Pergunta para os membros notáveis

Relembrando a primeira mensagem :

Dirijo esta indagação aos membros Elcioschin, Medeiros, Thálisson C, Pré-Iteano, Ashitaka, Leonardo Sueiro, Fantecele88, Giovana Martins e Willian Honorio: 

Quando você se defronta com questões nível 3, ainda assim, consegue respondê-las mentalmente ou não? Em caso afirmativo, como faz? Formula um esboço mental? Do contrário, vosmecê soluciona o problema escrevendo passo a passo até chegar numa resposta?


P.S.: sei que talvez a minha pergunta pode parecer meio boba, no entanto é muito importante para mim. Então, se não for um incômodo, ficarei feliz em ver as respostas de vcs. Até breve!  

Thálisson C escreveu:Olá! 

No meu caso eu nunca tive essa preocupação de tentar resolver questões de cabeça, prefiro colocar meu raciocínio em um papel, principalmente se questão tiver muitas contas. Aqui no fórum pra resolver questões por exemplo eu costumo resolver a questão enquanto vou digitando a resposta mesmo, acho que tentar fazer de cabeça só iria me fazer gastar mais tempo, kk 

Valeu pelo comentário, Thálisson C. 

Também nunca tive o hábito ou sequer a ousadia de tentar resolver questões de cabeça. Contudo, pretendo adquirir essa habilidade e usar pelo menos para solucionar problemas não tão complexos. Pois acho que de alguma forma isso irá aperfeiçoar o meu intelecto.

John Carter escreveu:

Giovana Martins escreveu:Vamos supor que uma questão de nível 3 seja uma questão nível ITA. Honestamente, eu não sou muito rápida para resolver questões, a não ser que sejam questões teóricas. Em questões práticas geralmente eu anoto os itens. Sei lá, vamos supor que eu vá resolver uma questão hipotética e a mesma me fornece, por exemplo, a altura, o tempo, a distância, a aceleração etc. Nesses casos, eu sempre anoto esses dados e procuro soluções que não me tomem muito tempo (esse é o único esboço mental que eu faço). Em física eu costumo fazer alguns desenhos esquemáticos para eu não me esquecer do que eu tenho que fazer e para não ter que ler o enunciado novamente. Enfim, espero ter respondido o que você queria, do contrário é só perguntar.

Obrigado pela resposta, Giovana. 

Outra dúvida: Vc já organizou e anotou em tópicos os seus pensamentos - passo a passo - com intuito de se orientar na hora de resolver alguma questão de Matemática? Antes mesmo de resolver o problema?  

Ex.:

- Primeiro faço isso

- Depois aquilo

- Utilizo tal fórmula 

- Só substituí isso e pronto, chego a resposta


Aí a partir desse esboço tentar solucionar com lápis na mão realmente a questão.

Sim. Basicamente eu resolvo as questões da mesma forma como foi apresentado no exemplo do colega Élcio. Dificilmente você erra a questão se você fizer assim.

Há algum tempo vi o título do tópico, pensei "isso não é comigo" e passei batido; por isto o atraso na resposta (embora preferisse me dirigir à alguém com nome real, e não um avatar).

Quando resolvia questões eu traçava a estratégia (raciocínio, sequência) de cabeça e fazia as contas no papel; e ia acompanhando o andamento para ver se continuava consistente. Normalmente, de início, não tinha a menor idéia do que fazer; então ia anotando os dados do problema, o que se pedia, durante esta atividade elaborava a estratégia.

Sempre existem os superdotados mas não aconselharia ninguém a resolver de cabeça.

Primeiro porque dá certo às vezes, e às vezes dá errado. Como fizemos de boa vontade, com honestidade, dificilmente vamos perceber nosso erro -- nosso fiscal deve ser sempre o outro, porque vamos concordar conosco próprios e não vamos ver o erro (um princípio do Controle da Qualidade), ainda mais se não estiver escrito. Por experiência própria, tenho erros idiotas ao tentar fazer de cabeça, veja um exemplo recente: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Além do quê, ao fazer mentalmente não o fazemos da mesma forma que no papel, tomamos atalhos que, via de regra, são mortalhas.

Em segundo lugar porque resolver mentalmente gasta muito mais energia, já fiz experiências. Ocupa o cérebro para manter áreas específicas ("no céu" imaginário) de vários pedaços ou rascunhos como informações de registro, cálculos parciais... Isto além de manter o foco na estratégia e no cálculo presente que estamos efetuando. Em resumo, gasta desnecessariamente mais memória, demora mais e cansa mais. E quanto mais continha chata, quanto mais casas decimais, mais gasta e cansa.

Um exemplo meu que posso dar é que se quero pegar logo no sono, começo a fazer contas chatas (das que não se pode simplificar, com casas decimais) de cabeca; ou a pensar e solucionar problemas ainda não resolvidos -- é tiro e queda; eu recomendo, nunca tomei soníferos.

Porém já tive um colega de república (casa de estudantes) que resolvia integrais das
difíceis enquanto dormia. Até aí nada demais, cada um sonha com o que consegue; o problema é que o desgraçado falava alto!

Eu faço similar ao Medeiros; enquanto o sono não vem, já deitado, penso em questões ainda não resolvidas ou mesmo em questões que resolvi e que poderia simplificar. Algumas vezes eu descubro mentalmente uma estratégia e memorizo, para o dia seguinte. Mas uma coisa é certa: o sono vem logo!!!

Deitar e antes do sono ficar tentando mentalmente resolver um problema, quem nunca ! hahaha.

Medeiros escreveu:Há algum tempo vi o título do tópico, pensei "isso não é comigo" e passei batido;]muito modesto da sua parte, Medeiros. O Sr. sem sombra de dúvidas é um membro notável ]  por isto o atraso na resposta (embora preferisse me dirigir à alguém com nome real, e não um avatar).

Quando resolvia questões eu traçava a estratégia (raciocínio, sequência) de cabeça e fazia as contas no papel; e ia acompanhando o andamento para ver se continuava consistente. Normalmente, de início, não tinha a menor idéia do que fazer; então ia anotando os dados do problema, o que se pedia, durante esta atividade elaborava a estratégia.

Sempre existem os superdotados mas não aconselharia ninguém a resolver de cabeça.

Primeiro porque dá certo às vezes, e às vezes dá errado. Como fizemos de boa vontade, com honestidade, dificilmente vamos perceber nosso erro -- nosso fiscal deve ser sempre o outro, porque vamos concordar conosco próprios e não vamos ver o erro (um princípio do Controle da Qualidade), ainda mais se não estiver escrito. Por experiência própria, tenho erros idiotas ao tentar fazer de cabeça, veja um exemplo recente: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Além do quê, ao fazer mentalmente não o fazemos da mesma forma que no papel, tomamos atalhos que, via de regra, são mortalhas.

Em segundo lugar porque resolver mentalmente gasta muito mais energia, já fiz experiências. Ocupa o cérebro para manter áreas específicas ("no céu" imaginário) de vários pedaços ou rascunhos como informações de registro, cálculos parciais... Isto além de manter o foco na estratégia e no cálculo presente que estamos efetuando. Em resumo, gasta desnecessariamente mais memória, demora mais e cansa mais. E quanto mais continha chata, quanto mais casas decimais, mais gasta e cansa.

Um exemplo meu que posso dar é que se quero pegar logo no sono, começo a fazer contas chatas (das que não se pode simplificar, com casas decimais) de cabeca; ou a pensar e solucionar problemas ainda não resolvidos -- é tiro e queda; eu recomendo, nunca tomei soníferos.

Porém já tive um colega de república (casa de estudantes) que resolvia integrais das
difíceis enquanto dormia.[Nossa, que Impressionante  ] Até aí nada demais, cada um sonha com o que consegue; o problema é que o desgraçado falava alto! - haha...  

Grato pelo seu depoimento, Medeiros. 

Realmente, resolver questões de cabeça exigi muito do nosso cérebro. Porém, quem sabe tal prática não seja benéfica de alguma forma (com exceção de estimular o sono ), não é mesmo?   

Mais uma vez, agradeço pela sua intervenção neste tópico. Pois enriqueceu muito o mesmo. 


Até breve!

Não, colega. Não é modéstia, nem falsa modéstia. E entendi perfeitamente o sentido puro em que a empregaste: uma espécie de superlativo de uma boa qualidade.

Mas não sei se é causa da idade ou das vivências que já tive, o fato é que as palavras sempre me deixam desconfiado... e imagino logo um outro possivel sentido seu. Notável em quê? Notável por quê? Notável, por si só, pode ser notável Fera, notável nulidade, notável escroque, notável palerma... e por aí vai. Todo mundo é notável em alguma coisa; o difícil é ser inotável, transparente (e até isso será notável!).

Quanto à ambiguidade das palavras, lembro sempre do conto Famigerado de Guimarães Rosa. Está em Primeiras Estórias e é divertidíssimo.

Eu, pessoalmente, prefiro o termo "experiente" ao invés de "notável", pois é assim que me sinto.

Eu particularmente nunca tive essa preocupação. É claro, porém, que depende do nível da questão. Essa do seu exemplo de ''nível 3'' para mim seria muito mais seguro entender a situação e transmiti-la ao papel, ainda mais em se tratando de exercício de mais de uma equação e conversão de unidades (é notório, baseando-se no enunciado). Portanto, respondendo a sua pergunta com base em sua percepção de dificuldade: não. 

Abraços.