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TEMA: Militarização da educação

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Mensagem por Convidado Ter 06 Out 2015, 17:14

Disciplina, ordem e autoridade favorecem a educação?
Os colégios militares de vários Estados do Brasil se tornaram destaque nos meios de comunicação pelos bons resultados que seus alunos obtiveram no Enem no ano passado. Para muitos pais e educadores, estabelecimentos de ensino regidos pela disciplina militar proporcionam aos alunos aquilo que se espera de uma escola: formar alunos competentes para enfrentar os desafios da educação, entre os quais o Enem e, depois, a vida universitária. Naturalmente, há quem não concorde com isso e por motivos tão razoáveis quanto aqueles dos que pensam diferente. Há quem diga que a rigidez da ordem militar não colabora com a formação de mentes abertas, críticas e criativas. Veja opiniões a favor e contra essas escolas na coletânea de textos que integra esta proposta de redação. Depois disso, redija um texto dissertativo-argumentativo, dizendo se você estuda ou estudaria num colégio militar, e quais são os motivos que o levam a tomar sua posição. Conclua seu texto refletindo se a disciplina, a ordem, o respeito à autoridade são ou não são úteis no processo educacional de um jovem.

OBS.: Não vou responder na redação a parte em vermelho porque eu achei muito pessoal e desnecessário para responder se a disciplina, a ordem e autoridade favorecem a educação.



MINHA REDAÇÃO

O cárcere que liberta
           A militarização das escolas é uma comprovação de que Michel Foucault estava certo ao afirmar, em “Vigiar e punir”, que “as luzes que descobriram as liberdades inventaram também as disciplinas”. Naquele contexto, o filósofo francês argumentava que não há relação de poder que não seja acompanhada da criação de saber e vice-versa. No Brasil contemporâneo, entender que esses conceitos de liberdade-disciplina e disciplina-liberdade promovem o conhecimento é a primeira necessidade para compreender os benefícios de uma educação militarizada, frente ao tradicional sistema de ensino civil adotado nas escolas públicas.
          Partindo do pressuposto, há de se definir os modelos adotados por essas duas esferas. Enquanto a primeira procura desenvolver o “aprender para ser livre”, a segunda aplica o “ser livre para aprender”. A diferença consiste no fato do indivíduo ser passivo ou não, diante do que lhe é ensinado e de quem lhe ensina. Logo, em ambos os casos, existe a criação do saber, mas de formas diferentes: em uma ele é imposto e desenvolvido em prol da liberdade; em outra, ele é oferecido, para que o indivíduo escolha ou não o que quer aprender e desenvolver.
            Sob essa perspectiva, considera-se que o argumento de que a militarização das escolas fere a democracia parte do sistema liberdade-disciplina, ou seja, de um sistema em que o conhecimento é limitado justamente porque os alunos têm a liberdade de escolher aquilo que lhes convêm como útil. Por outro lado, aqueles que defendem a militarização sabem que, quando democráticas, as instituições militares servem o país, protegendo as instituições e os detentores reais de direitos – que são os cidadãos. É totalmente diferente de quando elas querem dirigir o país de forma déspota.
            Portanto, é muito mais recomendável adotar um sistema de educação militar, do que civil. Já que através dele o indivíduo adquiri a habilidade de justificar as suas escolhas, com base naquilo que aprendeu. Esse sistema disciplinador, que impõe a ordem e o respeito à autoridade, contribui para a democracia, que se baseia, essencialmente, nas escolhas feitas pelos eleitores. Oferecer uma invenção para que se possa usá-la e aperfeiçoa-la é mais inteligente do que esperar que um indivíduo invente algo e não saiba usar. 

MINHA OPINIÃO
        Achei esse tema um difícil de ser defendido em apenas 30 linhas, talvez por isso achei minha redação um pouco confusa. Tem muitas coisas contrárias entre o ensino civil e o militar. Enfim, tentei filtrar os meus argumentos e colocar apenas o fato de que o uso da liberdade para se conquistar disciplina na maioria das vezes da errado, enquanto o inverso na maioria das vezes da certo. Tentei desmentir também, a afirmação de que militarizar as escolas acaba com o poder de escolha dos alunos e prejudica a democracia. Gostaria muito que alguém avaliasse.
          

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Mensagem por Armando Vieira Qua 07 Out 2015, 00:12

Puxa... é bem difícil opinar em uma redação feita por quem corrige as redações não acha? Laughing

Mas observei uma coisa:

3º parágrafo:
"as instituições militares servem ao país," (fonte:http://www.notisul.com.br/n/esportes/professora_serve_se_a_patria_ou_a_patria-29516)

Uma dúvida minha:

é muito mais recomendável adotar um sistema de educação militar, do que civil.
"Muito mais" é vício de linguagem (pleonasmo)?, procurei na internet mais não encontrei nada a respeito, apenas no yahoo (https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090904133642AAqW9u5) afirmando que em alguns casos pode ser pleonasmo literário.

No mais seu texto está muito bom, realmente, como falei no início, fica difícil "corrigir".

Vou deixar agora meu comentário sobre o assunto:
       Eu gostaria muito de ter tido a oportunidade de cursar o ensino fundamental em um Colégio Militar. Já pesquisei bastante sobre o assunto e acredito que seu sucesso se deve a vários fatores, dentre os principais posso citar: alto nível e investimento em professores. Os professores além de muito bons recebem total suporte, e também são "exclusivos" do Colégio e assim podem dedicar-se a realmente preparar aulas (algo que infelizmente falta no sistema público e particular, onde os professores devido a precariedade do salário precisam trabalhar em diversas escolas para conseguir sua renda. Estudo em escola particular e me canso de ver professores "perdidos" sem saber nem mesmo quais conteúdos já foram abordados para a assim dar continuidade aos assuntos). Também posso citar que a maioria das escolas investem no coletivo, assim, nivela-se uma turma quando na verdade alguns alunos poderiam avançar mais em matérias que demonstram maior interesse, algo muito utilizado nos colégios militares, tenho um vizinho que estuda no CMS (Colégio militar de Salvador) e ele me falou que os alunos que mantém boa média são incentivados e preparados para participar de Olimpíadas científicas, algo que não ocorre em uma escola comum.
        Outro ponto que gostaria de destacar a respeito da educação civil é o "trauma". Já li diversos casos na internet de professores que não reprovam alunos para que não fiquem com o "sentimento de inferioridade" e assim realizam testes em duplas ou passam inúmeros projetos que somam-se à nota de provas.
        Além disso, acredito que disciplina e hierarquia não são pilares apenas do militarismo, mas sim de toda sociedade, sendo importante que isso seja ensinado desde os primeiros anos de vida de uma criança e vivenciado nas escolas. Desse modo, acredito que seria justo que houvesse oportunidade de vagas ao menos para as pessoas que têm interesse em estudar lá.         Realmente, o tema é bem abrangente e só para finalizar, gostaria de deixar um link com um texto que eu li (encontrava-se em uma prova de concurso), ele não fala sobre militarização das escolas, mas sim uma reflexão sobre o atual sistema de ensino: http://www.wildmannadv.com.br/artigos/artigo08.html


Psiu: Se for fazer a prova do ENEM e não tirar acima de 900 na Redação encontraremos uma maneira incontestável de questionar os métodos utilizados na correção da redação desse exame Smile

Espero ter ajudado! Very Happy
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Mensagem por Convidado Qua 07 Out 2015, 01:09

Obrigado meu brother. Também partilho do mesmo desejo seu, de ter tido a oportunidade de estudar em um colégio militar. Infelizmente, não tive essa oportunidade e tive que estudar em um colégio onde quem consegue boas notas e busca o conhecimento é ridicularizado até por professores, que acham que você não faz "nada a mais na vida, a não ser estudar".

Quando eu tiver meus filhos, vou lutar incansavelmente para conseguir o direito de educá-los em minha casa. Procurarei outras atividades esportivas e culturais para inseri-los, para que a socialização deles não seja prejudicada; mas escola pública, se continuar assim, não ensinando nem cachorro a sentar, NUNCA MAIS. 

Vou te contar alguns podres da minha escola:

  • Tive 130 faltas no terceiro ano do Ensino Médio. Sempre chegava atrasado e cheguei a faltar uma semana seguida. E mesmo assim, tirava notas maiores que 80. Coisa que nem os alunos bons que filtravam o que aprendiam na escola conseguiam.
  • Uma professora de artes, que também era pedagoga, deu nota 100 para um aluno que NUNCA FREQUENTOU A SALA DE AULA. Enquanto eu tinha que mandar a minha mãe pintar aqueles desenhos ridículos e "aviadados". Que homem gosta de colorir?  Sem falar daquelas frescuras de fazer cartão de dia das mães, dos pais, das namorada, de natal, de páscoa... Todo ano a mesma coisa. :evil:
  • Meu colégio tinha uns 5 cachorro e uns gatos lá. Os cachorros comiam o resto da merenda que os alunos deixava nos pratos e os gatos bebiam água no mesmo lugar que os alunos bebiam. Mudar para que? Se os próprios alunos riam disso. Povo babaca.
  • No terceiro ano fiquei fora da sala na maioria das aulas de Filosofia, que eram basicamente "copiar e responder" as coisas do livro. 
  • Já peguei as cadeiras de rodinha do laboratório de informática para apostar corrida no corredor.
  • Já fiz professora chorar por ela ter feito a asneira de ficar falando um mês sobre um assunto e aplicar a prova de um assunto que era do próximo capítulo. 
  • A diretoria da minha escola era aberta aos alunos e tinha um corredor que dava direto para um portãozinho de entrada e saída de funcionários. Eu consegui abrir aquele portão com a unha e com tampinha de caneta umas três vezes. Algumas vezes eu falei: vou ali na papelaria comprar umas canetas. Deixei a escola e só voltei no dia seguinte. Como eu só levava o caderno, deixava no meio de alguns livros empilhados na sala ou com algum amigo.
  • Todo mundo podia entrar na sala de livros didáticos, pegá-los e levar para casa. Inclusive vendê-los no Mercado Livre.
  • Meu professor de educação física dava notas mais altas para as meninas que ficavam sentadas sem fazer nada do que para quem jogava vôlei ou futsal nas aulas. 
  • No último ano a pedagoga (que também era professora de artes) trouxe uma avaliação que os professores fazem dos alunos e começou a humilhar os alunos. Eu saí da sala e falei que ela tava defecando pela boca. Era uma velhona chata.
  • Já enganei professor várias e várias vezes. Coloquei notas de tarefas de matemática que não havia feito. Era simples: esperava a professora sair, pegava uma tabela com "maizinhos" que ela tinha, e coloca os "mais" aonde tinha "menos". Fazia isso para a sala inteira.



OBS.: Não é motivo de orgulho para mim o que falei acima.

Sei que você tá pensando que eu sou um cara revoltado com problemas mentais. Porém, a questão não é por aí. Sou disciplinado sim, sou músico contrabaixista em uma igreja presbiteriana e toco há 7 anos lá, sou o segundo líder do grupo. Nunca tive nenhum problema com ninguém lá e nem com vizinhos. Não escuto música alta e nem dirijo igual louco na cidade. Trabalhei dos 8 aos 12 anos atendendo no restaurante dos meus avós. Atendendo mesmo! Recebendo e conferindo as entregas dos fornecedores, calculando os gastos e trocos, limpando o balcão... Não sou louco ou bagunceiro, mas o ambiente escolar para mim, depois que comecei a estudar em casa, foi simplesmente uma tarefa de "cumprir tabela". Só ia lá para dizer: "PRESENTE". Não queria que os professores iludissem os alunos dizendo que se eles não tirassem boas notas não seriam ninguém na vida, dizendo que eles tem que prestar mais atenção nas aulas, etc. Tampouco queria ouvir isso. Então, frequentava pouco as aulas, mandava a pedagoga ficar quieta, colocava notas para os outros alunos... Simples assim. Você entende do que eu estou falando


  
 
Aqueles que quiserem me convencer de que militarizar as escolas é algo ruim, terão de me convencer antes que o ensino civil é excelente. 

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Mensagem por Armando Vieira Qua 07 Out 2015, 17:37

Puxa...
mas o ambiente escolar para mim, depois que comecei a estudar em casa, foi simplesmente uma tarefa de "cumprir tabela".
Isso resumiu bem o que quis falar, desde que comecei a estudar em casa sinto a mesma coisa. Infelizmente, a educação em nosso país (pública ou privada) não visa desafiar os alunos apenas "acomodá-los com o conhecimento comum".
Por exemplo: desde que comecei a estudar em casa para concursos militares (que necessitam de preparação muito apurada em matemática) tenho me destacado em Matemática física e química na escola (já que o nível não é o mesmo que estudo), e meus professores nunca pensaram em me inscrever em Olimpíadas, por exemplo. Dessa maneira, ir para a escola realmente está significando "cumprir tarefa". 
Pelos menos fico satisfeito de ter descoberto meu potencial de estudar sozinho ainda nos meus 13 anos e dessa maneira estou conseguindo atingir minhas metas, infelizmente, não dá para mudar o passado, mas pelo menos podemos aproveitá-lo em redações. Very Happy
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Mensagem por Jeni Qui 08 Out 2015, 22:22

Bem fizeram/fazem vocês. Eu fui a iludida, ia todo dia, era estranha e tirava notas máximas "em tudo", não atrasava nem um minuto, e etc. Nenhum professor gostava de mim mesmo assim aueha E hoje sou um fracasso "em tudo", tô apanhando em química(que eu era a "melhor"). Mas ao menos acordei agora.

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Mensagem por Convidado Sex 09 Out 2015, 00:32

Jeni escreveu:Bem fizeram/fazem vocês. Eu fui a iludida, ia todo dia, era estranha e tirava notas máximas "em tudo", não atrasava nem um minuto, e etc. Nenhum professor gostava de mim mesmo assim aueha E hoje sou um fracasso "em tudo", tô apanhando em química(que eu era a "melhor"). Mas ao menos acordei agora.

O importante é seguir em frente. 
Quer cursar o que? Onde?

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Mensagem por Jeni Sex 09 Out 2015, 02:39

Medicina em qualquer lugar, de graça e vou tentar até os 20.  Sad
Interessante perguntar isso, um abraço.

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Mensagem por mateus160399 Seg 12 Out 2015, 18:24

Nossa, vocês resumiram exatamente minha situação e mentalidade. Eu estou no 3º ano em uma escola pública aqui na minha cidade, dita como uma das "melhores", "modelo", "polo tecnológico"; e vivo a mesma situação. Eu estou como o Dezotti, e também não porque sou um louco ou bagunceiro, mas porque cansei dessa palhaçada de cumprir tabela; professores fingindo que se importam e lecionam, que não sabem nem o que estão falando. Meu professor de física não sabe nem resolver os exercícios básicos do livro, ele olha a resolução detalhada lá do final. Eu tenho faltado praticamente todos os dias esse ano, e tiro 10 em quase tudo, 12 de 15 matérias. Os professores não exigem, eu me arrependo profundamente de não ter acordado antes. Como eu gostaria também de ter tido a oportunidade de estudar em um colégio assim, que exigisse de mim o meu máximo, me preparasse para olimpíadas, não, que pelo menos me dissesse que elas existem, eu nem sabia que existia olimpíadas de biologia até  véspera da prova quando a professora avisou. Eu também passei por muita coisa:

- Eu estudei na pior escola do meu estado pelo ranking, e uma das 10 piores do país, pelo ranking nacional. O meu professor de filosofia e português, o mesmo, chegava na sala, quando ia, o que era raro, e dizia que não daria aula, e que poderíamos ir embora. A minha professora de biologia apenas passava tarefa e nunca explicava nada, até por isso eu pensava odiar biologia, e comecei a estudar em casa e me apaixonei. Não tive aula de física no 1 ano. Em matemática estudei apenas função do 1º e 2º grau. Meus professores ficavam querendo dar lição de moral, e falavam que o dele caía todo mês, por isso não estavam nem aí.

Esse ano falei para os meus professores que não ia às aulas, porque a escola é chata e nem um pouco interessante, e que aprendo muito mais em casa, que eles não exigem nada de mim. E eu fico muito mal quando vejo as crianças que tem de enfrentar esse sistema cruel, reprodutor das desigualdades sociais, como disse Bourdieu, olha que ele falava sobre isso na primeira metade do século XX.

Além disso, quando você quer fazer algo para ajudar não tem nenhum apoio. Eu fui criar um projeto para ensinar inglês e para lecionar física,química e biologia para olimpíadas e não recebi um apoio sequer, e hoje apenas leciono inglês, e nem papel e impressão a escola faz para mim eu tenho que tirar em casa ou pedir para os alunos fazerem. 

E eu acredito que está assim não  porque os alunos são um "bando de desinteressados", mas por falta de incentivo, pois esse ano eu fui dar uma palestra sobre a independência do Brasil na minha escola, e os olhos de muitos brilhavam prestando atenção na explicação.
  
Eu também fiz muito coisa errada, enganei professor, peguei redação e tarefa na internet, inclusive uma sua Dezotti, que a professora nem lê, apenas pede. Também não me orgulho disso, mas não vou perder meu tempo com algo que não vai acrescentar em nada. Toda aula de biologia que tenho é a mesma coisa: minha professora chega dá um bom-dia, passa 3 exercícios e apenas quando bate o sino volta para pegar o material, dentre muitas outras coisas. Parece que os alunos, que não sabem muita coisa, assim como eu, sabem mais que os professores.

Bem, eu apenas deixo algumas coisas que também aconteceram e acontecem comigo, meu pai até fala que vou reprovar por faltas, mas meus professores nem colocam falta para mim, rsrs. Eu acredito muito na meritocracia, mas desde que as condições a que todos estejam sujeitos sejam as mesmas.

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Mensagem por Convidado Seg 12 Out 2015, 19:16

Já ouviu falar do empresário Flávio Augusto? Eu também não, até a semana passada, quando procurei assistir algumas palestras de empreendedorismo no Youtube. Vou utilizar a apresentação dele nesse vídeo para dar a minha opinião. Antes, porém, quero transcrevê-lá aqui:

Flávio Augusto nasceu numa família de classe média baixa, na periferia do Rio de Janeiro, e tem o típico perfil de uma pessoa inquieta. Aos 4 anos de idade, foi expulso do Jardim de Infância por chutar frequentemente a perna da professora, que o obrigava a seguir uma rotina com a qual não concordava. Aos 13, criou tumulto na escola, por decidir não ter mais caderno para copiar as matérias, argumentando que não havia sentido em perder tempo e foco durante a explicação do professor, copiando algo que já estava nos livros recomendados pela própria escola. Aos 16 anos, foi expulso novamente, dessa vez, do Colégio Naval, por contestar o modelo militar e questionar a rotina imposta pela instituição. Aos 19, abandonou o curso de Ciência da Computação na UNICAMP, antes mesmos de iniciar a primeira aula, por ter se apaixonado por Luciana, com quem se casou aos 20 anos de idade, quando ela tinha apenas 17, causando perplexidade nos seus amigos e familiares por ter decidido se casar tão cedo. Em seguida, Flávio abandonou o curso de Ciência da Computação na UFF, por decidir se concentrar na sua função de vendedor, numa pequena escola de inglês, onde tinha um trabalho informal remunerado apenas por comissão. A propósito, Flávio nunca teve uma carteira de trabalho assinada, nem recebeu FGTS ou gozou de férias de 30 dias. Aos 23 anos, abriu sua própria empresa (Wise Up), usando o capital de 20 mil reais do cheque especial, a um custo de 12% ao mês. 

Com esse currículo nada convencional, Flávio trabalhou por 18 anos e expandiu sua companhia para 6 países, abrindo quase 400 filiais e gerando mais de 10 mil empregos. Em seu auge, depois de crescer nunca menos que 30% ao ano sob sua gestão, vendeu sua companhia numa transação bilionária para um grande grupo brasileiro. Quando todos achavam que a sua aposentadoria havia chegado, Flávio comprou um time de futebol profissional no USA, gerando muita desconfiança. Afinal, o futebol no USA ainda era considerado um esporte irrelevante. Flávio investiu 110 milhões de dólares neste projeto. Depois da copa no Brasil, apenas poucos meses depois de sua aquisição, o mundo inteiro se rendeu ao mercado americano, considerando-o um fenômeno e a próxima fronteira conquistada para o mercado de futebol. Isso elevou a avaliação de seu clube em mais de 325 milhões de dólares; o que tem sido alvo de assédio entre os investidores de todo o mundo.

Fundou há 4 meses o meusucesso.com, uma escola online de negócio, onde mais de 30 mil alunos já participaram de suas aulas em apenas 4 meses. Além do mais, essa Startup precisou de apenas 38 dias para faturar seu primeiro milhão de reais. Ainda em 2014, fundou o T-BDH Capital, que já investiu em mais de 5 empresas nos últimos meses. Flávio questiona o inquestionável, cria, busca soluções e acredita no potencial do ser humano, principalmente dos que são rejeitados e considerados desqualificados por não terem, como ele, se adequado ao modelo convencional. Flávio considera o sistema de ensino formal limitado e ultrapassado, por não priorizar o desenvolvimento das capacidades emocionais e a construção de uma mentalidade vitoriosa. É um sistema focado somente no acúmulo de informações, como se isso fosse o bastante para que um indivíduo se torne relevante para a sociedade. 

O seu maior prazer é ver o torto se endireitar, o feio desabrochar sua beleza e o rejeitado tornar-se desejado por aqueles que um dia o desprezaram. Há três anos e meio, diante de todos os seus compromissos, Flávio criou o Geração de valor, com o objetivo de colaborar com aqueles que estão em busca de conquistar seu espaço nessa sociedade padronizada e repleta de contradições. De lá para cá, investiu cerca de 1h30min todos os dias para criar pessoalmente o conteúdo e interagir com os GVs, totalizando mais de 1900 horas de trabalho desde sua fundação. (...)

Depois que entrei em contato com a história desse sujeito, e me identifiquei com ela, o tornei um dos meus modelos de empreendedorismo. A lição que eu tiro dessa história é de que é muito importante, para ser bem sucedido, conseguir ver além da realidade; estar sempre se questionando do porquê de nossas ações e observando o que acontece ao nosso redor. O resto eu aprendi vendo a palestra que, para mim, valeu a pena ter assistido.

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