Inclusão dos deficientes físicos no Brasil

Segundo o educador Paulo Freire, “a inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades”. Entretanto, no Brasil hodierno, essa ideia não é refletida, pois a exclusão social dos deficientes físicos é, de fato, um problema grave na sociedade. Desse modo, o portador de deficiência encontra obstáculos para exercer suas funções plenamente, seja pela ineficiência do mercado de trabalho em se adaptar às suas necessidades, como também pela falta de capacitação das instituições de ensino. Destarte, é imprescindível discutir novas metodologias para que o quadro seja revertido.

 

Primeiramente, é incontestável que a ineficácia do mundo trabalhista em se tornar acessível aos deficientes é parte do problema, haja visto que a acessibilidade das instalações físicas para pessoas com condições limitantes é precária e defeituosa. Nesse viés, essa situação corrobora para atrapalhar o desenvolvimento financeiro e a inserção social dessa parcela da população. Assim sendo, para respeitar o Art.5º da Constituição Cidadã, é preciso que as instituições laborais reflitam sobre o tema em busca de caminhos para atenuar os empecilhos que impõem aos deficientes.

 

Ademais, destaca-se que as instituições escolares não estão preparadas para acolher estudantes com necessidades especiais, o que contribui para a manutenção do status quo. Sob essa premissa, o filme “Extraordinário” conta a história de um garoto com deficiência que, com ajuda da escola e dos colegas, consegue superar seus medos, o que consolida a ideia de que uma boa adaptação à escola é de suma importância para esse contingente. Logo, é preciso que professores e pais deliberem para que essa recepção seja feita de forma plena.

 

Portanto, medidas são necessárias para a resolução do impasse. Diante desse cenário, cabe ao Poder Executivo, por meio de investimentos aplicados nos Ministérios do Trabalho e da Educação, promover campanhas que incentivem a inserção dos deficientes nas empresas e nas instituições de ensino, a fim de atenuar a gravidade do impacto que a exclusão social causa na vida dessas pessoas. Posto isso, essas campanhas devem promover o debate e a capacitação de empresas e escolas para torná-las aptas a recebê-los. Consequentemente, será possível comprovar na prática a afirmação de Freire.