmar que

a) a unidade política acabou depois de algum tempo por se fazer acompanhar de uma unidade religiosa.
b) a diversidade racial e cultural enfraquecia-os, apesar da existência de mecanismos que pretendiam
estabelecer uma real unidade.
c) os centros políticos coincidiam sempre com os centros econômicos.
d) com exceção do Império Romano, todos nasceram de confederações de cidades-Estado em constante luta
interna.
e) seus centros dinâmicos localizavam-se nas zonas litorâneas, por terem economias essencialmente mercantis.

Gab: B. Galera, o imperio persa, um dos maiores e mais influentes do antiguidade oriental adotava uma pratica de tolerancia religiosa com os povos conquistados além de alianças politicas com suas respectivas elites. Isso criou uma estabilidade social que permitiu a expansão do imperio. A mesma politica foi utilizada por Alexandre, o Grande que criou um dos maiores imperios da historia. Portanto a diversidade racial/cultural não teria fortalecido imperios? Além disso, porque a letra A esta errada?

por AlunoX Ter 30 Jan 2018, 13:14

Vou começar falando da letra A.

Observe que na letra A a queda dos impérios é associada ao fato de serem teocráticos. Ora, é exatamente o contrário. O fato da religião e política se misturarem foi que possibilitou muitos desses impérios se manterem. É só pensar no Egito: se os camponeses não acreditassem no caráter divino do Faraó, não iriam se sujeitar ao comando dele.

As letras C, D e E é fácil perceber porque estão erradas.

Agora eu vou explicar porque a letra B está correta.

Você está um pouco errado sobre o Império persa e o Alexandre Magno.

Bom, primeiro, obviamente, a política de tolerância dos persas tinha seu lado positivo. Como você disse, ela criava estabilidade social. Diferentemente dos assírios, os persas não precisavam temer o tempo todo uma rebelião.

Todavia, ela tinha um lado negativo. Os persas respeitavam as diferenças entre os povos, mas, por outro lado, eles não estabeleciam uma homogeneidade cultural no Império. Quero dizer, eles não misturavam os povos conquistados e o seu. Consequentemente, um egípcio, por exemplo, por não ter muita proximidade cultural com um judeu, não via porque lutar para defendê-lo; um fenício não via porque morrer por um persa; e assim por diante.

Logo, quando Alexandre Magno invadiu, mal ele derrotou os primeiros exércitos, a resistência do Império persa já começou a diminuir. Quando ele chegou ao Egito, nem precisou lutar. Foi recebido como filho de Amon-Rá.

Muito inteligente, Alexandre percebeu essa desunião. Então, conforme seu exército passava pelos territórios, ele estimulava o intercâmbio cultural entre os gregos e os povos conquistados. Na verdade, no Egito, ele mandou iniciar a construção de Alexandria. Ademais, estimulou que seus generais casassem com mulheres persas, e, embora seus soldados não gostassem muito (para eles os persas eram bárbaros), ordenou que tropas dos povos conquistados se unissem aos seus homens.

É por isso que a gente fala em cultura helenística quando estuda a invasão grega na Pérsia e não fala muito sobre miscigenação de culturas ao estudar os persas.

De posse dessas informações, é fácil perceber que a alternativa B está correta.