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Mensagem por leo 255 Dom 05 Jun 2016, 21:34

Estava tão cansado, tão machucado, que ia quase adormecendo no meio daquela desgraça. Havia ali um bêbedo tresvariando em voz alta [...] Discutiam, queixava-se da lenha molhada. Fabiano cochilava, a cabeça pesada inclinava-se para o peito e levantava-se. [...] Acordou sobressaltado. Pois não estava misturando as pessoas, desatinando? Talvez fosse efeito da cachaça. Não era: tinha bebido um copo. [...] Ouviu o falatório do bêbedo e caiu numa indecisão dolorosa. Ele também dizia palavras sem sentido, conversava à toa. Mas irou-se com a comparação, deu marradas na parede. Era bruto, sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. Estava preso por isso? Como era? Então mete-se um homem na cadeia porque ele não sabe falar direito? Que mal fazia a brutalidade dele? Vivia trabalhando como um escravo. [...] RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 

A leitura do segundo parágrafo permite depreender a imagem que Fabiano tem de si mesmo e a sua reação ao domínio a que se submete, por meio do discurso indireto livre. Esse discurso é efetivado pela

a) reprodução dos estados mentais, dos gestos ou dos pensamentos da própria personagem.

b) narração, por nexo de subordinação sintática, com verbos de ação adequados.

c) interlocução evidenciada entre duas personagens, com pontuação pertinente.

d) voz de um narrador intruso, que faz reflexões ou comentários.

e) primeira pessoa, com o recurso do narrador-personagem

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