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Brasil cai no PISA... e agora?

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Mensagem por rodrigoneves Qua 07 Dez 2016, 18:20

Relembrando a primeira mensagem :

O desempenho do Brasil no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) nunca foi algo digno de nota, mas, entre 2012 e 2015, pela primeira vez em muitos anos, os alunos brasileiros apresentaram uma piora.
Lanço a discussão: o que precisa mudar na nossa educação? E, já antevendo uma resposta: COMO haverão de ser implementadas as mudanças?
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Mensagem por hugo araujo Qui 08 Dez 2016, 19:15

Auto-sabotagem ?

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Última edição por hugo araujo em Qui 08 Dez 2016, 20:41, editado 5 vez(es)

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Mensagem por Elcioschin Qui 08 Dez 2016, 19:34

Concordo com o colega Fipe

No 1º ano do meu Ensino Médio a matéria Matemática foi excluída, baseado numa lei (Lei de diretrizes e bases de 1961).

Numa enquete na turma para saber que curso superior cada um pretendia fazer, eu, com apenas 14 anos, "chutei" advocacia baseado na carreira muito bem sucedida do meu irmão mais velho.

E vibrei com a ausência da matemática no curso: menos uma matéria para me preocupar.

A partir do 2º ano voltou a Matemática e, para minha surpresa, meu professor de matemática (um engenheiro civil de uma pequena cidade do interior), de imediato percebeu em mim talento para a matéria e me convenceu disso.

O problema foi recuperar o tempo perdido: tive que me virar, ajudado por ele e por um colega mais avançado. Estudei os três meses das férias para conseguir

Imaginem se eu tivesse descoberto isto somente mais tarde!!!
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Mensagem por Convidado Qui 08 Dez 2016, 21:03

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Mensagem por rodrigoneves Sex 09 Dez 2016, 12:44

José Ricardo dos Santos escreveu:[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Não deixa de ser uma boa notícia, mas note-se que os estudantes da rede federal, segundo o Censo Escolar de 2012, representam menos de 1% dos alunos brasileiros. É absolutamente inexpressivo.
Fipe escreveu:não conhecer filosofia, geografia sociologia, deixa apessoa alienada
Considero isso um problema. As alterações feitas no texto original da MP deixaram bem claro que Artes e Educação Física seguirão como disciplinas obrigatórias, mas nada disse a respeito de Filosofia e Sociologia, ou seja, até agora não ficou nada muito claro quanto a isso.
Ademais, precisamos ratificar também que português e matemática serão obrigatórios durante os três anos do ensino médio, independentemente da "carreira" escolhida pelo aluno.
Quanto ao fato de o aluno não ter uma noção do quer da vida aos 14/15 anos, também considero isso gravíssimo. Talvez se houvesse nos últimos anos do Fundamental um acompanhamento, alguma orientação nesse sentido, essa questão poderia ser atenuada.
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Mensagem por hugo araujo Sex 09 Dez 2016, 13:10

rodrigoneves escreveu:
José Ricardo dos Santos escreveu:[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Não deixa de ser uma boa notícia, mas note-se que os estudantes da rede federal, segundo o Censo Escolar de 2012, representam menos de 1% dos alunos brasileiros. É absolutamente inexpressivo.


Mas é 1% que vem dando muito certo, deveria ser amplamente divulgado e ser visto como modelo para as outras instituições de ensino. 

Mas como é um projeto fruto do governo anterior, obviamente eles vão sabotar ou omitir esses resultados.

A localização dessas escolas são bastante significativas também, pois a maioria foram implantadas em regiões de baixo desenvolvimento tanto econômico, quanto social.

Na minha região foram implantadas algumas unidades, chamadas de IFNMG. A evolução é muito grande. Renovou a perspectiva das pessoas aqui em relação à educação e é algo muito recente, começou a funcionar em 2010.

Os institutos aqui ofertam ensino médio integrado a cursos técnicos, cursos técnicos não integrados e cursos superiores. Alguns colégios privados conhecidos aqui pela boa qualidade, como o Pitágoras, perderam vários alunos para o IFNMG - ano que vem, por exemplo, o Pitágoras vai fechar o ensino médio na minha cidade.

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Mensagem por Diaz Sex 09 Dez 2016, 14:20

hugo araujo escreveu:
rodrigoneves escreveu:
José Ricardo dos Santos escreveu:[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Não deixa de ser uma boa notícia, mas note-se que os estudantes da rede federal, segundo o Censo Escolar de 2012, representam menos de 1% dos alunos brasileiros. É absolutamente inexpressivo.


Mas é 1% que vem dando muito certo, deveria ser amplamente divulgado e ser visto como modelo para as outras instituições de ensino. 

Mas como é um projeto fruto do governo anterior, obviamente eles vão sabotar ou omitir esses resultados.

A localização dessas escolas são bastante significativas também, pois a maioria foram implantadas em regiões de baixo desenvolvimento tanto econômico, quanto social.

Na minha região foram implantadas algumas unidades, chamadas de IFNMG. A evolução é muito grande. Renovou a perspectiva das pessoas aqui em relação à educação e é algo muito recente, começou a funcionar em 2010.

Os institutos aqui ofertam ensino médio integrado a cursos técnicos, cursos técnicos não integrados e cursos superiores. Alguns colégios privados conhecidos aqui pela boa qualidade, como o Pitágoras, perderam vários alunos para o IFNMG - ano que vem, por exemplo, o Pitágoras vai fechar o ensino médio na minha cidade.

Sabe pq escolas federais tem ótimos desempenhos? pq todo mundo que lá quer estudar! E quem não quiser pode ir embora! Não  obrigam ninguém à nada. Não te convidam. Você se inscreve faz o PS e quem passar e quiser estudar, estuda. Passei no IF da minha cidade na 9a série, porém optei por ir à outra escola técnica da minha cidade. É o mesmo raciocínio das universidades públicas, quem quer estudar estuda, quem não quiser só é não atrapalhar ou ir embora. Quando o interesse parte do aluno fica mais fácil e o estado consegue promover a aprendizagem. Não importa o quão bom seja o aluno. Se ele quiser continuar na ignorância o fará com exímio. IF e Colégio Militares são exemplos de o que acontece quando se une alunos que querem estudar à professores que querem ensinar. O estado falhou no que toca a retirar alunos imersos na ignorância e que não querem sair de tal, deveria reconhecer isso. Um sistema que acredito ser muito melhor que a reforma do ensino médio é o sistema de vouchers na educação.

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Mensagem por João Soares Sex 09 Dez 2016, 19:21

José Ricardo dos Santos escreveu:[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Não que essa notícia seja estatisticamente irrelevante, só que a amostra é bem enviesada. CEFETs e IFs possuem processos seletivos, o aluno que entra é porque já está acima da média. Além disso, você tem que se perguntar se seria uma medida sustentável caso abrangesse grande parte da população, pois o custo médio por aluno é muito maior do que em escolas municipais e estaduais. 

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Mensagem por rodrigoneves Sex 09 Dez 2016, 22:54

Diaz escreveu:
Sabe pq escolas federais tem ótimos desempenhos? pq todo mundo que lá quer estudar! E quem não quiser pode ir embora! Não  obrigam ninguém à nada. Não te convidam. Você se inscreve faz o PS e quem passar e quiser estudar, estuda. Passei no IF da minha cidade na 9a série, porém optei por ir à outra escola técnica da minha cidade. É o mesmo raciocínio das universidades públicas, quem quer estudar estuda, quem não quiser só é não atrapalhar ou ir embora. Quando o interesse parte do aluno fica mais fácil e o estado consegue promover a aprendizagem. Não importa o quão bom seja o aluno. Se ele quiser continuar na ignorância o fará com exímio. IF e Colégio Militares são exemplos de o que acontece quando se une alunos que querem estudar à professores que querem ensinar. O estado falhou no que toca a retirar alunos imersos na ignorância e que não querem sair de tal, deveria reconhecer isso. Um sistema que acredito ser muito melhor que a reforma do ensino médio é o sistema de vouchers na educação.

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Não consigo deixar de me incomodar com esse tipo de posicionamento, considero-o um tanto simplista, explico por quê.
Em primeiro lugar, porque passa a nítida impressão de que não tem nada que se possa fazer contra isso, a não ser esperar que a grande massa de alunos tenha um insight e resolva se conscientizar e pronto. Não estou dizendo que você falou isso, mas é a ideia que se passa.
Veja, não nego que a falta de dedicação dos alunos seja um problema. Ao contrário: é um problema grave que afeta a justamente a formação dos cidadãos e, portanto, é problema do Estado, e o Estado deve fazer algo a respeito. Sendo bem direto, o que eu quero dizer é que, afinal, cabe à escola procurar fazer os alunos se interessarem, porque se ela não o fizer, ninguém o fará!

Quanto ao sistema de vouchers, assisti a ambos os vídeos, e sinceramente me parece uma ideia cheia de furos.
(O comentário abaixo se refere ao modelo sugerido no vídeo do canal Mamãe Falei.)
Chega a ser ridículo achar que todo pai sabe o que é valoroso ou não para o aprendizado do seu filho.
Ademais, é fato que a educação, infelizmente, precisa ser rotulada por documentos como diplomas, para que se lhe possa atribuir algum valor pragmático. O que estou querendo dizer, basicamente, é que o simples fato de eu ter frequentado uma escola já basta para mim enquanto "pessoa que aprende", mas não enquanto "pessoa que precisa provar de forma prática que aprendeu", e é por isso que existe o diploma. E essa padronização me pareceria muito mais complicada dentro desse sistema "liberalzão" que se propõe. (Ou seja, se cada escola ensina o que quer, como é que poderiam emitir todas o mesmo tipo de certificado?)
Além disso, a coisa iria, muito provavelmente, virar mercado. E, aliás, os próprios vouchers muito provavelmente inaugurariam todo um mercado, verdadeiro tráfico de influência, coisa que deveria causar no mínimo remorso a quem tem tamanho desprezo por toda forma de serviço público.

Eu sinceramente acredito que a educação pública pode ser boa, mesmo sendo pública. Temos aí diversos países como exemplo. A questão da meritocracia é pertinente, e acho que cabe uma discussão mais ampla sobre como conciliá-la com a condição de professor de escola pública. Por exemplo, nas universidades federais existe um sistema de pontos, onde o professor ao cumprir certas atividades (ministrar uma disciplina, publicar artigo científico, desenvolver projeto de extensão etc.) recebe pontos, que ao serem acumulados podem se converter em promoção, e daí em aumento de salário.
Se é tamanha a convicção de que tudo o que é público se corrompe por natureza, então parece justo observar que toda grande privatização já feita neste país foi objeto de negociações por debaixo do tapete e entrega do patrimônio público nas mãos de particulares a preços irrisórios. O mesmo provavelmente ocorreria com as escolas.
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Mensagem por Diaz Sáb 10 Dez 2016, 16:40

rodrigoneves escreveu:
Diaz escreveu:
Sabe pq escolas federais tem ótimos desempenhos? pq todo mundo que lá quer estudar! E quem não quiser pode ir embora! Não  obrigam ninguém à nada. Não te convidam. Você se inscreve faz o PS e quem passar e quiser estudar, estuda. Passei no IF da minha cidade na 9a série, porém optei por ir à outra escola técnica da minha cidade. É o mesmo raciocínio das universidades públicas, quem quer estudar estuda, quem não quiser só é não atrapalhar ou ir embora. Quando o interesse parte do aluno fica mais fácil e o estado consegue promover a aprendizagem. Não importa o quão bom seja o aluno. Se ele quiser continuar na ignorância o fará com exímio. IF e Colégio Militares são exemplos de o que acontece quando se une alunos que querem estudar à professores que querem ensinar. O estado falhou no que toca a retirar alunos imersos na ignorância e que não querem sair de tal, deveria reconhecer isso. Um sistema que acredito ser muito melhor que a reforma do ensino médio é o sistema de vouchers na educação.

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Não consigo deixar de me incomodar com esse tipo de posicionamento, considero-o um tanto simplista, explico por quê.
Em primeiro lugar, porque passa a nítida impressão de que não tem nada que se possa fazer contra isso, a não ser esperar que a grande massa de alunos tenha um insight e resolva se conscientizar e pronto. Não estou dizendo que você falou isso, mas é a ideia que se passa.
Veja, não nego que a falta de dedicação dos alunos seja um problema. Ao contrário: é um problema grave que afeta a justamente a formação dos cidadãos e, portanto, é problema do Estado, e o Estado deve fazer algo a respeito. Sendo bem direto, o que eu quero dizer é que, afinal, cabe à escola procurar fazer os alunos se interessarem, porque se ela não o fizer, ninguém o fará!

Quanto ao sistema de vouchers, assisti a ambos os vídeos, e sinceramente me parece uma ideia cheia de furos.
(O comentário abaixo se refere ao modelo sugerido no vídeo do canal Mamãe Falei.)
Chega a ser ridículo achar que todo pai sabe o que é valoroso ou não para o aprendizado do seu filho.
Ademais, é fato que a educação, infelizmente, precisa ser rotulada por documentos como diplomas, para que se lhe possa atribuir algum valor pragmático. O que estou querendo dizer, basicamente, é que o simples fato de eu ter frequentado uma escola já basta para mim enquanto "pessoa que aprende", mas não enquanto "pessoa que precisa provar de forma prática que aprendeu", e é por isso que existe o diploma. E essa padronização me pareceria muito mais complicada dentro desse sistema "liberalzão" que se propõe. (Ou seja, se cada escola ensina o que quer, como é que poderiam emitir todas o mesmo tipo de certificado?)
Além disso, a coisa iria, muito provavelmente, virar mercado. E, aliás, os próprios vouchers muito provavelmente inaugurariam todo um mercado, verdadeiro tráfico de influência, coisa que deveria causar no mínimo remorso a quem tem tamanho desprezo por toda forma de serviço público.

Eu sinceramente acredito que a educação pública pode ser boa, mesmo sendo pública. Temos aí diversos países como exemplo. A questão da meritocracia é pertinente, e acho que cabe uma discussão mais ampla sobre como conciliá-la com a condição de professor de escola pública. Por exemplo, nas universidades federais existe um sistema de pontos, onde o professor ao cumprir certas atividades (ministrar uma disciplina, publicar artigo científico, desenvolver projeto de extensão etc.) recebe pontos, que ao serem acumulados podem se converter em promoção, e daí em aumento de salário.
Se é tamanha a convicção de que tudo o que é público se corrompe por natureza, então parece justo observar que toda grande privatização já feita neste país foi objeto de negociações por debaixo do tapete e entrega do patrimônio público nas mãos de particulares a preços irrisórios. O mesmo provavelmente ocorreria com as escolas.

Eu realmente perdi a fé no sistema de ensino público, médio e fundamental, let me explain why.

Um dia desses estava na faculdade discutindo o papel da escola com a minha professora de Comunicação e Expressão. Chegamos à conclusão: A sociedade evoluiu tanto que atualmente chegamos num ponto onde a escola pública não tem um objetivo definido e claro. Exemplo você quer que seu filho vá para a escola e aprenda o conteúdo do vestibular e consequentemente passe no vestibular, porém outro pai quer que o filho vá para a escola pública e tenha uma iniciação artística ou esse desejo parte do próprio aluno. Agora me diz os que os pais encontram no ensino público hoje? Nada! Para mim os pais e alunos tem todo o direito de com os impostos que pagam quererem um ensino ao seu gosto. As escolas militares e técnicas de ensino médio tem um objetivo traçado ( O que na minha opinião até explica o ótimo desempenho), preparar o aluno para a vida militar e preparar o aluno para a vida de técnico (Mercado de trabalho e outros) respectivamente, eu estudei em escola técnica e lá o foco realmente é/era o curso técnico, matérias eram sacrificadas em prol das técnicas (eu tinha 1 tempo de química e 1 de física na semana no terceiro ano) e pode perguntar pra qualquer aluno oriundo de IF acontece a mesma coisa lá. Consegui ter um ótimo ensino técnico e um bom ensino médio, mas com os sacrifícios feitos eu não estava em um nível muito alto nas matérias do ensino médio, consegui passar em todas as faculdades do meu estado ( para engenharia), porém faltava ''nível'' caso quisesse concorrer à cursos como Medicina, PoliUSP, IME, ITA, Unicamp. E por mim tudo bem, eu escolhi isto e estava colhendo os frutos da minha decisão. Creio que nenhum aluno que saia do terceiro ano de um escola federal (Técnica ou Militar) consiga passar direto para ITA/IME/Medicina sem o auxílio de um cursinho no contra turno durante os anos de ensino médio ou seja só com o ensino da escola, pq a escola onde estudaram o foco não era esse, mas tais escolas não deixam de serem boas escolas e cumprirem seu papel. Até as faculdades públicas tem um objetivo definido, no caso da minha Engenharia Eletrônica é ensinar matérias e assuntos que me deixem apto a coordenar projetos, trabalhar com circuitos e máquinas eletrônicas ou desenvolver projetos científicos. 

O ensino médio hoje é uma bagunça e sem foco. O verdadeiro proposito do sistema de vouchers é fornecer o ensino  que os contribuintes querem.  Quer estudar numa escola com foco Medicina? Tudo bem tá aqui seu voucher e vá lá. Quer estudar numa escola com foco IME/ITA? Idem Quer que seu filho estude numa escola Técnica? Idem
Quer que seu filho estude numa escola com maior iniciação artística? Idem Quer estudar numa escola com foco em olimpíadas científicas? Idem Quer estudar numa escola com foco em iniciação cientifica? Idem.

Você acha justo o filho do rico ter condição de estudar na escola de ensino médio com o foco que quiser (IME/ITA, Medicina,Técnica) e o filho do pobre ter que se virar com a escola pública de hoje em dia? 

Concordo que todos podem ter uma base comum, porém com focos diferentes. Por exemplo o aluno de um escola técnica ter mais matérias técnicas do que básicas enquanto o aluno de uma escola com foco MED ter mais matérias das áreas biológicas. E os dois ao final do ensino médio terem o mesmo certificado, porém atestando o foco que tiveram. 

O maior erro das entidades públicas é serem julgadas pela sua intenção e não pelo seu resultado.
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Mensagem por Convidado Sáb 10 Dez 2016, 20:22

Diaz escreveu:
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Sabe pq escolas federais tem ótimos desempenhos? pq todo mundo que lá quer estudar! E quem não quiser pode ir embora! Não  obrigam ninguém à nada. Não te convidam. Você se inscreve faz o PS e quem passar e quiser estudar, estuda. Passei no IF da minha cidade na 9a série, porém optei por ir à outra escola técnica da minha cidade. É o mesmo raciocínio das universidades públicas, quem quer estudar estuda, quem não quiser só é não atrapalhar ou ir embora. Quando o interesse parte do aluno fica mais fácil e o estado consegue promover a aprendizagem. Não importa o quão bom seja o aluno. Se ele quiser continuar na ignorância o fará com exímio. IF e Colégio Militares são exemplos de o que acontece quando se une alunos que querem estudar à professores que querem ensinar. O estado falhou no que toca a retirar alunos imersos na ignorância e que não querem sair de tal, deveria reconhecer isso. Um sistema que acredito ser muito melhor que a reforma do ensino médio é o sistema de vouchers na educação.

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Não consigo deixar de me incomodar com esse tipo de posicionamento, considero-o um tanto simplista, explico por quê.
Em primeiro lugar, porque passa a nítida impressão de que não tem nada que se possa fazer contra isso, a não ser esperar que a grande massa de alunos tenha um insight e resolva se conscientizar e pronto. Não estou dizendo que você falou isso, mas é a ideia que se passa.
Veja, não nego que a falta de dedicação dos alunos seja um problema. Ao contrário: é um problema grave que afeta a justamente a formação dos cidadãos e, portanto, é problema do Estado, e o Estado deve fazer algo a respeito. Sendo bem direto, o que eu quero dizer é que, afinal, cabe à escola procurar fazer os alunos se interessarem, porque se ela não o fizer, ninguém o fará!

Quanto ao sistema de vouchers, assisti a ambos os vídeos, e sinceramente me parece uma ideia cheia de furos.
(O comentário abaixo se refere ao modelo sugerido no vídeo do canal Mamãe Falei.)
Chega a ser ridículo achar que todo pai sabe o que é valoroso ou não para o aprendizado do seu filho.
Ademais, é fato que a educação, infelizmente, precisa ser rotulada por documentos como diplomas, para que se lhe possa atribuir algum valor pragmático. O que estou querendo dizer, basicamente, é que o simples fato de eu ter frequentado uma escola já basta para mim enquanto "pessoa que aprende", mas não enquanto "pessoa que precisa provar de forma prática que aprendeu", e é por isso que existe o diploma. E essa padronização me pareceria muito mais complicada dentro desse sistema "liberalzão" que se propõe. (Ou seja, se cada escola ensina o que quer, como é que poderiam emitir todas o mesmo tipo de certificado?)
Além disso, a coisa iria, muito provavelmente, virar mercado. E, aliás, os próprios vouchers muito provavelmente inaugurariam todo um mercado, verdadeiro tráfico de influência, coisa que deveria causar no mínimo remorso a quem tem tamanho desprezo por toda forma de serviço público.

Eu sinceramente acredito que a educação pública pode ser boa, mesmo sendo pública. Temos aí diversos países como exemplo. A questão da meritocracia é pertinente, e acho que cabe uma discussão mais ampla sobre como conciliá-la com a condição de professor de escola pública. Por exemplo, nas universidades federais existe um sistema de pontos, onde o professor ao cumprir certas atividades (ministrar uma disciplina, publicar artigo científico, desenvolver projeto de extensão etc.) recebe pontos, que ao serem acumulados podem se converter em promoção, e daí em aumento de salário.
Se é tamanha a convicção de que tudo o que é público se corrompe por natureza, então parece justo observar que toda grande privatização já feita neste país foi objeto de negociações por debaixo do tapete e entrega do patrimônio público nas mãos de particulares a preços irrisórios. O mesmo provavelmente ocorreria com as escolas.

Eu realmente perdi a fé no sistema de ensino público, médio e fundamental, let me explain why.

Um dia desses estava na faculdade discutindo o papel da escola com a minha professora de Comunicação e Expressão. Chegamos à conclusão: A sociedade evoluiu tanto que atualmente chegamos num ponto onde a escola pública não tem um objetivo definido e claro. Exemplo você quer que seu filho vá para a escola e aprenda o conteúdo do vestibular e consequentemente passe no vestibular, porém outro pai quer que o filho vá para a escola pública e tenha uma iniciação artística ou esse desejo parte do próprio aluno. Agora me diz os que os pais encontram no ensino público hoje? Nada! Para mim os pais e alunos tem todo o direito de com os impostos que pagam quererem um ensino ao seu gosto. As escolas militares e técnicas de ensino médio tem um objetivo traçado ( O que na minha opinião até explica o ótimo desempenho), preparar o aluno para a vida militar e preparar o aluno para a vida de técnico (Mercado de trabalho e outros) respectivamente, eu estudei em escola técnica e lá o foco realmente é/era o curso técnico, matérias eram sacrificadas em prol das técnicas (eu tinha 1 tempo de química e 1 de física na semana no terceiro ano) e pode perguntar pra qualquer aluno oriundo de IF acontece a mesma coisa lá. Consegui ter um ótimo ensino técnico e um bom ensino médio, mas com os sacrifícios feitos eu não estava em um nível muito alto nas matérias do ensino médio, consegui passar em todas as faculdades do meu estado ( para engenharia), porém faltava ''nível'' caso quisesse concorrer à cursos como Medicina, PoliUSP, IME, ITA, Unicamp. E por mim tudo bem, eu escolhi isto e estava colhendo os frutos da minha decisão. Creio que nenhum aluno que saia do terceiro ano de um escola federal (Técnica ou Militar) consiga passar direto para ITA/IME/Medicina sem o auxílio de um cursinho no contra turno durante os anos de ensino médio ou seja só com o ensino da escola, pq a escola onde estudaram o foco não era esse, mas tais escolas não deixam de serem boas escolas e cumprirem seu papel. Até as faculdades públicas tem um objetivo definido, no caso da minha Engenharia Eletrônica é ensinar matérias e assuntos que me deixem apto a coordenar projetos, trabalhar com circuitos e máquinas eletrônicas ou desenvolver projetos científicos. 

O ensino médio hoje é uma bagunça e sem foco. O verdadeiro proposito do sistema de vouchers é fornecer o ensino  que os contribuintes querem.  Quer estudar numa escola com foco Medicina? Tudo bem tá aqui seu voucher e vá lá. Quer estudar numa escola com foco IME/ITA? Idem Quer que seu filho estude numa escola Técnica? Idem
Quer que seu filho estude numa escola com maior iniciação artística? Idem Quer estudar numa escola com foco em olimpíadas científicas? Idem Quer estudar numa escola com foco em iniciação cientifica? Idem.

Você acha justo o filho do rico ter condição de estudar na escola de ensino médio com o foco que quiser (IME/ITA, Medicina,Técnica) e o filho do pobre ter que se virar com a escola pública de hoje em dia? 

Concordo que todos podem ter uma base comum, porém com focos diferentes. Por exemplo o aluno de um escola técnica ter mais matérias técnicas do que básicas enquanto o aluno de uma escola com foco MED ter mais matérias das áreas biológicas. E os dois ao final do ensino médio terem o mesmo certificado, porém atestando o foco que tiveram. 

O maior erro das entidades públicas é serem julgadas pela sua intenção e não pelo seu resultado.

Olhe, o brasileiro deveria apontar menos o dedo e fazer mais. É muito direito para pouco dever. Quem quer ser algo, independente do lugar que está, encontrará um meio de ser isto. Escola pública não é ruim. Eu estudo e aprovo. Ao invés de ficar discutindo e reclamando do governo, eu faço algo, que é estudar. Se o professor não ensina, eu busco na internet. Se os outros alunos não estudam, melhor pra mim. Ano que vem posto a minha aprovação no ITA e te mostro o jeito que eu 'me virei' "[...] filho do pobre ter que se virar com a escola pública de hoje em dia?".

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