Interpretação
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Interpretação
(Fuvest-SP) "Vivemos mais uma grave crise, repetitiva dentro do ciclo de graves crises que ocupa a energia desta nação. A frustração cresce e a desesperança não cede. Empresários empurrados à condição de liderança oficial se reúnem em eventos como este, para lamentar o estado de coisas. O que dizer sem resvalar para o pessimismo, a crítica pungente ou a auto-absolvição? É da história do mundo que as elites nunca introduziram mudanças que favorecessem a sociedade como um todo. Estaríamos nos enganando se achássemos que estas lideranças empresariais aqui reunidas teriam a motivação para fazer a distribuição de poderes e rendas que uma nação equilibrada precisa ter. Aliás, é ingenuidade imaginar que a vontade de distribuir renda passe pelo empobrecimento da elite. É também ocioso pensar que nós, da tal elite, temos riqueza suficiente para distribuir. Faço sempre, para meu desânimo, a soma do faturamento das nossas mil maiores e melhores empresas, e chego a um número menor do que o faturamento de apenas duas empresas japonesas. Digamos, a Mitsubishi e mais um pouquinho. Sejamos francos. Em termos mundiais somos irrelevantes como potência econômica, mas ao mesmo tempo extremamente representativos como população." ("Discurso de Semler aos Empresários", Folha de S. Paulo, 11/09/91)
O ciclo de crises vivido pelo Brasil, segundo o texto, constitui:
a) um componente instigante para vencer nossas dificuldades;
b) fator conhecido e repetitivo, desimportante de nossa história;
c) algo que não passa de invenção de pessimistas desocupados;
d) recurso eficaz para chamar a atenção para a nossa realidade;
e) outra forma de desgaste e de consumo de nossas energias.
O ciclo de crises vivido pelo Brasil, segundo o texto, constitui:
a) um componente instigante para vencer nossas dificuldades;
b) fator conhecido e repetitivo, desimportante de nossa história;
c) algo que não passa de invenção de pessimistas desocupados;
d) recurso eficaz para chamar a atenção para a nossa realidade;
e) outra forma de desgaste e de consumo de nossas energias.
nayarasisousa- Recebeu o sabre de luz
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Re: Interpretação
Vou marcar em vermelho aquilo que é falso e farei alguns comentários. No caso de alguma dúvida, não deixe de fazer: pergunte mesmo
a) um componente instigante para vencer nossas dificuldades : "Estaríamos nos enganando se achássemos que estas lideranças empresariais aqui reunidas teriam a motivação para fazer a distribuição de poderes e rendas que uma nação equilibrada precisa ter. Aliás, é ingenuidade imaginar que a vontade de distribuir renda passe pelo empobrecimento da elite."
b) fator conhecido e repetitivo, desimportante de nossa história
c) algo que não passa de invenção de pessimistas desocupados : o texto é feito por e para empresários e trata francamente sobre uma realidade no Brasil e ainda acrescenta "Faço sempre, para meu desânimo, a soma do faturamento das nossas mil maiores e melhores empresas, e chego a um número menor do que o faturamento de apenas duas empresas japonesas."
d) recurso eficaz para chamar a atenção para a nossa realidade : o ciclo de crises não é um "recurso", muito menos o texto dá a entender que é usado para chamar a atenção. O ciclo é tido como uma consequência da nossa realidade. Além disso, se as crises fossem usadas como recurso para resolver questões sociais, o texto não traria uma passagem assim: "Empresários [...] se reúnem em eventos como este, para lamentar o estado de coisas (lamentar não significa que será resolvido). [...] É da história do mundo que as elites nunca introduziram mudanças que favorecessem a sociedade como um todo."
e) outra forma de desgaste e de consumo de nossas energias : o primeiro período do texto já alega "Vivemos mais uma grave crise, repetitiva dentro do ciclo de graves crises que ocupa a energia desta nação"
a) um componente instigante para vencer nossas dificuldades : "Estaríamos nos enganando se achássemos que estas lideranças empresariais aqui reunidas teriam a motivação para fazer a distribuição de poderes e rendas que uma nação equilibrada precisa ter. Aliás, é ingenuidade imaginar que a vontade de distribuir renda passe pelo empobrecimento da elite."
b) fator conhecido e repetitivo, desimportante de nossa história
c) algo que não passa de invenção de pessimistas desocupados : o texto é feito por e para empresários e trata francamente sobre uma realidade no Brasil e ainda acrescenta "Faço sempre, para meu desânimo, a soma do faturamento das nossas mil maiores e melhores empresas, e chego a um número menor do que o faturamento de apenas duas empresas japonesas."
d) recurso eficaz para chamar a atenção para a nossa realidade : o ciclo de crises não é um "recurso", muito menos o texto dá a entender que é usado para chamar a atenção. O ciclo é tido como uma consequência da nossa realidade. Além disso, se as crises fossem usadas como recurso para resolver questões sociais, o texto não traria uma passagem assim: "Empresários [...] se reúnem em eventos como este, para lamentar o estado de coisas (lamentar não significa que será resolvido). [...] É da história do mundo que as elites nunca introduziram mudanças que favorecessem a sociedade como um todo."
e) outra forma de desgaste e de consumo de nossas energias : o primeiro período do texto já alega "Vivemos mais uma grave crise, repetitiva dentro do ciclo de graves crises que ocupa a energia desta nação"
dd0123- Estrela Dourada
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