Demócrito e Platão
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Demócrito e Platão
Pode-se dizer que de alguma forma as ideias de Demócrito influenciaram os pensamentos de Platão ? Mesmo que este não tenha feito qualquer menção à Demócrito ?
guipenteado- Jedi
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Re: Demócrito e Platão
Não é possível afirmar. Podemos até supor que Platão se incomodava de alguma forma com Demócrito, mas não é algo baseado em fatos. Veja sobre a obra Filebo de Platão; alguns acham que Platão faz referência a Demócrito nela.
PedroX- Administração
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Re: Demócrito e Platão
Olá Pedro,PedroX escreveu:Não é possível afirmar. Podemos até supor que Platão se incomodava de alguma forma com Demócrito, mas não é algo baseado em fatos. Veja sobre a obra Filebo de Platão; alguns acham que Platão faz referência a Demócrito nela.
Então, eu desconfiei disso, mas é que meu livro didático trouxe a informação de que o Platão se inspirou basicamente em três filósofos: Parmênides, Pitágoras e Demócrito. Em relação a este, falou sobre a idéias de "tudo é um", e relacionou com as o mundo sensível e inteligível. Entretanto, Platão tem algumas ideias de Heráclito, não é ?
guipenteado- Jedi
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Re: Demócrito e Platão
Dos Pitagóricos Platão extraiu sua ideia de reminiscência, ou seja, de que o conhecimento não é adquirido de acordo com a experiência sensorial, mas sim que já nascemos com os conceitos impressos em nossa mente imaterial e, portanto, apenas nos lembramos deles ao longo da vida quando "saímos da caverna".
De Sócrates seu método dialético de refutação e proposição de teses (definições de conceitos).
Dizem ainda que ele foi influenciado pelos órficos, ou seja, os seguidores do orfismo na grécia, que nada mais é do que uma versão grega de uma seita secreta influenciada pelo Livro dos Mortos dos Egípcios.
Parmênides influenciou sua visão sobre o ser e, a partir de um diálogo chamado "O Sofista" Platão estabeleceu a possibilidade de se falar do "não-ser" de um ponto de vista relativo, mas não absoluto. O não-ser absoluto é o nada, ou seja, o indizível, tudo aquilo que não existe nem no discurso, nem na realidade. O não-ser relativo é o que existe apenas enquanto a negação de uma propriedade de um sujeito, ou seja, se pressupõe a existência do objeto referenciado pelo sujeito da proposição para, posteriormente, se negar uma propriedade inexistente nele ou uma definição inapropriada, por exemplo, "Sócrates não é um cavalo" (definição inapropriada, pois ele é um homem), ou "Sócrates não é azul" (propriedade inexistente, pois Sócrates é branco).
Não sei se sua doutrina das ideias e seu conceito de justiça na República tiveram influências diretas de pensadores anteriores.
Quanto a Demócrito com certeza o influênciou, pois Aristóteles, seu aluno, em sua história da filosofia na Grécia, cita a doutrina atomista de Demócrito e faz uma série de contestações plausíveis de sua doutrina. O que para a época era algo sério, dado não haver provas experimentais e nem uma hipótese suficientemente boa para explicar a existência e a natureza dos átomos enquanto constituintes últimos da matéria. Lembrando que a primitiva química aristotélica era centrada na noção de cinco elementos básicos: terra, ar, fogo, água e éter (o último compõe os corpos celestes, supostos por Aristóteles como esferas perfeitas (o que mais tarde vem a ser contestado por Galileu com suas observações no telescópio das crateras lunares, por exemplo) e dotadas de um movimento circular uniforme e eterno).
De Sócrates seu método dialético de refutação e proposição de teses (definições de conceitos).
Dizem ainda que ele foi influenciado pelos órficos, ou seja, os seguidores do orfismo na grécia, que nada mais é do que uma versão grega de uma seita secreta influenciada pelo Livro dos Mortos dos Egípcios.
Parmênides influenciou sua visão sobre o ser e, a partir de um diálogo chamado "O Sofista" Platão estabeleceu a possibilidade de se falar do "não-ser" de um ponto de vista relativo, mas não absoluto. O não-ser absoluto é o nada, ou seja, o indizível, tudo aquilo que não existe nem no discurso, nem na realidade. O não-ser relativo é o que existe apenas enquanto a negação de uma propriedade de um sujeito, ou seja, se pressupõe a existência do objeto referenciado pelo sujeito da proposição para, posteriormente, se negar uma propriedade inexistente nele ou uma definição inapropriada, por exemplo, "Sócrates não é um cavalo" (definição inapropriada, pois ele é um homem), ou "Sócrates não é azul" (propriedade inexistente, pois Sócrates é branco).
Não sei se sua doutrina das ideias e seu conceito de justiça na República tiveram influências diretas de pensadores anteriores.
Quanto a Demócrito com certeza o influênciou, pois Aristóteles, seu aluno, em sua história da filosofia na Grécia, cita a doutrina atomista de Demócrito e faz uma série de contestações plausíveis de sua doutrina. O que para a época era algo sério, dado não haver provas experimentais e nem uma hipótese suficientemente boa para explicar a existência e a natureza dos átomos enquanto constituintes últimos da matéria. Lembrando que a primitiva química aristotélica era centrada na noção de cinco elementos básicos: terra, ar, fogo, água e éter (o último compõe os corpos celestes, supostos por Aristóteles como esferas perfeitas (o que mais tarde vem a ser contestado por Galileu com suas observações no telescópio das crateras lunares, por exemplo) e dotadas de um movimento circular uniforme e eterno).
EricFerro- Recebeu o sabre de luz
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