Mensalão. Alguém avalia minha redação, grato!

por Vinicius Rodrigues Rosa Qua 02 Jul 2014, 23:09

Mensalão: punição que não chega...

   Estado com poder sobre à população, dinheiro público desviados em negócios particulares. O filósofo político Nicolau Maquiavel idealiza na sua obra O Príncipe, a questão da separação entre ética e política, e isso vem se tornando realidade. É urgente criarmos ferramentas para um Brasil afastado dos mensalistas.
   Tal problema ocorre nos partidos, governantes cada vez mais ricos, e a sociedade, prejudicada pelos corruptos. Apesar de todos saberem da gravidade dos crimes cometidos contra o país, pouca punição é indicada a esses atos ilícitos. Sendo assim, sabendo que são poderosos, uma pena justa nunca os atingirá, e, em outra oportunidade, continuaram com esses espetáculos vergonhosos, onde isso, é um grande problema. Além disso, o Brasil está com uma imagem precária nesse mundo globalizado.
   Dessa forma, o Mensalão à cada dia que passa só nos traz desgosto e indignação, investigados desde o ano de 2008, estão, majoritariamente soltos. Dentro dessa visão corrupta, toda população brasileira está envergonhada diante da política. Na abertura da Copa das Confederações 2013, ao interior do estádio, Presidenta Dilma Rousseff foi vaiada pelos espectadores presentes, no ano seguinte 2014, na Copa do Mundo aconteceu o mesmo, por exemplo.
   Diante disso, é essencial requerermos das autoridades competentes uma agilidade na averiguação dos fatos e sua punição. Organizarmos manifestações com ação pacífica abordando o tema que tanto fere a moral brasileira. Por fim, começando pelos políticos éticos, o Brasil, certamente, será de orgulho. Assim, a questão de Maquiavel pode ser verificada na realidade e necessita ser repensada, pois, não se pode hoje em dia, desvincula moral e política.

por **Euclides** Qua 02 Jul 2014, 23:52

Acho que os colegas farão uma leitura crítica e lhe apontarão alguma correções. Vou deixar isso a eles. Faço apenas uma observação, porque acho ridícula essa tentativa do neologismo "presidenta".

Há uma classe de substantivos denominada comum de dois gêneros. São substantivos que se aplicam igualmente aos dois gêneros: masculino e feminino. É o caso de: dentista, habitante, agente, anarquista, cliente, residente e presidente, entre outros. Vamos ter de dizer que temos uma "presidenta que é a residenta do palácio da Alvorada e habitanta de Brasília"?

Mensalão. Alguém avalia minha redação, grato! Sweolk

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por **Robson Jr.** Qui 03 Jul 2014, 02:31

Vinicius, encontrei alguns problemas no seu texto. Erros serão explicitados em vermelho, enquanto problemas na organização da frase serão indicados em azul. Dividirei minha avaliação em cinco partes: uma para o título e outras quatro para os parágrafos.

TÍTULO

Mensalão: punição que não chega...

Seja pragmático: evite recursos que nada agregam ao seu texto. Observe que, se retirarmos as reticências, não haverá qualquer mudança na mensagem transmitida pelo título. Portanto, esse sinal de pontuação é plenamente descartável. Não há motivo para estar aí.

Ademais, usa-se reticências, por definição, com uma ou mais das seguintes finalidades: explicitar um pensamento incompleto; mostrar que algo adicional poderia ser dito, mas não foi; introduzir um ar de mistério; pontuar interrupção no discurso; transmitir vagueza etc. Nenhum desses usos é bem-vindo em um texto dissertativo, onde deve predominar a lógica e a argumentação.

Na melhor das hipóteses o corretor ignoraria as reticências; na pior, apontaria erro de expressão. Não compensa usar um recurso incapaz de trazer benefício.

1º PARÁGRAFO

Estado com poder sobre à população, dinheiro público desviados em negócios particulares.

1) a crase foi incorretamente aplicada; 2) o plural "desviados" não faz sentindo, pois "dinheiro" é singular; 3) a regência correta é "desviado para negócios particulares".

O filósofo político Nicolau Maquiavel idealiza na sua obra O Príncipe, a questão da separação entre ética e política, e isso vem se tornando realidade.

1) A vírgulação no trecho em azul não está bem feita. Deixo duas sugestões de reescrita: a) O filósofo político Nicolau Maquiavel idealiza, em sua obra "O Príncipe", a questão(...); b) O filósofo político Nicolau Maquiavel idealiza em sua obra, "O Príncipe", a questão(...)

2) O recurso anafórico não foi bem empregado. "Isso" se refere a quê? Ética? Política? Ambas? A separação entre elas? Não ficou muito claro que sua intenção foi a última opção. Faça uma reescritura.

É urgente criarmos ferramentas para um Brasil afastado dos mensalistas.

O raciocínio ficou incompleto. Criar ferramentas para um Brasil afastado dos mensalistas? Certo, e qual a utilidade dessas ferramentas? Entendo que a intenção foi dizer "criarmos ferramente que possibilitem um Brasil afastado dos mensalistas", mas não foi isso que você disse.

2º PARÁGRAFO

Tal problema ocorre nos partidos, governantes cada vez mais ricos, e a sociedade, prejudicada pelos corruptos.

1) Novamente, o recurso anafórico foi empregado com pouca precisão. Qual é o problema a que se refere?
2) Faltou conexão semântica entre o que vem antes e o que vem depois da primeira vírgula. Uma reescritura possível seria "Tal problema ocorre nos partidos, deixando governantes cada vez mais ricos, e a sociedade, prejudicada pelos corruptos."

Sendo assim, sabendo que são poderosos, uma pena justa nunca os atingirá, e, em outra oportunidade, continuaram com esses espetáculos vergonhosos, onde isso, é um grande problema.

Vinicius, além do verbo "continuar" estar no tempo incorreto (deveria ser "continuarão"), e de não ficar claro sobre quem você está falando, o período como um todo está bastante confuso. Reorganize suas ideias: "Sendo assim, os políticos sabem que, por serem poderosos, uma pena justa nunca os atingirá; consequentemente, eles, em outra oportunidade, continuarão com esse espetáculo vergonhoso." O trecho em verde não faz sentido e é descartável.

Além disso, o Brasil está com uma imagem precária nesse mundo globalizado.

EXPLICITE que é a corrupção que mancha a imagem do Brasil. Da maneira como foi escrito, esse trecho está completamente "solto" e não tem nenhuma relação com o que foi dito no parágrafo.

3º PARÁGRAFO

Dessa forma, o Mensalão à cada dia que passa só nos traz desgosto e indignação, investigados desde o ano de 2008, estão, majoritariamente soltos.

1) Use a locução adverbial de tempo entre vírgulas;
2) Investigados quem? Você comeu o final do primeiro período, comeu o início do segundo período e depois juntou o que sobrou dos dois. Um trecho desses é péssimo, pois mostra que você nem releu o que escreveu.

Dentro dessa visão corrupta, toda população brasileira está envergonhada diante da política.

A população brasileira, dentro da visão corrupta, envergonha-se? Não faz sentido. Use algo como "Por ver toda essa corrupção, a população(...)"

Na abertura da Copa das Confederações 2013, ao interior do estádio, Presidenta Dilma Rousseff foi vaiada pelos espectadores presentes, no ano seguinte 2014, na Copa do Mundo aconteceu o mesmo, por exemplo.

1) Estabeleça uma relação entre este período e o que você acabou de escrever: "Tanto é assim que/Prova disso é que, na abertura da Copa das Condeferações de 2013, a Presidenta Dilma Roussef foi(...)".
2) Não insulte a inteligência do leitor: se falava-se de 2013, o ano seguinte só pode ser 2014.
3) O que esse "por exemplo" está fazendo ali? Descarte-o.

4º PARÁGRAFO:

Diante disso, é essencial requerermos das autoridades competentes uma agilidade na averiguação dos fatos e sua punição.

1) "uma" é dispensável.
2) A averiguação é dos fatos, mas a punição também é? Deixe claro que os punidos devem ser os criminosos.

Organizarmos manifestações com ação pacífica abordando o tema que tanto fere a moral brasileira.

O início do período é desconexo. Sua intenção foi dizer "devemos organizar manifestações(...)". Outra vez, a impressão é a de que você, Vinicius, não fez uma releitura da própria redação.

Por fim, começando pelos políticos éticos, o Brasil, certamente, será de orgulho.

Período incoerente. Qual a relação com o que foi escrito? O que você quis dizer?

Assim, a questão de Maquiavel pode ser verificada na realidade e necessita ser repensada, pois, não se pode hoje em dia, desvincula moral e política.

A conclusão é boa, mas o período está mal escrito. Sugestão de reescritura: "A ideia de Maquiável pode ser verificada na realidade, e justamente por isso precisa ser repensada, uma vez que, hoje em dia, não se pode desvincular moral de política."

Vinicius, ao concluir o rascunho de um texto, releia-o e, tal qual um corretor, tente procurar falhas, ambiguidades e outras incoerências. Na sequência, faça o possível para consertar eventuais problemas. A vasta maioria das inconsistências que apontei podem ser evitadas com apenas um auto-exame.

por Vinicius Rodrigues Rosa Qui 03 Jul 2014, 11:38

Muito obrigado pela avaliação, gostei.

por MuriloTri Qui 03 Jul 2014, 19:40

Vinicius Rodrigues Rosa escreveu:Mensalão: punição que não chega...

Estado com poder sobre à população, dinheiro público desviados em negócios particulares. Fato retratado, pelo filósofo político Nicolau Maquiavel que idealiza na sua obra O Príncipe, a questão da separação entre ética e política, e isso vem se tornando realidade. Portanto, É urgente criarmos ferramentas para um Brasil afastado dos mensalistas. "Coesão"

   Tal problema ocorre nos partidos políticos, governantes cada vez mais ricos, e a sociedade, prejudicada pelos corruptos. (Um dado sobre corrupção ou um exemplo de como o desvio de verba é nocivo a população caberia bem) Apesar de todos saberem da gravidade dos crimes cometidos contra o país (Evite esses tipos de generalização), pouca punição é indicada (Uma punição não é indicada, ela é aplicada) a esses atos ilícitos. Sendo assim, sabendo que são poderosos, uma pena justa nunca os atingirá, e, em outra oportunidade, continuaram com esses espetáculos vergonhosos, onde isso ("Onde" é usado para indicar lugar, substitua por 'na qual'), é um grande problema. Além disso, o Brasil está com uma imagem precária nesse mundo globalizado.
   Dessa forma, o Mensalão à cada dia que passa só nos traz desgosto e indignação, investigados desde o ano de 2008, estão, majoritariamente soltos. (Embora tardiamente, uma grande parcela dos envolvidos fui julgada e condenada, ato, não estando majoritariamente soltos) (O teor adotado aqui da a ideia de que eles não foram punidos, mas isso ocorreu, e esse fato deveria ter sido mencionado, levando em conta o histórico do Brasil nos casos de punição de políticos corruptos) Dentro dessa visão corrupta, toda população brasileira está envergonhada (Generalizações, novamente, evite-as, você não pode falar por 100% da população) diante da política. Na abertura da Copa das Confederações 2013, ao interior do estádio, Presidenta Dilma Rousseff foi vaiada pelos espectadores presentes, no ano seguinte 2014, na Copa do Mundo aconteceu o mesmo, por exemplo.
   Diante disso, é essencial requerermos das autoridades competentes uma agilidade na averiguação dos fatos e sua punição. Organizarmos manifestações com ação pacífica abordando o tema que tanto fere a moral brasileira. Por fim, começando pelos políticos éticos, o Brasil, certamente, será de orgulho. Assim, a questão de Maquiavel pode ser verificada na realidade e necessita ser repensada, pois, não se pode hoje em dia, desvincula moral e política.

Sugestões para enriquecer seu texto e para você pesquisar e pensar para futuros textos:

- Tente se aprofundar mais nas questões que você aborda, por exemplo, a sensação de impunidade que a população tem não se limita só aos políticos, devido a pena ser branda e os processos demorarem muito para serem julgados.
- As manifestações de rua são importantes mas pouco mudaram até então, no ano passado milhões foram as ruas e o que mudou até então? Pouco ou quase nada, procure casos e exemplos em outros países que enfrentam casos de corrupção.
- Você pode relacionar a corrupção na política como sendo um reflexo de uma população corrupta, com o seu jeitinho, que suborna guarda para não pagar multa, que estaciona em vaga de deficiente, que fura a fila, etc etc.

por Vinicius Rodrigues Rosa Qui 03 Jul 2014, 19:54

Dicas ótimas, obrigado pela atenção.

por **rodrigoneves** Qui 03 Jul 2014, 21:16

Vinicius Rodrigues Rosa escreveu:Dessa forma, o Mensalão à cada dia que passa só nos traz desgosto e indignação, investigados desde o ano de 2008, estão, majoritariamente soltos [...]

Boa noite, amigo.
Não entendo tão profundamente sobre os aspectos mais profundos no que diz respeito à estilística do gênero dissertativo, mas vou me permitir dar uma opinião sobre o seu texto...
Gostaria de ressaltar que no texto inteiro você falou da corrupção como se ela existisse apenas no que diz respeito ao Mensalão. É claro que esse caso é emblemático, mas não é exatamente assim que as coisas acontecem.
A política brasileira é corrupta. Ponto. Aliás, a sociedade brasileira é corrupta, como mencionou o colega acima. Infelizmente, temos a corrupção como que impregnada na nossa cultura. É o famoso "jeitinho brasileiro". E é óbvio que isso se reflete nas camadas mais favorecidas da sociedade.
Mais especificamente, queria comentar com todos os colegas que devemos abandonar essa mania de falar/pensar/agir como se o Mensalão fosse o único caso de corrupção que pudemos registrar recentemente em nossa política e como se o PT fosse a causa de toda a corrupção. Na verdade, temos tal visão porque todo esse caso foi coberto de uma forma extremamente tendenciosa por veículos poderosos como a Rede Globo e principalmente a VEJA. Basta observarmos as capas dessa revista. Todo mundo sabe que a VEJA é pró-PSDB, e eles fazem de tudo para "demonizar" o PT. Não estou dizendo que o Mensalão não deve mesmo ser punido, e nem que a ideia central do seu texto não esteja correta. Mas lembremos que foi apenas um caso de corrupção que foi mais profundamente investigado.
Depois desse desabafo, queria apenas notar um erro ortográfico que passou em branco. Não existe crase na expressão "a cada dia que passa".
Obrigado pela atenção.

por GLAYDSON Sex 04 Jul 2014, 12:28

Estado com poder sobre à população, dinheiro público desviados em negócios particulares. O filósofo político Nicolau Maquiavel idealiza na sua obra O Príncipe, a questão da separação entre ética e política, e isso vem se tornando(é realidade!) realidade. É urgente criarmos ferramentas para um Brasil afastado dos mensalistas.
   Tal problema ocorre nos partidos, governantes cada vez mais ricos, e a sociedade, prejudicada pelos corruptos. Apesar de todos saberem da gravidade dos crimes cometidos contra o país, pouca punição é indicada a esses atos ilícitos. Sendo assim, sabendo que são poderosos, uma pena justa nunca os atingirá, e, em outra oportunidade, continuaram com esses espetáculos vergonhosos, onde isso, é um grande problema. Além disso, o Brasil está com uma imagem precária(ficou vago) nesse mundo globalizado.
   Dessa forma, o Mensalão à cada dia que passa só nos traz desgosto e indignação, investigados desde o ano de 2008, estão, majoritariamente soltos(nem todos). Dentro dessa visão corrupta, toda população brasileira está envergonhada diante da política. Na abertura da Copa das Confederações 2013, ao interior do estádio, Presidenta Dilma Rousseff foi vaiada pelos espectadores presentes, no ano seguinte 2014, na Copa do Mundo aconteceu o mesmo, por exemplo.
   Diante disso, é essencial requerermos das autoridades competentes uma agilidade na averiguação dos fatos e sua punição. Organizarmos manifestações com ação pacífica abordando o tema que tanto fere a moral brasileira. Por fim, começando pelos políticos éticos, o Brasil, certamente, será de orgulho. Assim, a questão de Maquiavel pode ser verificada na realidade e necessita ser repensada, pois, não se pode hoje em dia, desvincula moral e política.(esse tema é tão comum para nós que a solução é sempre a mesma; não se preocupe, sua solução esta correta mas, infelizmente é vago. É muito difícil achar uma solução na qual cabe apenas às autoridades resolver.)

1°) Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita 1,8

2°) Compreender a proposta da redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo–argumentativo 1,8

3°) Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista 1,2

4°) Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessário à construção da argumentação 1,8

5°) Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos 1,2

2,0 – Excelente
1,8 – Bom
1,2 – Adequado
0,8 – Mediano
0,4 – Insuficiente
0,0 – Desconhecimento total

Nota: 7,8