O papel do Estado na vida do cidadão

por magcamile Seg 26 Jan 2015, 15:48

http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/o-papel-do-estado-na-vida-do-cidadao-e-das-nacoes.jhtm

Dicas, críticas, sugestões? Very Happy

Tema: O papel do Estado na vida do cidadão e das nações.

Estado: Ordem e Progresso

"O homem é lobo do próprio homem", já dizia Thomas Hobbes. Com a ausência de Estado centralizado e a falta de uma hierarquia de poderes, o homem retornaria a um estado de natureza onde a vontade se sobrepõe à ordem, ou seja, onde o caos é quem governa. Na obra "Leviatã", Hobbes ainda defende que a a sociedade deve renunciar seu poder coletivo em prol de um poder soberano, instaurador da ordem, firmando assim um contrato social, nascendo então a figura do Estado.

A importância do Estado na instauração de uma ordem social é claramente visível. Os padrões e limites que cerceiam a liberdade , tanto individual como coletiva, são exemplos da efetiva participação desse órgão. A partir da construção de uma linha tênue entre direitos e deveres, que é essencial à civilização, este se torna responsável pela criação de barreiras que diferenciam o "querer" e o "poder" do homem. Assim, o ser humano tem seus instintos naturais freados por uma moral de princípios, em que cada ação desse, origina uma reação.

Na medida em que se tem a necessidade de tal órgão, responsável pela reparação de injustiças, criação de leis, e todo exercício referente à organização sociopolítica do território, surge a seguinte questão: O Estado tem cumprido bem o seu papel? Altos índices de criminalidade. Estrutura educacional precária. Sistema de saúde pública falho e segurança ineficiente, são exemplos de que não. Porém, embora o Estado esteja precisando de reformas, essa não é desculpa pros defensores da Anarquia. Se instalada na sociedade a ausência de uma estrutura política, o indivíduo perde a legitimação dos seus direitos, e assim a sua representatividade, além de se colocar sujeito à ação de um verdadeiro caos, governado pelas suas próprias vontades.

O que deve ser feito é uma reestruturação das bases estatais a partir de uma Reforma política, a fim de desburocratizar o serviço público social, bem como desarticular a corrupção que se expande nessa área. Ademais alguns limites relativos à liberdade devem ser novamente discutidos, de tal modo que a população mesmo renunciando seu poder individual ao coletivo não perca sua voz, ou seja, não deixe de ser atuante na política de seu país. Só assim se torna possível o desenvolvimento da nação, bem como o estabelecimento geral tanto defendido de ordem e progresso.

por **Fito42** Qui 29 Jan 2015, 13:15

magcamile escreveu:http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/o-papel-do-estado-na-vida-do-cidadao-e-das-nacoes.jhtm

Dicas, críticas, sugestões?

Tema: O papel do Estado na vida do cidadão e das nações.

Estado: Ordem e Progresso

"O homem é lobo do próprio homem", já dizia Thomas Hobbes. Com a ausência de Estado centralizado e a falta de uma hierarquia de poderes, o homem retornaria a um estado de natureza onde a vontade se sobrepõe à ordem, ou seja, onde o caos é quem governa. Na obra "Leviatã", Hobbes ainda defende que a a sociedade deve renunciar seu poder coletivo em prol de um poder soberano, instaurador da ordem, firmando assim um contrato social, nascendo então a figura do Estado. [Cadê a sua tese?]

A importância do Estado na instauração de uma ordem social é claramente visível. Os padrões e limites que cerceiam a liberdade , tanto individual como coletiva, são exemplos da efetiva participação desse órgão. A partir da construção de uma linha tênue entre direitos e deveres, que é essencial à civilização, este se torna responsável pela criação de barreiras que diferenciam o "querer" e o "poder" do homem [Seria interessante citar as ideias kantianas aqui]. Assim, o ser humano tem seus instintos naturais freados por uma moral de princípios, em que cada ação desse, origina uma reação.

Na medida em que se tem a necessidade de tal órgão, responsável pela reparação de injustiças, criação de leis, e todo exercício referente à organização sociopolítica do território, surge a seguinte questão: O Estado tem cumprido bem o seu papel? Altos índices de criminalidade. Estrutura educacional precária. Sistema de saúde pública falho e segurança ineficiente, são exemplos de que não. Porém, embora o Estado esteja precisando de reformas, essa não é desculpa pros defensores da Anarquia. Se instalada na sociedade a ausência de uma estrutura política, o indivíduo perde a legitimação dos seus direitos, e assim a sua representatividade, além de se colocar sujeito à ação de um verdadeiro caos, governado pelas suas próprias vontades. [Parágrafos contraditórios]

[Cadê a síntese ?] O que deve ser feito é uma reestruturação das bases estatais a partir de uma Reforma política, a fim de desburocratizar o serviço público social, bem como desarticular a corrupção que se expande nessa área [Como isso pode ser feito? Quem faria isso?]. Ademais alguns limites relativos à liberdade devem ser novamente discutidos, de tal modo que a população mesmo renunciando seu poder individual ao coletivo não perca sua voz, ou seja, não deixe de ser atuante na política de seu país [Gostei]. Só assim se torna possível o desenvolvimento da nação, bem como o estabelecimento geral tanto defendido de ordem e progresso.

Desculpe a demora, não tinha visto o seu texto
No geral a redação ficou bem estruturada. Você escreveu uma dissertação argumentativa, apresentou os seus argumentos, todavia pecou ao esquecer de colocar a sua voz (tese) no texto. Devido a isso você colocou dois argumentos que defendem coisas contrárias. O 2º parágrafo fala da importância do Estado e o 3º o critica, essa divergência tem como causa a ausência de tese. Não é errado defender coisas contrárias, mas você perde o poder de persuasão e acaba ficando em um meio termo.
Se você quisesse manter o 1º argumento, sua tese poderia ser: ao renunciar parte de sua liberdade, a sociedade exige do Estado a defesa de seus direitos e da paz conjunta, ou seja, a função do governante é manter a ordem e os seus súditos no mundo civilizado.
Por outro lado, se quisesse manter o 2º argumento, você poderia usar tal abordagem: ao renunciar parte de sua liberdade, a sociedade exige do Estado a defesa de seus direitos e da paz conjunta, todavia este órgão não cumpre sua tarefa devido a....
Na conclusão eu senti a falta de algum trecho que sintetizasse o texto todo. É importante esse ponto para esclarecer algumas partes que podem vir a ser confusas. Gostei bastante da penúltima frase desse parágrafo. Poderia falar que a própria população deveria buscar os seus direitos, caso não seja atendida ela teria a legalidade de derrubar o governo, como o próprio Hobbes defendia. É interessante puxar paralelos com as bagagens culturais utilizadas ao longo do texto em outros parágrafos.
Você poderia enriquecer o seu texto com algum outro filósofo contratualista. No seu caso, Locke encaixaria perfeitamente, mas poderia utilizar o Maquiavel (que não é contratualista) e o Rousseau.
Se não fosse o problema da tese, eu te daria 80%, mas como sou malvado te dou 75% xD Lembrando que é a minha opinião!!

por magcamile Sex 30 Jan 2015, 11:45

1)Assim ficaria melhor?

Assim como foi defendido por Hobbes - em sua obra "Leviatã" - é necessário que a sociedade renuncie de seu poder coletivo em prol de um poder soberano, instaurador da ordem, firmando assim um contrato social. Nasce então, a importância de um Estado operante, defensor da ordem e mantenedor da liberdade através de direitos e deveres essenciais ao princípio de civilização.

2)Sobre a ideia Kantiana:

Sendo clara, portanto, a necessidade de se agir através de uma moral baseada na razão, e não na "boa vontade" pois só ela não teria limitações que seriam de grande valor ao bem comum, como é relatado por Kant.

Se encaixaria?

3) O parágrafo que você disse estar contraditório, eu tentei usar como contra-argumentação. Já que quem defende a ausência de Estado usa a inabilidade do mesmo como "desculpa".
A ideia foi defender que a inabilidade é culpa das "estruturas" e não do órgão em si. Como se eu quisesse dizer: "O Estado está doente, vamos curá-lo e não matá-lo". Por isso propus uma reforma e tal.

Realmente não ficou bom?

4)Ops me esqueci da síntese Embarassed

Sobre a solução: Reforma política - plebiscito pra se discutir as mudanças fundamentais a serem realizadas- órgão externo de fiscalização da atuação política no país, como forma de transparência.

5) "Poderia falar que a própria população deveria buscar os seus direitos, caso não seja atendida ela teria a legalidade de derrubar o governo, como o próprio Hobbes defendia." ótima ideia Very Happy

A parte de citar outro "contratualista": novamente fiquei com medo e sobrecarregar. hehe

Vou tentar melhorar essa ideia do paralelo na progressão do texto.

Mas que cidadão malvado Cool

hauaha
Suas dicas estão sempre me ajudando Very Happy

Muito obrigada, de novo!

por **Fito42** Sex 30 Jan 2015, 12:18

1)A ideia é boa, mas a frase construída não se parece com uma tese. Veja a diferença:

"Nasce então, a importância de um Estado operante, defensor da ordem e mantenedor da liberdade através de direitos e deveres essenciais ao princípio de civilização."

X

ao renunciar parte de sua liberdade, a sociedade exige do Estado a defesa de seus direitos e da paz conjunta, ou seja, a função do governante é manter a ordem e os seus súditos no mundo civilizado.

O sua tese se aproximou de uma frase narrativa. No meu caso, a tese tem duas partes, a primeira (em azul) é uma narrativa também e a segunda é uma afirmação. A parte em azul é como se fosse a paráfase da tese - geralmente ela vem depois da tese, mas pode-se inverter sem problemas. Você pode (e é recomendado) utilizar conectivos como " , ou seja, " ; " ,logo "; " .Em outas palavras". Essa paráfrase é uma explicação da tese, uma forma de deixá-la bem clara. No seu caso, poder-se-ia escrever:

"Nasce então, a importância de um Estado operante, defensor da ordem e mantenedor da liberdade através de direitos e deveres essenciais ao princípio de civilização. Nesse sentido, a função desse estado é ....

Algo do tipo, entende?

2) Estudei pouco Kant na escola, mas se me lembro bem há o conceito de "Imperativo Categórico" criado por ele. Sempre que possível utilize os termos utilizados pelos filósofos para dar maior credibilidade.

3) Na verdade você não errou, me expressei mal, todavia poderia ficar melhor:

Na medida em que se tem a necessidade de tal órgão, responsável pela reparação de injustiças, criação de leis, e todo exercício referente à organização sociopolítica do território, surge a seguinte questão: O Estado tem cumprido bem o seu papel? Altos índices de criminalidade. Estrutura educacional precária. Sistema de saúde pública falho e segurança ineficiente, são exemplos de que não. Porém, embora o Estado esteja precisando de reformas, essa não é desculpa ~~pros~~[para os] defensores da Anarquia. Se instalada na sociedade a ausência de uma estrutura política, o indivíduo perde a legitimação dos seus direitos, e assim a sua representatividade, além de se colocar sujeito à ação de um verdadeiro caos, governado pelas suas próprias vontades.

Na verdade a contradição se encontra no parágrafo. Eu percebi a sua intenção (o Estado está doente e devemos curá-lo, e não abandoná-lo), mas, para mim, ficaria melhor se você criticasse de forma mais rápida para depois apresentar o seu argumento. Você escreveu 6 linhas para falar dos problemas dele e 5 do porquê de não podermos abandoná-lo. Se diminuísse aquelas linhas, poderia se expressar melhor.
Podia ficar assim:
Apesar das brechas deixadas pelo Estado, que se refletem nos altos índices de criminalidade, nas precárias instituições de ensino, de saúde e de segurança, abandoná-lo não é a solução. "Se instalada na sociedade a ausência de uma estrutura política, o indivíduo perde a legitimação dos seus direitos, e assim a sua representatividade, além de se colocar sujeito à ação de um verdadeiro caos, governado pelas suas próprias vontades."
Observe que você ganhou linhas, isso pode ser útil.

4) Pontos que devem aparecer na solução:
[o que fazer?], [como fazer?], [quem deve fazer?]

"Sobre a solução: Reforma política - plebiscito pra se discutir as mudanças fundamentais a serem realizadas- órgão externo de fiscalização da atuação política no país, como forma de transparência." Perfeito!
Esqueci de avisar, o ENEM gosta de soluções que envolvam a população (e não apenas os meios políticos e ou midiáticos). Então sempre que possível encaixe-a no texto.

5)De fato se você citasse Kant e colocasse Locke ficaria carregado. Poderia ficar assim:
1º parágrafo: Hobbes
2º parágrafo: Kant ou Locke ou...
3º parágrafo: ninguém
4º parágrafo: citar novamente algum pensador já utilizado

Pensei em outra abordagem também:
1º parágrafo: Hobbes
2º parágrafo: ninguém
3º parágrafo: ninguém
4º parágrafo: citar novamente algum pensador já utilizado na síntese do texto e outro como proposta de intervenção.
Como o tema é bem abrangente, provavelmente há muitos filósofos que falaram sobre. Um que é quase perfeito para essa "vaga" seria o Jürgen Habermas e a Razão Comunicativa. Ele fala na importância do diálogo entre o âmbito social e político como forma de solução das mazelas sociais. É mais um para a sua lista xD Ele seria perfeito para as redações tipo ENEM, no caso da FUVEST e UNESP, nem tanto.

por magcamile Sex 30 Jan 2015, 13:16

1) a função desse estado é .... - realmente ficou bem narrativo hehe mas quando eu digo que ele deve ser defensor da da ordem e mantenedor da liberdade eu subentendo que essas são as funções dele, não?

E desse jeito:

1.1)Ao renunciar parte de sua liberdade, a sociedade exige um Estado operante, defensor da ordem e mantenedor da liberdade através de direitos e deveres essenciais ao princípio de civilização. Nesse sentido, a função desse estado é representar o homem na esfera política, bem como limitar, de forma a garantir a máxima de bem comum, a liberdade do mesmo.

Ainda ficaria ruim? Ou seria melhor:

1.2)Nasce então, a importância de um Estado operante, defensor da ordem e mantenedor da liberdade através de direitos e deveres essenciais ao princípio de civilização. Nesse sentido, a função desse estado é representar o homem na esfera política, bem como limitar, de forma a garantir a máxima de bem comum, a liberdade do mesmo.

Qual é mais claro e menos "narrativo"?

2) Sendo clara, portanto, a necessidade de se agir através de uma moral baseada na razão, e não na "boa vontade", pois só ela não teria limitações que seriam de grande valor ao bem comum. Logo, o homem deveria agir pelo dever, respondendo ao imperativo categórico de Kant, obedecendo assim um lei universal imposta a todos o seres nacionais.

3) Uau! Ficou muito mais conciso e claro, além de dar mais espaço ao argumentos de "defesa" do meu ponto de vista Shocked

4) Já vou anotar aqui, e pesquisar essas dicas hehe Já foi pra minha lista!

Obrigada, novamente!

por **Fito42** Sex 30 Jan 2015, 22:13

1) A frase como um todo ficou narrativa, você poderia mantê-la se fosse paráfrase e colocasse a tese
1 1 e 12) ficaram ótimas, mas a segunda me agradou mais. Cuidado, nessa parte, para não repetir palavras.
2).prefiro não comentar, conheço pouco Kant, mas.no geral ficou bom

*sobre aquele negócio de sobrecArregar o texto com informações, esqueça se for tema da fuvest Very Happy