textos nota 1000 do Enem
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Wilson Calvin
RobertoPatricio
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textos nota 1000 do Enem
Enem 2012: textos nota 1000 têm erros como ‘enchergar’ e ‘trousse’
Redações também apresentam graves desvios de concordância
RIO — “Rasoavel”, “enchergar”, “trousse”. Esses são alguns dos erros de grafia encontrados em redações que receberam nota 1.000 no Exame Nacional de Ensino Médio 2012 (Enem). Durante um mês, O GLOBO recebeu mais de 30 textos enviados por candidatos que atingiram a pontuação máxima, com a comprovação das notas pelo Ministério da Educação (MEC) e a confirmação pelas universidades federais em que os estudantes foram aprovados. Além desses absurdos na língua portuguesa, várias redações continham graves problemas de concordância verbal, acentuação e pontuação.
Apesar de seguirem a proposta do tema “A imigração para o Brasil no século XXI”, os textos não respeitavam a primeira das cinco competências avaliadas pelos corretores: “demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita”. Cada competência tem a pontuação máxima de 200 pontos.
Segundo o “Guia do participante: a redação no Enem 2012”, produzido pelo MEC, os 200 pontos na competência 1 são atingidos apenas se “o participante demonstra excelente domínio da norma padrão, não apresentando ou apresentando pouquíssimos desvios gramaticais leves e de convenções da escrita. (...) Desvios mais graves, como a ausência de concordância verbal, excluem a redação da pontuação mais alta”.
O manual aponta, entre os desvios mais graves, erros de grafia, acentuação e pontuação. Na mesma redação em que figura a grafia “rasoavel”, palavras como “indivíduos”, “saúde”, “geográfica” e “necessário” aparecem sem acento. E ao menos dois períodos terminam sem o ponto final.
Em outro texto recebido pelo GLOBO, aparecem problemas de concordância verbal, como nos trechos “Essas providências, no entanto, não deve (sic) ser expulsão” e “os movimentos imigratórios para o Brasil no século XXI é (sic)”. O mesmo candidato, equivocadamente, conjuga no plural o verbo haver no sentido de existir em duas ocasiões: “É fundamental que hajam (sic) debates” e “de modo que não hajam (sic) diferenças”.
Uma terceira redação nota 1.000 apresenta a grafia “enchergar”, além de problema de concordância nominal no trecho “o movimento migratório para o Brasil advém de necessidades básicas de alguns cidadãos, e, portanto, deve ser compreendida (sic)”. Em outro texto, além da palavra “trousse”, há ausência de acento circunflexo em “recebê-los” e uso impróprio da forma “porque” na pergunta “Porém, porque (sic) essa população escolheu o Brasil?”.
Pós-doutor em Linguística Aplicada e professor da UFRJ e da Uerj, Jerônimo Rodrigues de Moraes Neto diz que essas redações não deveriam receber a pontuação máxima.
— A atribuição injusta do conceito máximo a quem não teve o mérito estimula a popularização do uso da língua portuguesa, impedindo nossos alunos de falar, ler e escrever reconhecendo suas variedades linguísticas. Além disso, provoca a formação de profissionais incapazes de se comunicar, em níveis profissional e pessoal, e de decodificar o próprio sistema da língua portuguesa — aponta Moraes Neto.
Claudio Cezar Henriques, professor titular de Língua Portuguesa do Instituto de Letras da Uerj, reitera que, ao ingressar na universidade, esses alunos terão de se ajustar às normas da língua de prestígio acadêmico se quiserem se tornar profissionais capacitados. Ele observa que a banca corretora não usa o termo “erro”, mas “desvio”, algo que, segundo ele, é “eufemismo da moda”.
— A demagogia política anda de braço dado com a demagogia linguística. É preciso lembrar que as avaliações oficiais julgam os alunos, mas também julgam o sistema de ensino. Na vida real, redações como essas jamais tirariam nota máxima, pois contêm erros que a sociedade não aceita. Afinal, pareceres, relatórios, artigos científicos, livros e matérias de jornal que contiverem esses desvios/erros colocarão em risco o emprego de revisores, pesquisadores e jornalistas, não é? — ele indaga.
Logo que o MEC liberou a consulta ao espelho da redação, em fevereiro, o site do GLOBO publicou uma reportagem pedindo que estudantes enviassem redações com nota 1.000, junto com seus comprovantes. O objetivo era expor os bons exemplos no site. Porém, ao ler as redações, a equipe percebeu erros gritantes em várias dissertações. Foram enviadas ao MEC, então, quatro delas. Para não expor os alunos, os textos foram digitados, e as informações pessoais (nome, CPF e número de inscrição), omitidas. O GLOBO perguntou se os desvios não desrespeitavam os critérios estabelecidos pelo manual do MEC, e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (Inep) alegou que não comenta redações: “por respeito aos participantes, a vista pedagógica é dada especificamente a quem prestou o exame”.
Segundo o Inep, “uma redação nota 1.000 deve ser sempre um excelente texto, mesmo que apresente alguns desvios em cada competência avaliada. A tolerância deve-se à consideração, e isto é relevante do ponto de vista pedagógico, de ser o participante do Enem, por definição, um egresso do ensino médio, ainda em processo de letramento na transição para o nível superior”.
Sobre os critérios usados na correção da redação do Enem 2012, estabelecidos pela coordenação pedagógica do exame, a cargo de professores doutores em Linguística da Universidade de Brasília (UnB), o Inep informa que a análise do texto é feita como um todo. Segundo a nota, “um texto pode apresentar eventuais erros de grafia, mas pode ser rico em sua organização sintática, revelando um excelente domínio das estruturas da língua portuguesa”.
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(e olhem essa)
Enem 2012: estudante escreve receita de miojo na redação e recebe nota 560
MEC diz que aluno não fugiu do tema nem teve a intenção de anular a redação por não ter ferido os direitos humanos e não ter usado palavras ofensivas
O que culinária tem a ver com movimentos imigratórios para o Brasil no século XXI, tema da redação da última edição do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem)? À primeira vista, nada. No entanto, dois corretores da prova entenderam como “adequada” a abordagem temática por parte de um candidato que descreveu como preparar um Miojo no meio de seu texto. Enquanto estudantes tiraram nota 1000 cometendo erros como “trousse”, “enchergar” e “rasoavel”, como mostrou O GLOBO na segunda-feira, o candidato que agiu com deboche ficou com 560 pontos.
Nos dois primeiros parágrafos, o vestibulando chega a comentar a questão da imigração. Mas, no parágrafo seguinte, o candidato descreve o modo de preparo do macarrão instantâneo:
“Para não ficar muito cansativo, vou agora ensinar a fazer um belo miojo, ferva trezentos ml’s de água em uma panela, quando estiver fervendo, coloque o miojo, espere cozinhar por três minutos, retire o miojo do fogão, misture bem e sirva”.
Como se nada tivesse acontecido, o candidato retoma o tema da imigração no parágrafo seguinte e conclui que “uma boa solução para o problema o governo brasileiro já está fazendo, que é acolher os imigrantes e dar a eles uma boa oportunidade de melhorarem suas vidas”. Das 24 linhas da redação, quatro foram reservadas apenas para descrever o modo de preparo da massa.
Embora haja critérios para se tirar nota 0 na redação no Guia do Participante, como a fuga total do tema e impropérios ou atos propositais de anulação, o vestibulando em questão tirou 560 em 1000.
O candidato recebeu 120/200 (60%) na competência 2 da correção, em que são avaliadas a compreensão da proposta da redação e a aplicação de conhecimentos para o desenvolvimento do tema. Pela nota, o Ministério da Educação (MEC) entende que o estudante abordou o tema de forma “adequada”, embora “previsível” e com “argumentos superficiais”. Na competência 3, na qual é avaliada a coerência dos argumentos, o candidato recebeu 100/200 (50%).
Em nota, o MEC afirmou que “a presença de uma receita no texto do participante foi detectada pelos corretores e considerada inoportuna e inadequada, provocando forte penalização especialmente nas competências 3 e 4”. O órgão entende que o aluno não fugiu do tema nem teve a intenção de anular a redação, pois não feriu os direitos humanos e não usou palavras ofensivas.
Entretanto, os critérios de avaliação das redações do Enem estão longe de serem consensuais. O GLOBO mostrou ontem que redações nota 1000 (máxima) da edição de 2012 continham erros graves de grafia e concordância. Para o coordenador de Língua Portuguesa e Redação do Colégio pH, Filipe Couto, os critérios de correção não são claros.
- O edital do Enem diz uma coisa e a banca faz outra. Para ele tirar 120 na competência 2, é como se não tivesse se desviado do tema e o abordasse adequadamente, mas não foi o que aconteceu - afirmou Couto.
Já para um dos coordenadores da banca de redação do Enem, que pediu para não ser identificado, não haveria como saber se o candidato colocou a receita para ganhar linhas, testar a correção ou debochar. No entanto, segundo ela, a orientação dada aos corretores é levar ao máximo em consideração a parte onde o aluno se atém ao tema, diminuindo a pontuação em outras competências se for o caso.
- Na parte em que ele escreveu sobre o tema, ele se saiu bem. A orientação é considerar o que for possível. Desse modo, ele conseguiu metade da nota - afirmou a corretora.
Mas o raciocínio não é tão claro para quem orienta candidatos do Enem nas salas de aula. De acordo com o professor de redação do curso Pensi e da Escola Modelar Cambaúba, Raphael Torres, o candidato cometeu erros graves ao usar a primeira pessoa do singular e verbos no imperativo. E concluiu:
- A partir do momento em que se escolhe falar de Miojo, o candidato quebra a estrutura dissertativa pedida no edital. Mas a banca não enxerga isso como impropério. Ela pega as próprias brechas que fez com o Guia do Participante para legitimar a nota que deu. Ele deveria tirar uma pontuação muito mais baixa do que 560 - argumentou.
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Redações também apresentam graves desvios de concordância
RIO — “Rasoavel”, “enchergar”, “trousse”. Esses são alguns dos erros de grafia encontrados em redações que receberam nota 1.000 no Exame Nacional de Ensino Médio 2012 (Enem). Durante um mês, O GLOBO recebeu mais de 30 textos enviados por candidatos que atingiram a pontuação máxima, com a comprovação das notas pelo Ministério da Educação (MEC) e a confirmação pelas universidades federais em que os estudantes foram aprovados. Além desses absurdos na língua portuguesa, várias redações continham graves problemas de concordância verbal, acentuação e pontuação.
Apesar de seguirem a proposta do tema “A imigração para o Brasil no século XXI”, os textos não respeitavam a primeira das cinco competências avaliadas pelos corretores: “demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita”. Cada competência tem a pontuação máxima de 200 pontos.
Segundo o “Guia do participante: a redação no Enem 2012”, produzido pelo MEC, os 200 pontos na competência 1 são atingidos apenas se “o participante demonstra excelente domínio da norma padrão, não apresentando ou apresentando pouquíssimos desvios gramaticais leves e de convenções da escrita. (...) Desvios mais graves, como a ausência de concordância verbal, excluem a redação da pontuação mais alta”.
O manual aponta, entre os desvios mais graves, erros de grafia, acentuação e pontuação. Na mesma redação em que figura a grafia “rasoavel”, palavras como “indivíduos”, “saúde”, “geográfica” e “necessário” aparecem sem acento. E ao menos dois períodos terminam sem o ponto final.
Em outro texto recebido pelo GLOBO, aparecem problemas de concordância verbal, como nos trechos “Essas providências, no entanto, não deve (sic) ser expulsão” e “os movimentos imigratórios para o Brasil no século XXI é (sic)”. O mesmo candidato, equivocadamente, conjuga no plural o verbo haver no sentido de existir em duas ocasiões: “É fundamental que hajam (sic) debates” e “de modo que não hajam (sic) diferenças”.
Uma terceira redação nota 1.000 apresenta a grafia “enchergar”, além de problema de concordância nominal no trecho “o movimento migratório para o Brasil advém de necessidades básicas de alguns cidadãos, e, portanto, deve ser compreendida (sic)”. Em outro texto, além da palavra “trousse”, há ausência de acento circunflexo em “recebê-los” e uso impróprio da forma “porque” na pergunta “Porém, porque (sic) essa população escolheu o Brasil?”.
Pós-doutor em Linguística Aplicada e professor da UFRJ e da Uerj, Jerônimo Rodrigues de Moraes Neto diz que essas redações não deveriam receber a pontuação máxima.
— A atribuição injusta do conceito máximo a quem não teve o mérito estimula a popularização do uso da língua portuguesa, impedindo nossos alunos de falar, ler e escrever reconhecendo suas variedades linguísticas. Além disso, provoca a formação de profissionais incapazes de se comunicar, em níveis profissional e pessoal, e de decodificar o próprio sistema da língua portuguesa — aponta Moraes Neto.
Claudio Cezar Henriques, professor titular de Língua Portuguesa do Instituto de Letras da Uerj, reitera que, ao ingressar na universidade, esses alunos terão de se ajustar às normas da língua de prestígio acadêmico se quiserem se tornar profissionais capacitados. Ele observa que a banca corretora não usa o termo “erro”, mas “desvio”, algo que, segundo ele, é “eufemismo da moda”.
— A demagogia política anda de braço dado com a demagogia linguística. É preciso lembrar que as avaliações oficiais julgam os alunos, mas também julgam o sistema de ensino. Na vida real, redações como essas jamais tirariam nota máxima, pois contêm erros que a sociedade não aceita. Afinal, pareceres, relatórios, artigos científicos, livros e matérias de jornal que contiverem esses desvios/erros colocarão em risco o emprego de revisores, pesquisadores e jornalistas, não é? — ele indaga.
Logo que o MEC liberou a consulta ao espelho da redação, em fevereiro, o site do GLOBO publicou uma reportagem pedindo que estudantes enviassem redações com nota 1.000, junto com seus comprovantes. O objetivo era expor os bons exemplos no site. Porém, ao ler as redações, a equipe percebeu erros gritantes em várias dissertações. Foram enviadas ao MEC, então, quatro delas. Para não expor os alunos, os textos foram digitados, e as informações pessoais (nome, CPF e número de inscrição), omitidas. O GLOBO perguntou se os desvios não desrespeitavam os critérios estabelecidos pelo manual do MEC, e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (Inep) alegou que não comenta redações: “por respeito aos participantes, a vista pedagógica é dada especificamente a quem prestou o exame”.
Segundo o Inep, “uma redação nota 1.000 deve ser sempre um excelente texto, mesmo que apresente alguns desvios em cada competência avaliada. A tolerância deve-se à consideração, e isto é relevante do ponto de vista pedagógico, de ser o participante do Enem, por definição, um egresso do ensino médio, ainda em processo de letramento na transição para o nível superior”.
Sobre os critérios usados na correção da redação do Enem 2012, estabelecidos pela coordenação pedagógica do exame, a cargo de professores doutores em Linguística da Universidade de Brasília (UnB), o Inep informa que a análise do texto é feita como um todo. Segundo a nota, “um texto pode apresentar eventuais erros de grafia, mas pode ser rico em sua organização sintática, revelando um excelente domínio das estruturas da língua portuguesa”.
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Enem 2012: estudante escreve receita de miojo na redação e recebe nota 560
MEC diz que aluno não fugiu do tema nem teve a intenção de anular a redação por não ter ferido os direitos humanos e não ter usado palavras ofensivas
O que culinária tem a ver com movimentos imigratórios para o Brasil no século XXI, tema da redação da última edição do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem)? À primeira vista, nada. No entanto, dois corretores da prova entenderam como “adequada” a abordagem temática por parte de um candidato que descreveu como preparar um Miojo no meio de seu texto. Enquanto estudantes tiraram nota 1000 cometendo erros como “trousse”, “enchergar” e “rasoavel”, como mostrou O GLOBO na segunda-feira, o candidato que agiu com deboche ficou com 560 pontos.
Nos dois primeiros parágrafos, o vestibulando chega a comentar a questão da imigração. Mas, no parágrafo seguinte, o candidato descreve o modo de preparo do macarrão instantâneo:
“Para não ficar muito cansativo, vou agora ensinar a fazer um belo miojo, ferva trezentos ml’s de água em uma panela, quando estiver fervendo, coloque o miojo, espere cozinhar por três minutos, retire o miojo do fogão, misture bem e sirva”.
Como se nada tivesse acontecido, o candidato retoma o tema da imigração no parágrafo seguinte e conclui que “uma boa solução para o problema o governo brasileiro já está fazendo, que é acolher os imigrantes e dar a eles uma boa oportunidade de melhorarem suas vidas”. Das 24 linhas da redação, quatro foram reservadas apenas para descrever o modo de preparo da massa.
Embora haja critérios para se tirar nota 0 na redação no Guia do Participante, como a fuga total do tema e impropérios ou atos propositais de anulação, o vestibulando em questão tirou 560 em 1000.
O candidato recebeu 120/200 (60%) na competência 2 da correção, em que são avaliadas a compreensão da proposta da redação e a aplicação de conhecimentos para o desenvolvimento do tema. Pela nota, o Ministério da Educação (MEC) entende que o estudante abordou o tema de forma “adequada”, embora “previsível” e com “argumentos superficiais”. Na competência 3, na qual é avaliada a coerência dos argumentos, o candidato recebeu 100/200 (50%).
Em nota, o MEC afirmou que “a presença de uma receita no texto do participante foi detectada pelos corretores e considerada inoportuna e inadequada, provocando forte penalização especialmente nas competências 3 e 4”. O órgão entende que o aluno não fugiu do tema nem teve a intenção de anular a redação, pois não feriu os direitos humanos e não usou palavras ofensivas.
Entretanto, os critérios de avaliação das redações do Enem estão longe de serem consensuais. O GLOBO mostrou ontem que redações nota 1000 (máxima) da edição de 2012 continham erros graves de grafia e concordância. Para o coordenador de Língua Portuguesa e Redação do Colégio pH, Filipe Couto, os critérios de correção não são claros.
- O edital do Enem diz uma coisa e a banca faz outra. Para ele tirar 120 na competência 2, é como se não tivesse se desviado do tema e o abordasse adequadamente, mas não foi o que aconteceu - afirmou Couto.
Já para um dos coordenadores da banca de redação do Enem, que pediu para não ser identificado, não haveria como saber se o candidato colocou a receita para ganhar linhas, testar a correção ou debochar. No entanto, segundo ela, a orientação dada aos corretores é levar ao máximo em consideração a parte onde o aluno se atém ao tema, diminuindo a pontuação em outras competências se for o caso.
- Na parte em que ele escreveu sobre o tema, ele se saiu bem. A orientação é considerar o que for possível. Desse modo, ele conseguiu metade da nota - afirmou a corretora.
Mas o raciocínio não é tão claro para quem orienta candidatos do Enem nas salas de aula. De acordo com o professor de redação do curso Pensi e da Escola Modelar Cambaúba, Raphael Torres, o candidato cometeu erros graves ao usar a primeira pessoa do singular e verbos no imperativo. E concluiu:
- A partir do momento em que se escolhe falar de Miojo, o candidato quebra a estrutura dissertativa pedida no edital. Mas a banca não enxerga isso como impropério. Ela pega as próprias brechas que fez com o Guia do Participante para legitimar a nota que deu. Ele deveria tirar uma pontuação muito mais baixa do que 560 - argumentou.
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RobertoPatricio- Recebeu o sabre de luz
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Re: textos nota 1000 do Enem
essa do miojo é tenso
Wilson Calvin- Matador
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Re: textos nota 1000 do Enem
O ENEM está cada vez mais "avacalhado" com credibilidade tendendo a subnitrato de pó vácuo.
____________________________________________
In memoriam - Euclides faleceu na madrugada do dia 3 de Abril de 2018.
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Lembre-se de que os vestibulares têm provas de Português também! Habitue-se a escrever corretamente em qualquer circunstância!
O Universo das coisas que eu não sei é incomensuravelmente maior do que o pacotinho de coisas que eu penso que sei.
Euclides- Fundador
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Re: textos nota 1000 do Enem
RIO - O próprio autor da redação do Enem que incluiu uma receita de miojo no meio do texto que falava sobre imigração acha que deveria ter recebido nota zero da banca corretora. Carlos Guilherme Custódio Ferreira tem 19 anos, está no segundo período do curso de engenharia civil da Unilavras, instituição particular de Lavras (MG), e participou da prova “por fazer”.
— Quando fiz o Enem, já estava na faculdade e gostando muito do meu curso. Então, fiz a prova por teste mesmo. Como falaram que a correção seria mais rigorosa, passando por três avaliadores, resolvi incluir a receqita para ver se realmente teria uma avaliação diferenciada.
O estudante, que morava em Campo Belo (MG) com os pais e se mudou para Lavras para fazer o curso superior, afirma que não queria debochar dos corretores e jamais imaginou que faria 560 pontos.
— Fiquei surpreso quando vi o resultado. No caso, era para eu zerar, porque fugi do tema. Confirmei o que desconfiava, que não corrigiam todas as redações direito, já que são muitas.
Mesmo morador de uma típica república de estudantes, onde macarrões instantâneos costumam ser recorrentes na alimentação, Carlos afirma que não come miojo com frequência e não sabe explicar porque usou justamente a receita no texto.
— Simplesmente veio à minha cabeça enquanto fazia a prova.
Para o restante da redação, ele se baseou principalmente nos textos de apoio disponibilizados no exame. Ele conta que já havia lido sobre o tema anteriormente.
Repercussão
Carlos ficou sabendo da repercussão de sua prova na mídia na manhã desta terça-feira (19), quando acordou e abriu sua página no Facebook. Vários amigos postaram mensagens sobre sua redação, mencionando que ela tinha ficado famoso.
— Não esperava tanta repercussão. Meus amigos estão achando engraçado e falando que sou corajoso. Acho que, neste ano, a correção da redação será bem mais rigorosa. Se for pensar por este lado, o que fiz foi bom.
Carlos recebeu 120/200 (60%) na competência 2 da correção, em que são avaliadas a compreensão da proposta da redação e a aplicação de conhecimentos para o desenvolvimento do tema. Pela nota, o Ministério da Educação (MEC) entende que o estudante abordou o tema de forma “adequada”, embora “previsível” e com “argumentos superficiais”. Na competência 3, na qual é avaliada a coerência dos argumentos, o candidato recebeu 100/200 (50%).
Procurado pelo GLOBO nesta segunda-feira (18), o Ministério da Educação (MEC) afirmou, por meio de nota, que “a presença de uma receita no texto do participante foi detectada pelos corretores e considerada inoportuna e inadequada, provocando forte penalização especialmente nas competências 3 e 4”. O órgão entende que o aluno não fugiu do tema nem teve a intenção de anular a redação, pois não feriu os direitos humanos e não usou palavras ofensivas.
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— Quando fiz o Enem, já estava na faculdade e gostando muito do meu curso. Então, fiz a prova por teste mesmo. Como falaram que a correção seria mais rigorosa, passando por três avaliadores, resolvi incluir a receqita para ver se realmente teria uma avaliação diferenciada.
O estudante, que morava em Campo Belo (MG) com os pais e se mudou para Lavras para fazer o curso superior, afirma que não queria debochar dos corretores e jamais imaginou que faria 560 pontos.
— Fiquei surpreso quando vi o resultado. No caso, era para eu zerar, porque fugi do tema. Confirmei o que desconfiava, que não corrigiam todas as redações direito, já que são muitas.
Mesmo morador de uma típica república de estudantes, onde macarrões instantâneos costumam ser recorrentes na alimentação, Carlos afirma que não come miojo com frequência e não sabe explicar porque usou justamente a receita no texto.
— Simplesmente veio à minha cabeça enquanto fazia a prova.
Para o restante da redação, ele se baseou principalmente nos textos de apoio disponibilizados no exame. Ele conta que já havia lido sobre o tema anteriormente.
Repercussão
Carlos ficou sabendo da repercussão de sua prova na mídia na manhã desta terça-feira (19), quando acordou e abriu sua página no Facebook. Vários amigos postaram mensagens sobre sua redação, mencionando que ela tinha ficado famoso.
— Não esperava tanta repercussão. Meus amigos estão achando engraçado e falando que sou corajoso. Acho que, neste ano, a correção da redação será bem mais rigorosa. Se for pensar por este lado, o que fiz foi bom.
Carlos recebeu 120/200 (60%) na competência 2 da correção, em que são avaliadas a compreensão da proposta da redação e a aplicação de conhecimentos para o desenvolvimento do tema. Pela nota, o Ministério da Educação (MEC) entende que o estudante abordou o tema de forma “adequada”, embora “previsível” e com “argumentos superficiais”. Na competência 3, na qual é avaliada a coerência dos argumentos, o candidato recebeu 100/200 (50%).
Procurado pelo GLOBO nesta segunda-feira (18), o Ministério da Educação (MEC) afirmou, por meio de nota, que “a presença de uma receita no texto do participante foi detectada pelos corretores e considerada inoportuna e inadequada, provocando forte penalização especialmente nas competências 3 e 4”. O órgão entende que o aluno não fugiu do tema nem teve a intenção de anular a redação, pois não feriu os direitos humanos e não usou palavras ofensivas.
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RobertoPatricio- Recebeu o sabre de luz
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Re: textos nota 1000 do Enem
Está escancarado pra quem quiser ver que eles não corrigem nada, o que você vê quando acessa a redação 'corrigida' são um monte de comentários já preparados e que são distribuídos aleatoriamente nas provas
Se esse país fosse feito de gente séria as universidades largaríam essa palhaçada e voltariam pro vestibular antigo
Se esse país fosse feito de gente séria as universidades largaríam essa palhaçada e voltariam pro vestibular antigo
RobertoPatricio- Recebeu o sabre de luz
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Re: textos nota 1000 do Enem
Teve também a de uma cara que escreveu o Hino do Palmeiras nos parágrafos centrais e ainda tirou 500.
Matheus Bertolino- Fera
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Data de inscrição : 10/08/2011
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Localização : Goioerê, Paraná, Brasil
Re: textos nota 1000 do Enem
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'As capitais, praias e as maiores cidades são os alvos mais frequentes dos imigrantes porque quando surge o alviverde imponente no gramado'....
:tuv: :tuv: :tuv: :tuv:
Mais uma prova de que ninguém corrige nada.
'As capitais, praias e as maiores cidades são os alvos mais frequentes dos imigrantes porque quando surge o alviverde imponente no gramado'....
:tuv: :tuv: :tuv: :tuv:
Mais uma prova de que ninguém corrige nada.
RobertoPatricio- Recebeu o sabre de luz
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Re: textos nota 1000 do Enem
'RIO - Vale tudo na redação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), até declarar o amor pelo time de futebol. Foi o que fez um candidato na última edição da prova ao escrever o hino do Palmeiras em seu texto. Apesar de dedicar dois dos quatro parágrafos à canção, o estudante tirou 500 pontos num total de 1000. O aluno até aborda o tema “Movimentos imigratórios para o Brasil no século XXI”, mas nos parágrafos de desenvolvimento se dedica à paixão por seu clube.
O autor do texto é o paulista Fernando Maioto, que já havia sido aprovado em Medicina na Faculdade Faceres, em São José do Rio Preto. Ele conta que sua intenção foi a de testar a banca de correção do Enem.
— Sempre escutei histórias de pessoas que fizeram a redação e colocaram receitas de bolo. Como eu sabia que este ano a redação poderia ser visualizada, resolvi escrever o hino do meu time. Mas o grande intuito mesmo era mostrar que os corretores não leem completamente a redação — diz Fernando, que acredita que merecia zero na redação.
No segundo parágrafo, após a frase introdutória “As capitais, praia e as maiores cidades são os alvos mais frequentes dos imigrantes”, ele começa a escrever parte do hino: “porque quando surge o alviverde imponente no gramado onde a luta o aguarda, sabe bem o que vem pela frente e que a dureza do prélio não tarde. E o palmeiras no ardor da partida, transformando a lealdade em padrão. Sabe sempre levar de vencida e mostrar que de fato é campeão”. Depois do trecho do hino, ele retoma o tema da imigração, ainda no mesmo parágrafo, com a frase “Por este o principal motivo de invasão de imigrantes”.
No parágrafo seguinte, o estudante acrescenta a conjunção adversativa “entretanto”, antes de voltar ao hino com o trecho “defesa que ninguém passa, linha e atacante de raça torcida que canta e vibra por nosso alviverde inteiro. Porque quem sabe ser brasileiro, hostenta (sic) a sua fibra”. Como o hino chega ao fim, ele fecha o parágrafo com “Fazendo com que muitos imigrantes se tornem escravados (sic) do século XXI”.
Em nota, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep) esclarece que os avaliadores identificaram a impertinência do texto inserido, o que trouxe para a redação palavras e expressões sem sentido e em estilo inadequado ao tipo textual exigido na prova. Segundo o Inep, a redação obteve nota 500, tendo nota baixa especialmente nas competências I e II. De acordo com a nota “desconsiderada a inserção inadequada, o texto tratou do tema sugerido e apresentou ideias e argumentos compatíveis. O texto indica compreensão da proposta da redação, não fugiu ao tema por completo e não feriu os direitos humanos”.
Já para o professor de Letras e vice-reitor da Universidade Estácio de Sá, Deonísio da Silva, mesmo que candidato tenha comentado parcialmente o tema, sua prova deveria ser desconsiderada e sua nota, zerada.
— Ele usou o hino do Palmeiras no meio da frase para disfarçar. Eu penso que é deboche, mas, mesmo se não for, ainda sim ele quebrou com a lógica argumentativa. Eu daria zero — opinou o vice-reitor.
Já Lucília Garcez, doutora em linguística aplicada defende a nota 500, dizendo que a orientação aos corretores é aproveitar o que for possível no texto.
— Se você observar bem a redação, excluindo a brincadeira de colocar o hino do Palmeiras, o participante escreve bem, não comete muitos erros de língua portuguesa, articula bem as ideias. E não fugiu totalmente do tema, chegou a desenvolvê-lo bem. Talvez, se ele não tivesse feito essa brincadeira, poderia até tirar nota máxima. Ele foi apenado por inserir um trecho fora do tema — diz Lucília.
Ex-corretor da banca, o professor Wander Lourenço afirma que exemplos como esse texto devem ser desconsiderados pelo avaliador.
— Esses casos mostram uma grande crise de ética. Eles têm o propósito de enganar a banca — argumenta'
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Mas esse indivíduo é muito engraçado não é mesmo? O estudante que foi o antiético! Ou seja, mentir e prejudicar a vida e o futuro de milhares de estudantes pelo Brasil todo, ah, isso aí tudo bem!
O autor do texto é o paulista Fernando Maioto, que já havia sido aprovado em Medicina na Faculdade Faceres, em São José do Rio Preto. Ele conta que sua intenção foi a de testar a banca de correção do Enem.
— Sempre escutei histórias de pessoas que fizeram a redação e colocaram receitas de bolo. Como eu sabia que este ano a redação poderia ser visualizada, resolvi escrever o hino do meu time. Mas o grande intuito mesmo era mostrar que os corretores não leem completamente a redação — diz Fernando, que acredita que merecia zero na redação.
No segundo parágrafo, após a frase introdutória “As capitais, praia e as maiores cidades são os alvos mais frequentes dos imigrantes”, ele começa a escrever parte do hino: “porque quando surge o alviverde imponente no gramado onde a luta o aguarda, sabe bem o que vem pela frente e que a dureza do prélio não tarde. E o palmeiras no ardor da partida, transformando a lealdade em padrão. Sabe sempre levar de vencida e mostrar que de fato é campeão”. Depois do trecho do hino, ele retoma o tema da imigração, ainda no mesmo parágrafo, com a frase “Por este o principal motivo de invasão de imigrantes”.
No parágrafo seguinte, o estudante acrescenta a conjunção adversativa “entretanto”, antes de voltar ao hino com o trecho “defesa que ninguém passa, linha e atacante de raça torcida que canta e vibra por nosso alviverde inteiro. Porque quem sabe ser brasileiro, hostenta (sic) a sua fibra”. Como o hino chega ao fim, ele fecha o parágrafo com “Fazendo com que muitos imigrantes se tornem escravados (sic) do século XXI”.
Em nota, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep) esclarece que os avaliadores identificaram a impertinência do texto inserido, o que trouxe para a redação palavras e expressões sem sentido e em estilo inadequado ao tipo textual exigido na prova. Segundo o Inep, a redação obteve nota 500, tendo nota baixa especialmente nas competências I e II. De acordo com a nota “desconsiderada a inserção inadequada, o texto tratou do tema sugerido e apresentou ideias e argumentos compatíveis. O texto indica compreensão da proposta da redação, não fugiu ao tema por completo e não feriu os direitos humanos”.
Já para o professor de Letras e vice-reitor da Universidade Estácio de Sá, Deonísio da Silva, mesmo que candidato tenha comentado parcialmente o tema, sua prova deveria ser desconsiderada e sua nota, zerada.
— Ele usou o hino do Palmeiras no meio da frase para disfarçar. Eu penso que é deboche, mas, mesmo se não for, ainda sim ele quebrou com a lógica argumentativa. Eu daria zero — opinou o vice-reitor.
Já Lucília Garcez, doutora em linguística aplicada defende a nota 500, dizendo que a orientação aos corretores é aproveitar o que for possível no texto.
— Se você observar bem a redação, excluindo a brincadeira de colocar o hino do Palmeiras, o participante escreve bem, não comete muitos erros de língua portuguesa, articula bem as ideias. E não fugiu totalmente do tema, chegou a desenvolvê-lo bem. Talvez, se ele não tivesse feito essa brincadeira, poderia até tirar nota máxima. Ele foi apenado por inserir um trecho fora do tema — diz Lucília.
Ex-corretor da banca, o professor Wander Lourenço afirma que exemplos como esse texto devem ser desconsiderados pelo avaliador.
— Esses casos mostram uma grande crise de ética. Eles têm o propósito de enganar a banca — argumenta'
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Mas esse indivíduo é muito engraçado não é mesmo? O estudante que foi o antiético! Ou seja, mentir e prejudicar a vida e o futuro de milhares de estudantes pelo Brasil todo, ah, isso aí tudo bem!
RobertoPatricio- Recebeu o sabre de luz
- Mensagens : 160
Data de inscrição : 20/02/2013
Idade : 33
Localização : fortaleza Ce
Re: textos nota 1000 do Enem
redação e o tempo são as principais coisas que fazem os alunos desistirem do enem.
Wilson Calvin- Matador
- Mensagens : 524
Data de inscrição : 26/02/2013
Idade : 26
Localização : São Paulo
Re: textos nota 1000 do Enem
São esses os alunos que estão compondo grandes universidades federais do país.
Parabéns, Brasil sil sil sil
Parabéns, Brasil sil sil sil
Giiovanna- Grupo
Velhos amigos do Fórum - Mensagens : 2128
Data de inscrição : 31/08/2012
Idade : 29
Localização : São Paulo, SP
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