Divisão de números naturais
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Divisão de números naturais
Muito se ensina em matemática de forma superficial e as vezes temos que ´´engolir´´
Veja uma duvida que até hoje é ensinada de forma mecânica ou superficial.
Por que a divisão de:
1/8 = 0,125
10/8 = 1,25
O problema é que eu sei resolver mas não sei explicar o passo a passo sem ser de forma mecânica, por que coloco virgula, por que
coloco zero.Podem explicar o passo a passo?
Veja uma duvida que até hoje é ensinada de forma mecânica ou superficial.
Por que a divisão de:
1/8 = 0,125
10/8 = 1,25
O problema é que eu sei resolver mas não sei explicar o passo a passo sem ser de forma mecânica, por que coloco virgula, por que
coloco zero.Podem explicar o passo a passo?
JOTAO- Padawan
- Mensagens : 71
Data de inscrição : 16/09/2015
Idade : 59
Localização : belem/para
Re: Divisão de números naturais
1/8
Multiplicando por 125 em cima e embaixo:
125/1000, ou seja, 125 milésimos, 0,125
Agora 10/8:
Multiplicando por 125 em cima e embaixo:
1250/1000, ou seja, 125/100, ou seja, 1 + (25/100)
Ou seja, 1 + 25 centesimos = 1,25
Multiplicando por 125 em cima e embaixo:
125/1000, ou seja, 125 milésimos, 0,125
Agora 10/8:
Multiplicando por 125 em cima e embaixo:
1250/1000, ou seja, 125/100, ou seja, 1 + (25/100)
Ou seja, 1 + 25 centesimos = 1,25
Matemathiago- Estrela Dourada
- Mensagens : 1447
Data de inscrição : 16/08/2015
Idade : 23
Localização : Vitória, ES, Brasil
Re: Divisão de números naturais
O problema é 1:8 por que tenho que acrescentar zero no 1 para ficar 10 e colocar
zero virgula no quociente sem conhecer o resultado prévio, sem a multiplicação, é
o por quê?
zero virgula no quociente sem conhecer o resultado prévio, sem a multiplicação, é
o por quê?
JOTAO- Padawan
- Mensagens : 71
Data de inscrição : 16/09/2015
Idade : 59
Localização : belem/para
Re: Divisão de números naturais
explicando a conta pela chave de divisão -- acompanheiro fazedo pelo método da chave. Note que sempre estamos usando números inteiros.
1 ÷ 8 ---> quantas vezes o 8 cabe dentro do 1? nenhuma, zero. Este é o primeiro quociente.
para continuar a conta precisamos ter um dividendo maior que o 8; então o multiplicamos por 10. Mas se o dividendo agora é 10 vezes maior, o quociente também será 10 vezes maior do que o resultado correto; então o dividimos por 10, ou seja, vírgula depois do zero (que já estava no quociente). Fica
10 ÷ 8 = 0, ---> quantas vezes o 8 cabe no 10? uma vez. Colocamos o 1 no quociente como resultado dessa conta. Mas acontece que cabe 1 e ainda sobram 2 do dividendo. Escrevemos o novo dividendo (abaixo do anterior).
A conta agora é
2 ÷ 8 = ? ---> e repetimos toda a mecânica acima.
Neste ponto deve-se observar que esse "2" é, na verdade, dois décimos do 1 original. Quando acrescentamos o zero (ficando 20, para dividir pelos 8) estamos multiplicando o 2 por 10, ou seja, aquele 1 original por 100. Mas não precisa "colocar outra vírgula no quociente" porque já existe uma e vamos escrever o resultado dessa conta na casa dos centésimos -- portanto já está automaticamente dividido por 100.
Note que vamos fazendo a mecânica da conta desta forma (acrescentando zeros) porque não sabemos de antemão até onde ela vai. Afinal, para esta conta, seria o mesmo que multiplicar aquele 1 do dividendo por 1000 e depois dividir o quociente por mil.
1000 ÷ 8 = 125
125 ÷ 1000 = 0,125
estimo ter sido de alguma ajuda.
1 ÷ 8 ---> quantas vezes o 8 cabe dentro do 1? nenhuma, zero. Este é o primeiro quociente.
para continuar a conta precisamos ter um dividendo maior que o 8; então o multiplicamos por 10. Mas se o dividendo agora é 10 vezes maior, o quociente também será 10 vezes maior do que o resultado correto; então o dividimos por 10, ou seja, vírgula depois do zero (que já estava no quociente). Fica
10 ÷ 8 = 0, ---> quantas vezes o 8 cabe no 10? uma vez. Colocamos o 1 no quociente como resultado dessa conta. Mas acontece que cabe 1 e ainda sobram 2 do dividendo. Escrevemos o novo dividendo (abaixo do anterior).
A conta agora é
2 ÷ 8 = ? ---> e repetimos toda a mecânica acima.
Neste ponto deve-se observar que esse "2" é, na verdade, dois décimos do 1 original. Quando acrescentamos o zero (ficando 20, para dividir pelos 8) estamos multiplicando o 2 por 10, ou seja, aquele 1 original por 100. Mas não precisa "colocar outra vírgula no quociente" porque já existe uma e vamos escrever o resultado dessa conta na casa dos centésimos -- portanto já está automaticamente dividido por 100.
Note que vamos fazendo a mecânica da conta desta forma (acrescentando zeros) porque não sabemos de antemão até onde ela vai. Afinal, para esta conta, seria o mesmo que multiplicar aquele 1 do dividendo por 1000 e depois dividir o quociente por mil.
1000 ÷ 8 = 125
125 ÷ 1000 = 0,125
estimo ter sido de alguma ajuda.
Medeiros- Grupo
Velhos amigos do Fórum - Mensagens : 10409
Data de inscrição : 01/09/2009
Idade : 72
Localização : Santos, SP, BR
Re: Divisão de números naturais
Vou tentar acrescentar um pouco.
A questão da existência de números com vírgulas é a mesma da existência de números naturais em si.
No começo da matemática, o grande problema era contar coisas numerosas sem ter que dar nome para cada uma das coisas.
Imagine que você vá a uma festa, e queira saber quantas pessoas estão presentes para contar para seu amigo. Suponha que você viva em uma época em que os números naturais ainda não exista. Como você faria? Vários risquinhos, onde cada risco representa uma pessoa, não é? Mas e se você foi em um evento gigantesco com sei la, 200 mil pessoas, vai fazer 200 mil risquinhos? Não! A ideia então é que você consiga expressão para seu amigo, a quantidade de pessoa, sem ter que passar a vida fazendo risquinhos.
O melhor jeito de fazer isso, é criar um sistema que se repita, desse modo eu crio símbolos para um número pequeno de pessoas, depois, a medida que esse número aumenta, fica cíclico e não preciso mais dar nomes e símbolos diferentes, e foi de fato, isso que você fez, em uma feste com 13 pessoas por exemplo, em vez de dar um símbolo para cada, você deu símbolos para as 9 primeiras, a partir disso o ciclo se repete.
pessoa a = 1
pessoa b=2
pessoa c=3
pessoa d=4
pessoa e=5
pessoa f=6
pessoa g=7
pessoa h=8
pessoa i=9
Nesse ponto, você não tem mais criatividade para inventar um símbolo diferente para a pessoa j, então fazemos a combinação de 2 que já temos, no caso 1 e 0 = 10.
Isso resolveu um problema gigantesco da antiguidade, com isso é possível expressar qualquer valor que seja natural sem ter que criar um simbolo totalmente novo para eles. Se você fosse a primeira pessoa a contar o número de átomos em 1 mol, teria que dar um símbolo novo para essa quantidade.
Para os números com vírgula, a ideia é exatamente a MESMA.
No seu sistema de números já existe o número 1, você criou resolvendo o problema que eu disse. Mas pensando um dia, você fez um intrigante desenho:
Esse quadrado maior, tem lado medindo 1, você olhou para ele e disse, cada lado mede 1. O que isso implica? Se pergunte agora quanto mede o quadrado menor! Bem, sua unidade de medida só vai até 1,0 , você nunca precisou mais do que isso para contar pessoas, animais, objetos, mas e agora?
A ideia é criar um sistema de medidas, igual você fez para pessoas, de forma que não precise dar símbolos para as infinitas possibilidades. Você já obteve exito em fazer isso para 1,2,3,... porque pensar em algo diferente se esse já deu certo? Então, vamos usar para coisas que seja menor que 1.
Olhe para os valores 0,1,2,3,...
A ideia é alterar uma única vez, de modo que consiga exprimir valores menores do que um, porém sem criar um símbolo novo. O que você fez para valores acima do símbolo 9? Repetiu os símbolos já criados, adicionando-os a direita do que você já tinha, por exemplo, tenho o um (1) adiciono um símbolo a direita de um, tem-se (15) por exemplo.
Então, se para valores maiores que 1, eu adiciono qualquer um dos 10 símbolos já existente a direita, porque não para valores menores que um adicionar também um símbolo, porém a esquerda?
Exatamente, mas só dentre as 10 possibilidades (0,1,2,3,...9) só um faz bem esse papel, porque se adicionamos o 2 a esquerda de 1, por exemplo, temos o 21, que já existe na resposta do primeiro problema, desse modo o único candidato é o 0.
Então fica assim. Tenho o quadrado de lado 1, quanto mede cada quadrado menor? É verdade que 10 desses quadrados resulta em um quadrado de lado 1, isto é, se A é o quadrado maior, e B o menor, é verdade que 10B=A, B+B+B+B+B+B+B+B+B+B=A
Pela solução do problema das pessoas a gente sabe que 1+1+1+1+1+1+1+1+1+1=10
Analogamente, B+B+B+B+B+B+B+B+B+B=01
A diferença desse sistema a esquerda é que, quando chegamos ao valor 9, o ciclo se repete também a esquerda.
Imagino por comodidade, estética, ou sei la o motivo, usaram a virgula para definir isso.
Então:
0,1+0,1+0,1+0,1+0,1+0,1+0,1+0,1+0,1+0,1=0,9+0,1 para entrar no ciclo o simbolo entra a esquerda = 1,0.
Não sei se essa didática ficou boa o bastante ou se só me enrolei. O que tem que pegar é que a existência dos números com vírgulas se da pela mesma razão do problema das pessoas, assim como foi para a invenção dos números complexos. Olhando para o quadrado, se existisse apenas números naturais você rapidamente veria que a matemática está incompleta, não descreve figuras com lado que seja menor do que eu chamei de 1. Então, para quebrar esse problema, e também, para não ter que dar símbolo diferente para cada lado possível de quadrado, usou se o modelo numérico já existente com a pequena diferença da vírgula.
A questão da existência de números com vírgulas é a mesma da existência de números naturais em si.
No começo da matemática, o grande problema era contar coisas numerosas sem ter que dar nome para cada uma das coisas.
Imagine que você vá a uma festa, e queira saber quantas pessoas estão presentes para contar para seu amigo. Suponha que você viva em uma época em que os números naturais ainda não exista. Como você faria? Vários risquinhos, onde cada risco representa uma pessoa, não é? Mas e se você foi em um evento gigantesco com sei la, 200 mil pessoas, vai fazer 200 mil risquinhos? Não! A ideia então é que você consiga expressão para seu amigo, a quantidade de pessoa, sem ter que passar a vida fazendo risquinhos.
O melhor jeito de fazer isso, é criar um sistema que se repita, desse modo eu crio símbolos para um número pequeno de pessoas, depois, a medida que esse número aumenta, fica cíclico e não preciso mais dar nomes e símbolos diferentes, e foi de fato, isso que você fez, em uma feste com 13 pessoas por exemplo, em vez de dar um símbolo para cada, você deu símbolos para as 9 primeiras, a partir disso o ciclo se repete.
pessoa a = 1
pessoa b=2
pessoa c=3
pessoa d=4
pessoa e=5
pessoa f=6
pessoa g=7
pessoa h=8
pessoa i=9
Nesse ponto, você não tem mais criatividade para inventar um símbolo diferente para a pessoa j, então fazemos a combinação de 2 que já temos, no caso 1 e 0 = 10.
Isso resolveu um problema gigantesco da antiguidade, com isso é possível expressar qualquer valor que seja natural sem ter que criar um simbolo totalmente novo para eles. Se você fosse a primeira pessoa a contar o número de átomos em 1 mol, teria que dar um símbolo novo para essa quantidade.
Para os números com vírgula, a ideia é exatamente a MESMA.
No seu sistema de números já existe o número 1, você criou resolvendo o problema que eu disse. Mas pensando um dia, você fez um intrigante desenho:
Esse quadrado maior, tem lado medindo 1, você olhou para ele e disse, cada lado mede 1. O que isso implica? Se pergunte agora quanto mede o quadrado menor! Bem, sua unidade de medida só vai até 1,0 , você nunca precisou mais do que isso para contar pessoas, animais, objetos, mas e agora?
A ideia é criar um sistema de medidas, igual você fez para pessoas, de forma que não precise dar símbolos para as infinitas possibilidades. Você já obteve exito em fazer isso para 1,2,3,... porque pensar em algo diferente se esse já deu certo? Então, vamos usar para coisas que seja menor que 1.
Olhe para os valores 0,1,2,3,...
A ideia é alterar uma única vez, de modo que consiga exprimir valores menores do que um, porém sem criar um símbolo novo. O que você fez para valores acima do símbolo 9? Repetiu os símbolos já criados, adicionando-os a direita do que você já tinha, por exemplo, tenho o um (1) adiciono um símbolo a direita de um, tem-se (15) por exemplo.
Então, se para valores maiores que 1, eu adiciono qualquer um dos 10 símbolos já existente a direita, porque não para valores menores que um adicionar também um símbolo, porém a esquerda?
Exatamente, mas só dentre as 10 possibilidades (0,1,2,3,...9) só um faz bem esse papel, porque se adicionamos o 2 a esquerda de 1, por exemplo, temos o 21, que já existe na resposta do primeiro problema, desse modo o único candidato é o 0.
Então fica assim. Tenho o quadrado de lado 1, quanto mede cada quadrado menor? É verdade que 10 desses quadrados resulta em um quadrado de lado 1, isto é, se A é o quadrado maior, e B o menor, é verdade que 10B=A, B+B+B+B+B+B+B+B+B+B=A
Pela solução do problema das pessoas a gente sabe que 1+1+1+1+1+1+1+1+1+1=10
Analogamente, B+B+B+B+B+B+B+B+B+B=01
A diferença desse sistema a esquerda é que, quando chegamos ao valor 9, o ciclo se repete também a esquerda.
Imagino por comodidade, estética, ou sei la o motivo, usaram a virgula para definir isso.
Então:
0,1+0,1+0,1+0,1+0,1+0,1+0,1+0,1+0,1+0,1=0,9+0,1 para entrar no ciclo o simbolo entra a esquerda = 1,0.
Não sei se essa didática ficou boa o bastante ou se só me enrolei. O que tem que pegar é que a existência dos números com vírgulas se da pela mesma razão do problema das pessoas, assim como foi para a invenção dos números complexos. Olhando para o quadrado, se existisse apenas números naturais você rapidamente veria que a matemática está incompleta, não descreve figuras com lado que seja menor do que eu chamei de 1. Então, para quebrar esse problema, e também, para não ter que dar símbolo diferente para cada lado possível de quadrado, usou se o modelo numérico já existente com a pequena diferença da vírgula.
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El Álgebra no es más que Geometría y la Geometría no es más que Álgebra abstracta
Sophie Germain
Sophie Germain
Emanuel Dias- Monitor
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