Figuras de linguagem

Na primeira sentença o sujeito é "Eu", e está oculto ou implícito, indicado pela desinência do verbo 'precisar' na primeira pessoa do singular. O pronome 'ele' em contração com a preposição 'de', no 'deles' se refere ao nome 'os alunos', logo pode ser reescrita do seguinte modo: 'Eu preciso dos alunos para me atualizar'. 

O mesmo se aplica à segunda oração, ou seja, do ponto de vista do significado não existe diferença entre as duas sentenças, pois ambas podem ser reescritas desta forma. 

Já do ponto de vista sintático, tanto o termo 'os alunos' como o termo 'dos alunos' são vocativos, se não me engano. Portanto não existem diferenças sintáticas nem semânticas, a única diferença existente é a de que 'dos alunos' = 'de + os alunos'.

Eu diria que a figura de linguagem presente nas duas frases é o "anacoluto", por estarem sintaticamente "quebradas"; essas frases são típicas da variedade coloquial da língua, não sendo aceitas pela norma padrão.

Caramba, eu tava escrevendo a resposta e me vêm diversas coisas à cabeça. De uma delas eu tenho certeza: o "dos alunos" é um objeto indireto pleonástico, pois reforça a ideia da oração, referindo-se ao verbo "preciso", que é um verbo transitivo indireto. Agora, estou em dúvida quanto ao "os alunos". Pensei que fosse um objeto direto pleonástico assim como o primeiro, porém não faz sentido, pois o próprio objeto já está dado (me - objeto direto), portanto "os alunos" seria como o sujeito dessa oração, que ficaria algo como: Preciso dos alunos para que eles me atualizem.


*O objeto indireto pleonástico só se dá quando o verbo já possui o seu complemento (no caso de "preciso", o complemento é "deles") e é regido conforme o verbo a que se refere.

Aliás, não sei quanto às figuras de linguagem, pois não há quebra na oração, logo que está em sentido completo e na ordem direta... Semanticamente eu diria que ambas são iguais, o que muda mesmo é a sintaxe.

"Os alunos" e "Dos alunos" não podem ser vocativo pelo simples fato de que vocativos se caracterizam dessa forma: "Maria, diga a sua mãe que já vou". Isso não ocorre nas orações.

Sim, você tem razão batata, eu tinha pensado isso também, pois não está evocando ninguém ou nenhuma coisa os termos "os alunos" e "dos alunos".

"Os alunos" e "Dos alunos" não têm nenhuma função sintática nas orações, pois as frases estão sintaticamente quebradas por causa do anacoluto, que é uma figura de linguagem de sintaxe. Semanticamente, as frases são iguais.

Obrigado pela ajuda

Mas o paradoxo é que, ao mesmo, eles determinam o sentido das sentenças a partir da substituição do pronome 'eles' contraído em 'deles' pelos nomes 'os ou dos alunos', como você esclarece esse aparente paradoxo Hayzel? Desde já agradeço