REDAÇÃO FUVEST - LIBERDADE DE EXPRESSÃO

TEMA : Deve haver limites para a liberdade de expressão?




                Assegurada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, a liberdade de expressão é um dos pilares da democracia moderna e um direito básico ao qual todos deveriam ter acesso. A luta para assegurar esse direito foi enorme e muito duradoura, porém muitos ainda parecem não entender esse direto ou, mais preocupante ainda, não entendem o que é a liberdade de expressão.
                Como dito por Voltaire, ‘Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei seu direito de dizê-lo’, a liberdade de expressão assegura o seu direito de externar sua opinião a cerca de qualquer assunto. O problema gerado acerca dela é uma confusão comumente feita entre a liberdade e libertinagem, encontrada em discursos de ódio, preconceituosos.
Com o advento das redes sociais é muito comum encontrarmos páginas e mais páginas online que disseminam seu ódio sob a alegação que é apenas uma opinião. Como já dito por um filósofo inglês, a sua liberdade acaba quando começa a liberdade de outrem. Isto é, a partir do momento em que sua opinião fere diretos de terceiros, ela deixa de ser válida.
A frase ‘Je suis Charlie’ tomou o mundo há pouco tempo. Uma forma de demonstrar o choque ocasionado por um atentado terrorista à redação de uma revista francesa. O problema é que o atentado foi uma espécie de resposta à uma publicação feita pela mesma revista, onde usavam a figura do profeta Maomé numa charge humorística preconceituosa. Com a gravidade do atentado, sempre injustificável, acabamos não alocando atenções ao primeiro erro, feito pela revista.

Analisando muitas sociedades, observamos que a liberdade de expressão é um direito que nunca pode ser tirado de ninguém, mas que infelizmente deve ser supervisionado para prevenir que mais pessoas se confundam e a usem como justificativa para espelhar preconceitos e opiniões que não deviam sequer ainda existir (como a marcha neonazista ocorrida na cidade de Charlottesville, EUA, em pleno ano de 2017).

Liliana Rodrigues escreveu:Gostei bastante da sua redação! Você deu argumentos e mostrou conhecimento em várias esferas do saber. De dica, procura dar coesão entre seus parágrafos, pra que eles tenham "continuidade", por exemplo, ao invés de começar com "A frase ‘Je suis Charlie’", comece com "Nesse contexto, a frase....", ou outro semelhante (não sou boa em coesão, já perdi muitos pontos, mas tô tentando melhorar), e no desfecho, ao invés de começar com "Analisando muitas sociedades", comece com "dessa forma/ portanto/ logo...", pra mostrar que você está terminando seu texto. Eu sei que dá pra saber que está terminando, mas o Enem cobra bastante essa parte de coesão (200 pontinhos em alguma competência), e também tente não colocar novos dados ou ideias no seu desfecho, como o exemplo da marcha neonazista. O desfecho é mais um "geral" da sua opinião, um resumo do que já foi dito.
Mas no geral, está muito bom, acredito que você tiraria uma nota bem próxima da máxima com essa redação

Essa redação dele é pro Enem? É que vi FUVEST no título.

Eu sei que é pra Fuvest, mas dei dicas que valem pra qualquer prova. A única diferença da redação do Enem é que ela exige uma proposta de intervenção no último parágrafo. 
Tanto é também que eu nem falei nada de proposta de intervenção, por que sabia que não era pro Enem

Entendi os pontos ressaltados e vou trabalhar em como melhorá-los. Muito obrigado!!!!!

Liliana Rodrigues escreveu:Eu sei que é pra Fuvest, mas dei dicas que valem pra qualquer prova. A única diferença da redação do Enem é que ela exige uma proposta de intervenção no último parágrafo. 
Tanto é também que eu nem falei nada de proposta de intervenção, por que sabia que não era pro Enem

Ah sim , claro. No caso se fosse pro Enem , a conclusão teria uma  decréscimo na nota pela falta de propostas de intervenções , é que leio muitas redações aqui e percebi que muitas não apresentam proposta de intervenção , estas devem ser focadas em outros tipos de vestibulares.