A questão da fome e seus fatores motivadores

Gabaew escreveu:

       Conforme afirmou Thomas Malthus, a produção de alimentos crescia em progressão aritmética, enquanto que a população mundial aumentava a passos largos, como uma progressão geométrica. Nesse contexto, a fome era apenas uma questão de tempo para se tornar a (causa) da morte de milhões de pessoas. Entretanto, era inesperado um crescimento tão grande em na produtividade agrícola, sendo enfim possível alimentar o mundo. Apesar disso, no século XXI, em países como o Brasil, a fome participa do dia-a-dia de milhões de pessoas, provando que Malthus acertou as consequências, mas errou os fatores motivadores. Diante disso, pois, no Brasil, a persistência da fome no Brasil é provocada principalmente por fatores físicos e políticos-sociais.
       Em primeiro plano, ao observar mais a fundo a questão da fome no Brasil no plano nacional (Obs 1) se torna perceptível que ela é endêmica, ou seja, apesar de ocorrer em todo o país, tem mais frequência em algumas regiões. Nesse cenário, a causa da ''regionalização'' da fome  é  são evidentemente problemas físicos como a seca  secas e inundações, que interferem diretamente no desenvolvimento da economia e agricultura de subsistência. Nesse sentido, o livro Justino o retirante  "Justino, o retirante" apresenta a realidade de fome e sofrimento que muitos nordestinos passam, principalmente por causa da seca.
      Além disso, a concentração de terras e de renda, algo completamente desconsiderado por Malthus, [ mostra que poucos tem têm muitos recursos e muitos tem têm poucos ] (Obs2). Nesse cenário, milhões passam fome, sem ter o que consumir ou produzir, enquanto milhares de latifúndios permanecem inutilizados. Diante disso, a população ainda tem que conviver com um serviço público precário na zona urbana e praticamente inexistente na rural. Dessa forma, percebendo todo o contexto, torna-se claro a necessidade  de uma ação mais contundente do Estado.
     Em síntese, apesar do Brasil possuir recursos suficientes para acabar com a fome, ela ainda persiste em razão de fatores físicos e políticos-sociais. Devido a isso, o Estado deve enviar mais recursos para zonas físicas sensíveis, provocando um maior equilíbrio no desenvolvimento local. Aliado a isso, é necessário um investimento maior em areas áreas mais afastadas dos centros urbanos. Como resultado é esperado um país menos (o que?) e bem alimentado.