Cadeirantes e acessibilidade

Ainda estou de férias, minhas aula só começam dia 27, então resolvi da uma melhorada no meu blog...

Escrevi um texto sobre os acedeirantes, o texto fala por si.

Mão na roda
A maioria das pessoas conhecem o fardo que é ser um cadeirante, pois
ainda existem falta de adaptações nas grandes e médias cidades, para
locais públicos e privados; isto já foi documentado em vário filmes,
novelas, livros ou muitas vezes conhecemos pessoas que tem estas guerras
travadas no dia-a- dia, seja por um meio fio sem rebaixamento ou um
ônibus sem rampa. Contudo existe um aspecto que ainda não é lembrado: A
acessibilidade financeira.
Um cadeirante amigo meu, comentou sobre o valor das
cadeiras de rodas. Pasmem, elas chegam a custar o valor de um carro
semi-novo ou uma moto potente. Andei olhando em alguns sites e a cadeira
mais simples nacional para o cotidiano custa certa de R$ 1100,00. Agora
se você quiser uma basatante confortável, como o da Luciana (da novela
viver a vida) trate de desembolsar cerca de R$ 6150,00.Lembre-se, que
estamos falando por enquanto de cadeiras sem motor, pois uma com estas
qualidades, custam mais de R$ 7000,00 e elas não encaram qualquer
terreno, ou seja, se você quiser ter uma motorizada precisa ter uma
convencional também.

As empresas nacionais que fabricam este meio de locomoção recebem
incentivos fiscais, o que possibilitaria a redução do custo do produto
final, mas parece que algo está errado, pois o valor da cadeira é
exorbitante. Será que a matéria prima é cara? Acho que não, pois o
Brasil é abundante em quase todos os tipos de metais, inclusive o
nióbio, que é usado na fabricação dos carros da Formula 1 a ônibus
espaciais; Então a mão de obra é cara? Não neste país e afinal, estamos
falando de cadeiras nacionais; As empresas que fabricam precisam ter um
alto lucro em cada cadeira, porque a demanda é pequena? Não, existem
mais de 1 milhão e cem mil cadeirantes aqui, portanto a demanda é
bastante grande, sem contar que estas empresas exportam o que fabricam,
mas na parte do alto lucro está certo acho eu, pois é a única explicação
que encontrei para o valor abusivo.

Também é cômico o desconto para compra de veículos, visto que, por mais
que o valor final do carro chegue a diminuir 30%, é praticamente
impossível um cadeirante ter poder aquisitivo para este tipo compra. A
maioria das pessoas, que sofrem danos físicos e ficam cadeirantes
durante a infância, desistem da escola por falta de estrutura, assim não
conseguem uma boa rende para uma melhor qualidade de vida. Já os que
consegue comprar, levam mais de 90 dias para a isenção de IPI, IOF e
ICM, passando por várias perícias e burocracias, dificilmente
conseguindo abatimento em todos os impostos. Tal dificuldade é vista na
quantidade de carros adaptados circulando no país, que são pouco mais de
12 mil automóveis, numero insignificativo comparado com o numero de
deficientes físicos.

Não precisa ser exposto todas as outras questões que envolvem
assessibilidade, para vermos que não somos tão democráticos como
pensamos.

fonte: http://www.faroesteurbano.net/2012/02/mao-na-roda.html

E é só isso. Se alguém quiser debater, vamos lá.

Boa iniciativa, Crises. Acrescente o link do seu blog no final do texto para que os colegas possam visitá-lo lá.

Pronto; eu não tinha posto para não fazer propaganda do blog. Achei que era contra as regras rs...

Obrigado.

Muito bons os textos do seu blog, li alguns artigos e gostei bastante do estilo "profissionalista" deles =)

Sobre os cadeirantes, acho culpa do povo que elege nosso governo. A classe média, que é maioria e que tem condições, por mais que sejam mínimas, de receber educação e obter informação, sabe que o governo atual apenas dá com uma mão uma parte do que ele já tirou com a outra no passado. Não que nosso governo seja ruim, o PT está realmente dando preferência a classe pobre e tentando criar um país mais igualitário, ao invés de dar preferência pra quem já tem algo e que pode seguir a vida sem ajuda financeira exterior.
Eu acredito que o problema é que a educação e a cultura do país fazem com que valha mais a pena você investir no rico, que vai dar educação de qualidade a seus filhos e vai ter uma função importante para a sua sociedade, do que num pobre, que vai receber camisinhas e anticoncepcionais de graça o ano todo e vai mandar os filhos pra uma escola pública apenas para poder receber o bolsa-família. É claro que existe um grupo pessoas que se beneficiam de tudo que o governo faz, e com sua determinação conseguem melhorar de vida, mas a verdade é que a "educação pra todos" faz com que essa mesma seja de qualidade muito inferior comparada aos países desenvolvidos e emergentes. Por causa disso a sociedade prefere se acomodar com o que tem do que lutar para conquistar mais. Nossa cultura induz o povo a acreditar que o prazer, o festejo e a comemoração vêm antes do trabalho, do esforço e da dedicação, afinal, são os meus pais que trabalham e pagam impostos que estão financiando todas as camisinhas que estão sendo distribuídas e todas as festas que estão sendo organizadas com "incentivos fiscais" nessa época do ano, sem ao menos concordar com a "ética carnavalesca".
Enquanto o governo tirar dinheiro de quem pode fazer dinheiro e melhorar o país educacional e financeiramente, com intenção de dar as mínimas condições para as pessoas que se acomodam na alienação curtirem seus "prazeres que têm por direito", todas essas pessoas que precisam de ajuda, deficientes tanto físicos quanto mentais, pessoas com problemas graves de saúde, pessoas que precisam de acompanhamento constante, não podem depender do governo, e sim, da sociedade que os envolve. E nessa sociedade é que nós precisamos de pessoas capacitadas financeiramente de bancar os custos de uma cadeira de rodas, mesmo que seja para alguém que não tenha amizade ou proximidade.
Agora se nós criarmos um país onde a maioria do povo não têm condições de manter uma estabilidade financeira por falta de conhecimento, e a minoria que tem dinheiro e capacidade de mudar algo odeia o governo e sente nojo da sociedade que é o seu país, muitas dessas pessoas que precisam de ajuda estão verdadeiramente lascadas, pra não dizer algo pior. Nós que estudamos aqui seremos apenas os "bonequinhos da Dilma", que estudam e trabalham e absorvem todo tipo de conhecimento e informação para futuramente podermos pagar grandes impostos, que farão parte dos grandes salários de toda Câmara e Senado, e custear todas as vulgaridades e sonhos infantis dos pobres alienados que elegem os mesmos.

Por isso que eu quero entrar numa faculdade boa. Terminar a graduação e ir pro exterior fazer mestrado, doutorado e seja lá o que for. Porque eu prefiro ficar cercado de uma sociedade consciente ganhando mil dólares todo mês, do que ficar no Brasil ganhando 3 mil reais e assistir a uma propaganda na TV que diz coisas como "Não mije na calcada do seu vizinho no carnaval" e "Se você for dar pra todo mundo hoje, ao menos use camisinha".
O fato de você olhar essas propagandas e logo depois achar que um país com uma sociedade e um governo desses têm condições de ajudar um paraplégico é muita alienação. Se o governo quisesse mesmo ajudar essas pessoas eles compravam a empresa que fabrica e vende a cadeira de rodas. Você não veria "Criança Esperança" e "Teletom" na TV, pois o governo bancaria todos esses projetos. Médicos seriam obrigados a trabalhar para o governo por certo período para depois abrirem seus consultórios e hospitais particulares, e nunca mais haveriam mortes por "falta de profissionais".
Se você mandar um indigente deficiente para o governo ajudar, eles vão é atirar na cabeça dele pro coitado morrer de vez.

Escrevi demais
Espero não ter escrito m-erda, normalmente escrevo