Miçanga deslizando em aro giratório - MHS
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Miçanga deslizando em aro giratório - MHS
Uma bolinha que tem massa m está afixada (podendo se mover com apenas um grau de liberdade ) a um aro de Raio R que gira em torno do eixo vertical que passa pelo diâmetro (ver figura) .
Calcule o período de pequenas oscilações em torno da posição de equilíbrio .
[img][/img]
Ps: Não tenho o gabarito .
pensei que pudesse comparar a um pêndulo simples,pois existe uma forca Normal apontando para o centro ,tal que:
N-mg.cos = Fc1 ,onde fc1 é a forca resultante centripeta varíavel que depende da velocidade angular com que o corpo percorre o aro,e no pêndulo T-mgcos = fc1
para pequenas oscilações T = 2PI.sqrt(L/g) ,então pensei que a rotação do aro pudesse criar uma gravidade aparente que seria substituida ali no lugar de "g"
Lembrei que dependendo da latitude que estamos na terra,existe um peso aparente devido a rotação da terra.
chamando de w1 a velocidade angular que o corpo percorre o aro ,equacionei :
N-mg.cos(a) = m(w1)².R
devido a rotação do aro,quando a bolinha vai descendo o raio em que ela gira vai mudando ,assim
Nx = Fc2
N.sen(a) = mw².Rsen(a)
N = mw².R
assim ,conseguimos encontrar w1 em função de w ,para montarmos o triangulo de forças e fazer:
(Pap)² = (fc1)² +(fc2)² -2.(fc1)(fc2).cos(90-a)
ai dá para encontrar a gravidade aparente.
Não sei se esse caminho está correto ,até pela expressão fora de série que ele gera ,gostaria que me ajudassem a encontrar meus erros e consequentemente apresentarem uma solução para a questão.
Obrigado a todos.
Calcule o período de pequenas oscilações em torno da posição de equilíbrio .
[img][/img]
Ps: Não tenho o gabarito .
pensei que pudesse comparar a um pêndulo simples,pois existe uma forca Normal apontando para o centro ,tal que:
N-mg.cos = Fc1 ,onde fc1 é a forca resultante centripeta varíavel que depende da velocidade angular com que o corpo percorre o aro,e no pêndulo T-mgcos = fc1
para pequenas oscilações T = 2PI.sqrt(L/g) ,então pensei que a rotação do aro pudesse criar uma gravidade aparente que seria substituida ali no lugar de "g"
Lembrei que dependendo da latitude que estamos na terra,existe um peso aparente devido a rotação da terra.
chamando de w1 a velocidade angular que o corpo percorre o aro ,equacionei :
N-mg.cos(a) = m(w1)².R
devido a rotação do aro,quando a bolinha vai descendo o raio em que ela gira vai mudando ,assim
Nx = Fc2
N.sen(a) = mw².Rsen(a)
N = mw².R
assim ,conseguimos encontrar w1 em função de w ,para montarmos o triangulo de forças e fazer:
(Pap)² = (fc1)² +(fc2)² -2.(fc1)(fc2).cos(90-a)
ai dá para encontrar a gravidade aparente.
Não sei se esse caminho está correto ,até pela expressão fora de série que ele gera ,gostaria que me ajudassem a encontrar meus erros e consequentemente apresentarem uma solução para a questão.
Obrigado a todos.
arthur barroso- Iniciante
- Mensagens : 14
Data de inscrição : 11/04/2015
Idade : 27
Localização : curitiba
Re: Miçanga deslizando em aro giratório - MHS
Apaguei minha solução para não confundir nem você nem que lerá este tópico. Siga o gabriel.
Última edição por gilberto97 em Dom 31 Jan 2016, 20:18, editado 1 vez(es)
gilberto97- Fera
- Mensagens : 590
Data de inscrição : 12/03/2014
Idade : 27
Localização : São Luís, Maranhão, Brasil
Re: Miçanga deslizando em aro giratório - MHS
Olá Arthur,
antes de mais nada, temos que ter cautela ao dizermos a direção em que se encontra a resultante centrípeta. Teríamos a direção normal do aro como a direção centrípeta se ele estivesse realizando uma rotação em torno do eixo perpendicular ao plano do aro, passando pelo seu centro. Caso a bolinha estivesse grudada ao aro, e este estivesse realizando a rotação em torno do eixo vertical que passa pelo diâmetro, a direção centrípeta seria encontrada na reta horizontal que passasse pela bolinha. Mas como no caso temos, além da rotação, a aceleração gravitacional, fica difícil achar a direção centrípeta da bolinha.
Acredito que, como ela sofre oscilações enquanto todo o sistema bolinha-aro fica girando, podemos tentar trabalhar no referencial não-inercial do aro. Ou seja, iremos deixar o aro parado e o preço disso será a adição de uma aceleração inercial fruto da rotação: a chamada força centrífuga, que é aquela que quando você está no interior de um carro realizando uma curva, parece te jogar pra fora dele. Sendo assim, teremos algo como na imagem:
A aceleração A é a aceleração inercial centrífuga, que é dada por:
A=\omega^2 R \sin{\theta}
visto que, na posição da bolinha, a direção do eixo de rotação até a bolinha é de R sin(θ).
Como, no referencial do aro, a bolinha não irá se movimentar ao longo da direção normal, iremos contabilizar a força resultante na direção tangencial:
F_t=P\sin{\theta}-mA\cos{\theta}
F_t=mg\sin{\theta}-m\omega^2 R\sin{\theta}\cos{\theta}
F_t=mg\sin{\theta}-m\omega^2 R\frac{2\sin{\theta}\cos{\theta}}{2}
F_t=mg\sin{\theta}-m\omega^2 R\frac{\sin{2\theta}}{2}
Veja queF_t=ma_t=m\frac{d^2s}{dt^2}
Onde s é quantidade de deslocamento da bolinha ao longo do aro. Para um comprimentods no aro, a bolinha terá varrido um arco d\theta , implicando que ds=Rd\theta , logo:
F_t=mR\frac{d^2\theta}{dt^2}=mR\ddot{\theta}
Assim,
mR\ddot{\theta}=mg\sin{\theta}-m\omega^2 R\frac{\sin{2\theta}}{2}
\ddot{\theta}=\frac{g}{R}\sin{\theta}-\omega^2 \frac{\sin{2\theta}}{2}
Sendo as oscilações de pequena magnitude, teremos ângulos pequenos de forma que \sin{\theta}=\theta e \sin{2\theta}=2\theta :
\ddot{\theta}=\frac{g}{R}\theta-\omega^2 \theta
\ddot{\theta}+(\omega^2 -\frac{g}{R})\theta=0
Isso lembra a equação de um oscilador harmônico
\ddot{x}+\omega'^2x=0
Que tem como período\frac{2\pi}{\omega'}
Definindo \omega'^2= \omega^2 - \frac{g}{R}
Teremos que o período de oscilações será:
T=2\pi \sqrt{\frac{R}{R\omega^2 - g}}
Veja que este período será o mesmo em relação a de um referencial inercial, pois as oscilações serão mantidas, mas não em um plano e sim em um movimento complexo em que a bolinha irá percorrer o aro mudando o plano da oscilação a cada instante.
antes de mais nada, temos que ter cautela ao dizermos a direção em que se encontra a resultante centrípeta. Teríamos a direção normal do aro como a direção centrípeta se ele estivesse realizando uma rotação em torno do eixo perpendicular ao plano do aro, passando pelo seu centro. Caso a bolinha estivesse grudada ao aro, e este estivesse realizando a rotação em torno do eixo vertical que passa pelo diâmetro, a direção centrípeta seria encontrada na reta horizontal que passasse pela bolinha. Mas como no caso temos, além da rotação, a aceleração gravitacional, fica difícil achar a direção centrípeta da bolinha.
Acredito que, como ela sofre oscilações enquanto todo o sistema bolinha-aro fica girando, podemos tentar trabalhar no referencial não-inercial do aro. Ou seja, iremos deixar o aro parado e o preço disso será a adição de uma aceleração inercial fruto da rotação: a chamada força centrífuga, que é aquela que quando você está no interior de um carro realizando uma curva, parece te jogar pra fora dele. Sendo assim, teremos algo como na imagem:
A aceleração A é a aceleração inercial centrífuga, que é dada por:
visto que, na posição da bolinha, a direção do eixo de rotação até a bolinha é de R sin(θ).
Como, no referencial do aro, a bolinha não irá se movimentar ao longo da direção normal, iremos contabilizar a força resultante na direção tangencial:
Veja que
Onde s é quantidade de deslocamento da bolinha ao longo do aro. Para um comprimento
Assim,
Sendo as oscilações de pequena magnitude, teremos ângulos pequenos de forma que
Isso lembra a equação de um oscilador harmônico
Que tem como período
Definindo
Teremos que o período de oscilações será:
Veja que este período será o mesmo em relação a de um referencial inercial, pois as oscilações serão mantidas, mas não em um plano e sim em um movimento complexo em que a bolinha irá percorrer o aro mudando o plano da oscilação a cada instante.
Última edição por gabrieldpb em Dom 31 Jan 2016, 19:37, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Melhorias)
Convidado- Convidado
Re: Miçanga deslizando em aro giratório - MHS
Segundo modo... Dessa vez sem me complicar todo
Usando energia...
A bolinha terá duas velocidades, uma "pendular" e outra "circular", esta última surge porque o aro está em movimento de rotação. Suponha que a bolinha esteja inicialmente em uma posição y_{0}=R.cos(\theta_{0}) e após um intervalo de tempo pequeno passe para uma posição y=R.cos(\theta) , tal que
h = y - y_{0} = R.(cos(\theta)-cos(\theta_{0}))
A variação da energia potencial gravitacional é compensada pela variação da energia cinética:
\frac{mv^{2}}{2}=mgh
A velocidade v será a resultante das velocidades pendular e circular da bolinha. Seja vp a velocidade pendular e vc a velocidade circular. Temos que
v_{p}=\sqrt{2gh}
v_{c}=\omega .R.sen(\theta)
Como o ângulo entre essas velocidades é noventa graus, sua resultante será:
v = \sqrt{2gh+\omega ^{2}R^{2}sen^{2}(\theta)} = R\dot{\theta}
Então...
\dot{\theta}=\sqrt{\frac{2g(cos(\theta)-cos(\theta_{0}))}{R}+\omega ^{2}sen^{2}(\theta)}
Chamando toda a expressão no radical de u, podemos fazer
\ddot{\theta}=\frac{\mathrm{d}\sqrt{u} }{\mathrm{d} u}\frac{\mathrm{d} u}{\mathrm{d} t} ,
o que nos fornece
\ddot{\theta}=\frac{1}{2}\frac{1}{\sqrt{\frac{2g(cos(\theta)-cos(\theta_{0}))}{R}+\omega ^{2}sen^{2}(\theta)}}\left ( \frac{-2gsen(\theta)}{R}+\omega ^{2}sen(2\theta) \right )\dot{\theta}
Simplificando:
\ddot{\theta}=\frac{-g.sen(\theta)}{R}+\frac{\omega ^{2}sen(2\theta)}{2}
Utilizando a aproximação para ângulos pequenos, chegamos a seguinte equação diferencial:
\ddot{\theta}+\left ( \frac{g}{R} -\omega ^{2}\right )\theta=0
A equação para o oscilador harmônico é da forma:
\ddot{\theta}+\omega '^{2}\theta=0
Então, a pulsação da oscilação é
\omega '=\sqrt{\frac{g}{R}-\omega ^{2}}
\boxed {T = 2\pi \sqrt{\frac{R}{g-\omega ^{2}R}}}
Note que g_{ap}=g-\omega ^{2}R , como deve ser.
Usando energia...
A bolinha terá duas velocidades, uma "pendular" e outra "circular", esta última surge porque o aro está em movimento de rotação. Suponha que a bolinha esteja inicialmente em uma posição
A variação da energia potencial gravitacional é compensada pela variação da energia cinética:
A velocidade v será a resultante das velocidades pendular e circular da bolinha. Seja vp a velocidade pendular e vc a velocidade circular. Temos que
Como o ângulo entre essas velocidades é noventa graus, sua resultante será:
Então...
Chamando toda a expressão no radical de u, podemos fazer
o que nos fornece
Simplificando:
Utilizando a aproximação para ângulos pequenos, chegamos a seguinte equação diferencial:
A equação para o oscilador harmônico é da forma:
Então, a pulsação da oscilação é
Note que
Última edição por gilberto97 em Seg 01 Fev 2016, 00:36, editado 1 vez(es)
gilberto97- Fera
- Mensagens : 590
Data de inscrição : 12/03/2014
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Localização : São Luís, Maranhão, Brasil
Re: Miçanga deslizando em aro giratório - MHS
gilberto97 escreveu:Segundo modo... Dessa vez sem me complicar todo
Usando energia...
Boa Gilberto!
Convidado- Convidado
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