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Implicações da automedicação para a saúde do brasileiro

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Mensagem por jotaefi10 Sáb 23 Out 2021, 19:26

  Redação no modelo Enem:

    O filósofo alemão Immanuel Kant defende que todo indivíduo tem consciência da sua inteligência para escolher seu modo de agir, pois ele seria livre e responsável. Fora da Filosofia, entretanto, percebe-se a irresponsabilidade da sociedade brasileira no que concerne à questão da automedicação. Acerca disso, deve-se pontuar que o acesso contínuo à informação e a busca pela economia do tempo levam as pessoas a se privarem de consultas médicas e serem influenciadas a consumir medicamentos por conta própria. Faz-se necessário, então, debater sobre como se chegou até esse quadro e seus efeitos.
   Primordialmente, é válido ressaltar que o advento da globalização e o consequente contato constante com novas informações moldou completamente a forma como os tratamentos médicos funcionavam até então, com um acompanhamento profissional propriamente dito. Nesse sentido, não se torna difícil perceber que a difusão de conteúdos não qualificados em redes sociais como o Facebook e o Instagram, por exemplo, acabam por instigar o internauta a experienciar o que é proposto, seja pela alta adesão de terceiros, seja pelo menor custo em relação às visitas médicas. Consequentemente, a probabilidade do sujeito ter uma piora no quadro de saúde aumenta notavelmente, uma vez que ele não considerou as formas de reação dos organismos.
   Outrossim, é igualmente necessário analisar a perspectiva da economia de tempo, fato que também contribui para a problemática tratada. A esse respeito, segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, a contemporaneidade é massivamente egoísta e se caracteriza pela falta de senso coletivo. Tal argumento torna-se pertinente ao contexto ao analisar a esfera social que, de posse de uma rotina mecanizada, se recusa a tratar da saúde adequadamente. Por conta disso, a opção pelo uso inapropriado de remédios, como antibióticos, favorecem a resistência de bactérias e, dessa forma, o seu poder de infecção não só para o ente como para toda a nação é aumentado, a exemplo da tuberculose no Brasil.
   Portanto, é necessário que o Ministério da Saúde — instância máxima sanitária da pátria —, através de verbas governamentais, promova campanhas publicitárias e debates abertos acerca da automedicação, afim de conscientizar efetivamente a população e inibir o ego de parte da mesma, que prefere tal ação a ter que tratar a enfermidade apropriadamente. Com a divulgação midiática, ainda, tal projeto será reconhecido em todo o Brasil e, desse modo, a conduta humana defendida por Kant será definitivamente praticável.

jotaefi10
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Implicações da automedicação para a saúde do brasileiro Empty Re: Implicações da automedicação para a saúde do brasileiro

Mensagem por jopagliarin Seg 25 Out 2021, 19:03

O filósofo alemão Immanuel Kant defende que todo indivíduo tem consciência da sua inteligência para escolher seu modo de agir, pois ele seria livre e responsável
Ele é livre e responsável


(I) Fora da Filosofia, entretanto, percebe-se a irresponsabilidade da sociedade brasileira no que concerne à questão da automedicação.

Adicionar mais um período explicando porque a sociedade é irresponsável. Aliás, dada esta sentença:

(II) Acerca disso, deve-se pontuar que o acesso contínuo à informação e a busca pela economia do tempo levam as pessoas a se privarem de consultas médicas e serem influenciadas a consumir medicamentos por conta própria.

... construir um período só, cuja explicação da sentença I são os termos destacados em negrito na sentença II. Desta forma:

 Fora da Filosofia, entretanto, percebe-se a irresponsabilidade da sociedade brasileira no que concerne à questão da automedicação, já que o corpo civil se priva de consultas médicas e é influenciado a consumir remédios por juízo próprio. 
Então, construir um novo período que abordará suas duas teses:

Faz-se necessário, então, discutir as causas dessa problemática, sejam elas, 

o acesso contínuo à informação e a busca pela economia do tempo. 



da maneira q vc escreveu não está errado, mas pode ter embaralhado causas e consequências;
os períodos seguintes são curtos e não agregam nenhuma informação nova no seu texto; retire-as ou incremente-as;
....Fora da Filosofia, entretanto, percebe-se a irresponsabilidade da sociedade brasileira no que concerne à questão da automedicação... Faz-se necessário, então, debater sobre como se chegou até esse quadro e seus efeitos.

______

veja que da forma como eu formulei as teses: "Faz-se necessário, então, discutir as causas dessa problemática, sejam elas,  o acesso contínuo à informação e a busca pela economia do tempo." deixa mais próxima as teses dos parágrafos de desenvolvimento, criando linearidade, facilitando a compreensão e o encadeamento de ideias. Da forma que vc escreveu, ficou ligeiramente distante a tese 1 na introdução com a elucidação da tese 1 no desenvolvimento (mas essa é uma questão mais estilística, também, sem grandes problemas)
Acerca disso, deve-se pontuar que o acesso contínuo à informação e a busca pela economia do tempo levam as pessoas a se privarem de consultas médicas e serem influenciadas a consumir medicamentos por conta própria. Faz-se necessário, então, debater sobre como se chegou até esse quadro e seus efeitos.
   Primordialmente, é válido ressaltar que o advento da globalização e o consequente contato constante com novas informações moldou completamente a forma como os tratamentos médicos funcionavam até então, com um acompanhamento profissional propriamente dito. 

_______
 ...acabam por instigar o internauta a experienciar o que é proposto, seja pela alta adesão de terceiros, seja pelo menor custo em relação às visitas médicas. Consequentemente, a probabilidade do sujeito ter uma piora no quadro de saúde aumenta notavelmente, uma vez que ele não considerou as formas de reação dos organismos. A informação em negrito ou não se relaciona com o que está sendo dito no parágrafo ou a ideia não ficou bem clara; trocar considerou por desconhece (os cidadãos brasileiros comuns desconhecem as formas de reação do organismo [do seu próprio organismo/próprio corpo; singular).
__________
A esse respeito, segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, a contemporaneidade é massivamente egoísta e se caracteriza pela falta de senso coletivo. Tal argumento torna-se pertinente ao contexto ao analisar a esfera social que, de posse de uma rotina mecanizada, se recusa a tratar da saúde adequadamente

Esse parágrafo parece contraditório, pois se a contemporaneidade é egoísta, não é lógico que o indivíduo queira cuidar do seu próprio corpo simplesmente porque é o seu corpo?

Por conta disso, a opção pelo uso inapropriado de remédios, como antibióticos, favorecem a resistência de bactérias e, dessa forma, o seu poder de infecção não só para o ente como para toda a nação é aumentado, a exemplo da tuberculose no Brasil.

Igualmente, o que tem a ver? Vc estava falando da economia de tempo. 
___
faça as alterações e poste novamente aqui
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Implicações da automedicação para a saúde do brasileiro Empty Re: Implicações da automedicação para a saúde do brasileiro

Mensagem por jotaefi10 Ter 26 Out 2021, 19:59

Olá. Primeiramente, agradeço pela sua atenção. Veja, reescrevi o texto e vou tentar passar a visão que tive em cada parágrafo, alinhado com o que você sugeriu. Assim, acredito, conseguirei enxergar melhor o que estou errando:

 O filósofo alemão Immanuel Kant defende que todo indivíduo tem consciência da sua inteligência para escolher seu modo de agir, pois ele seria  é livre e responsável. Fora da Filosofia, entretanto, percebe-se a irresponsabilidade da sociedade brasileira no que concerne à questão da automedicação. (Você falou em adicionar mais um período para explicar o porquê a sociedade brasileira é irresponsável, mas isso não acaba ficando explícito nas teses a seguir, quando cito as consequências  do acesso contínuo à informação e busca pela economia do tempo, que são a ausência de consultas médicas e a influência ao consumo de medicamentos por conta própria, através de algum meio externo que não o profisisonal? Realmente, quando se lê de forma mais profunda, percebe-se um vazio sobre o motivo da irresponsabilidade. Porém, achei que isso fosse apenas um detalhe temporário, uma vez que as teses vão justificar o argumento. Enfim, fica minha dúvida. Ainda assim, veja o que escrevi como complemento, só para remediar):

Fora da Filosofia, entretanto, percebe-se a irresponsabilidade da sociedade brasileira no que concerne à questão da automedicação, uma vez que os cidadãos apresentam condutas que os privam de consultas médicas e os fazem ser influenciados a consumir medicamentos por juízo próprio. 

Como estendi esse período acima, também modifiquei o posterior a ele, tentando resumir mais as ideias e evitar a confusão para compreender as causas e consequências. A nova introdução, portanto, ficou assim:

O filósofo alemão Immanuel Kant defende que todo indivíduo tem consciência da sua inteligência para escolher seu modo de agir, pois ele é livre e responsável. Fora da Filosofia, entretanto, percebe-se a irresponsabilidade da sociedade brasileira no que concerne à questão da automedicação, uma vez que os cidadãos apresentam condutas que os privam de consultas médicas e os fazem ser influenciados a consumir medicamentos por juízo próprio. Dito isso, deve-se pontuar que o acesso contínuo à informação e a busca pela economia do tempo são causas dessa problemática, que precisa ser debatida. 


Sobre o D1, vi que o problema da argumentação se centrou no quesito dos médicos, coisa que, admito, não desenvolvi adequadamente no parágrafo. No entanto, quando desde o início citei que a irresponsabilidade da população em se automedicar implica na refutação dos atendimentos médicos, achei que fizesse sentido esse ponto, já que, de certa forma, justificou o que eu havia dito na introdução e agora no desenvolvimento: o acesso contínuo à informação, principalmente via mídias sociais, faz com que a pessoa, inevitavelmente, seja motivada a buscar saber mais sobre tal conteúdo, muitas vezes até mesmo o consumindo. Daí, é lógico perceber que também, indiretamente, a pessoa vai estar se privando da visita aos médicos em razão daquilo que ela experimentou ser uma coisa mais benéfica, isto é, acaba-se construindo um pensamento do tipo ''não vou ao médico porque consigo me tratar em casa por um preço absurdamente menor''. Foi mais ou menos essa a minha linha de raciocínio. Mas acho melhor sermos mais realistas: apesar da ligação com a introdução, eu provavelmente seria despontuado pela falta de coerência desse argumento com o parágrafo em si?


Já no que se refere ao D2, eu não entendi muito bem onde está a contradição que você apontou. Por exemplo, ao citar Bauman eu queria sim dar ênfase ao espírito egocêntrico da população, que, por buscar a economia do seu tempo (tese 2), negligencia a saúde para atender à rotina mecanizada da contemporaneidade. Dessa forma, ao ter cada vez mais pessoas se medicando inadequadamente (por conta dessa rotina árdua), principalmente no que tange ao uso de antibióticos (que foi a parte que desenvolvi), a resistência das bactérias vai aumentando gradativamente e, consequentemente, seu poder de infecção também aumenta consideravelmente. Ainda por causa desse egoísmo, aparece então o que Bauman disse sobre a ''falta de senso da coletividade'' (presente lá na citação), já que o problema, que era individual, passará a ser geral, em razão justamente desse aumento do poder de infecção das doenças e do egoísmo do indivíduo de recusar a todo custo um apoio profissional, como eu já vinha desenvolvendo desde o D1 e finalizei em '' [...] e, dessa forma, o seu poder de infecção não só para o ente como para toda a nação é aumentado, a exemplo da tuberculose no Brasil.''. Ou seja, pelo menos pra mim eu consegui construir uma causa-consequência pertinente ao ponto de apoio da minha argumentação, que foi justamente a citação de Bauman. Quer dizer, posso estar equivocado, por isso aguardo um retorno.


Sobre a conclusão, vi que você não comentou nada. Ela está adequada? E novamente, muito obrigado pela correção.

jotaefi10
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