Amizade, modelo Fuvest
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Amizade, modelo Fuvest
INSTRUÇÃO: A amizade tem sido objeto de reflexões
e elogios de pensadores e artistas de todas as épocas.
Os trechos sobre esse tema, aqui reproduzidos, pertencem
a um pensador da Antigüidade Clássica
(Cícero), a um pensador do século XVI (Montaigne) e a
compositores da música popular brasileira contemporâ-
nea. Você considera adequadas as idéias neles expressas?
Elas são atuais, isto é, você julga que elas têm validade
no mundo de hoje? O que sua própria experiência
lhe diz sobre esse assunto? Tendo em conta tais questões,
além de outras que você julgue pertinentes, redija
uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, argumentando de
modo a expor seu ponto de vista sobre o assunto.
Amizade é uma palavrinha bonita, e apenas isto. Inventada por floristas e fazedores de cartões enfeitados de corações e poemas hipócritas. Usada em discursos românticos, sem significado algum, completamente banalizado.
A maioria das pessoas fala de sentimentos como amor ou amizade com um orgulho desmedido e inexplicável facilidade. Falam porque tê-los é o que se espera do ser humano, e parece sensível e legal. Mas boa parte delas mal sabe o que tais palavras significam, e acaba soando frio, superficial e possessivo. De fato, muitas vezes, parece que estamos falando de um simples chocolate.
O chocolate, como bem sabemos, é um petisco engordativo que geralmente proporciona grande prazer. Talvez prazer maior que um amigo; afinal ele não nos decepciona – a não ser que esteja errado – não mente, não faz competições primitivas, não é egoísta e só nos abandona quando decidimos devorá-lo. Porém, também é sabido que chocolates não devolvem ou demonstram a devoção e sentimento que reservamos para ele, seja qual for.
Ele não sente, não pensa, não fala... não é seu companheiro, não apóia, não segura a mão... portanto, não pode de maneira alguma ser um amigo; entretanto, é assim que temos tratado nossos amigos: como chocolates.
É bem fácil dizer "meu melhor amigo" como quem diz "minha barra de chocolate preferida", uma propriedade sem sentimentos que você pode declarar adoração e fidelidade sempre que tiver vontade porque ele não entende e nem vai morrer quando não lhe for mais conveniente continuar a "amizade".
Pois somos todos pessoas, seres humanos; egocêntricos, dissimulados e egoístas. Só enxergamos a própria vontade e acreditamos que cada um de nós é o único que pode ser magoado. Mantemos relações e gostamos das pessoas e coisas quando e enquanto for conveniente. Usamos e pisamos nos nossos "amigos"...
... e nos escondemos. Atrás de músicas, poemas, declarações e discursos sobre sentimentos que sabemos não ter.
e elogios de pensadores e artistas de todas as épocas.
Os trechos sobre esse tema, aqui reproduzidos, pertencem
a um pensador da Antigüidade Clássica
(Cícero), a um pensador do século XVI (Montaigne) e a
compositores da música popular brasileira contemporâ-
nea. Você considera adequadas as idéias neles expressas?
Elas são atuais, isto é, você julga que elas têm validade
no mundo de hoje? O que sua própria experiência
lhe diz sobre esse assunto? Tendo em conta tais questões,
além de outras que você julgue pertinentes, redija
uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, argumentando de
modo a expor seu ponto de vista sobre o assunto.
Chocolate amigo
Amizade é uma palavrinha bonita, e apenas isto. Inventada por floristas e fazedores de cartões enfeitados de corações e poemas hipócritas. Usada em discursos românticos, sem significado algum, completamente banalizado.
A maioria das pessoas fala de sentimentos como amor ou amizade com um orgulho desmedido e inexplicável facilidade. Falam porque tê-los é o que se espera do ser humano, e parece sensível e legal. Mas boa parte delas mal sabe o que tais palavras significam, e acaba soando frio, superficial e possessivo. De fato, muitas vezes, parece que estamos falando de um simples chocolate.
O chocolate, como bem sabemos, é um petisco engordativo que geralmente proporciona grande prazer. Talvez prazer maior que um amigo; afinal ele não nos decepciona – a não ser que esteja errado – não mente, não faz competições primitivas, não é egoísta e só nos abandona quando decidimos devorá-lo. Porém, também é sabido que chocolates não devolvem ou demonstram a devoção e sentimento que reservamos para ele, seja qual for.
Ele não sente, não pensa, não fala... não é seu companheiro, não apóia, não segura a mão... portanto, não pode de maneira alguma ser um amigo; entretanto, é assim que temos tratado nossos amigos: como chocolates.
É bem fácil dizer "meu melhor amigo" como quem diz "minha barra de chocolate preferida", uma propriedade sem sentimentos que você pode declarar adoração e fidelidade sempre que tiver vontade porque ele não entende e nem vai morrer quando não lhe for mais conveniente continuar a "amizade".
Pois somos todos pessoas, seres humanos; egocêntricos, dissimulados e egoístas. Só enxergamos a própria vontade e acreditamos que cada um de nós é o único que pode ser magoado. Mantemos relações e gostamos das pessoas e coisas quando e enquanto for conveniente. Usamos e pisamos nos nossos "amigos"...
... e nos escondemos. Atrás de músicas, poemas, declarações e discursos sobre sentimentos que sabemos não ter.
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Re: Amizade, modelo Fuvest
Profundo!
Gostei , e digo mais , concordo com tudo.
Gostei , e digo mais , concordo com tudo.
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