Crise Hídrica - Corrijam please

por tiatalli Seg 11 Jan 2016, 21:55

Imagine não jorrar água em chuveiro, nem ter água suficiente para cozer alimentos. Lamentavelmente, esta é a realidade de muitos: o cidadão que labuta desde antemanhã precisa administrar bem para não ficar sedento ao fim de sua jornada, a casa cheia de louça suja porque nada desce da torneira e o agricultor chorando pelas plantas que morreram.

Apesar do planeta ser rico em água, a própria para uso é de apenas 3%, contando com a congelada água das regiões polares. A água salgada extremamente abundante nunca pode ser consumida, ainda que atualmente existam tecnologias capazes de retirar o sal dos mares e oceanos, trata-se de uma medida inteligente que infelizmente é custosa, portanto inviável. Com as dificuldades de obter água potável, infere-se que governo de sucesso será aquele capaz de reduzir o gasto desnecessário desse bem, cada vez mais considerado o diamante, o petróleo do século.

Ainda é possível ver os ribeirinhos fazendo suas necessidades nos rios, sem nenhum acesso ao saneamento - talvez por falta de grana ou informação. Revoltante saber no país a negligência ao saneamento básico, como se não fosse importante. Para agravar, existem indústrias que poluem sem dó, sem se atentar ao gasto d'água, sem fiscalização alguma. Desperdiçam indiscriminadamente, porque saem ilesos em virtude da péssima atuação das autoridades e da dormência do povo. Não há possibilidade de parabenizar aqueles que fecham os olhos frente ao perigo.

A má administração da crise hídrica de São Paulo é fruto de um modelo péssimo, cujas principais causas são: o desmatamento, sobretudo quando o povo constrói suas casas próximas aos mananciais, destruindo as matas ciliares; a ausência de informações sobre a possibilidade da escassez antes de todo o episódio acontecer. Sabendo-se do constante crescimento populacional desse Estado, a chamada ao reuso desse bem já deveria ter sido feito há muito tempo.

A solução, por fim, seria investir em tecnologias que economizem água e sejam bastante difundidas entre governo e população. Não só difundidas como incentivadas através de benefícios fiscais para quem diminuir o consumo e redução de imposto para quem usa sistemas de reuso, seja em casas ou empresas.

por GFMCarvalho Qua 13 Jan 2016, 13:48

Boa tarde.

Não sou um corretor profissional, mas já fiz várias redações e tenho alguns comentários sobre a sua:

Título: Não é necessário, mas ajuda bastante.

No primeiro parágrafo você usou uma carga excessiva de sentimentalismo, e isso torna questionável a imparcialidade do escritor. O início também deve apresentar uma tese, apresentar o problema e já lançar sua ideia e também seus argumentos. Você focou bastante nas pessoas, mas os argumentos ficaram um pouco sutis, e isso não é muito legal.

No segundo parágrafo, posso dizer isso: sim, a água salgada é abundante, mas palavras como extremamente devem ser evitadas em textos para vestibulares. Aqui faz sentido, mas depois há o rico de usar sem motivo. Depois disso, você usou algumas metáforas para a água. Cuidado com isso, pois metáforas são subjetivas e, portanto, questionáveis.

No terceiro: "grana" não é um termo formal e, por isso, não é recomendado o uso. A palavra "revoltante" também é inadequada, por ser subjetiva. "Poluem sem dó" é o mesmo caso. E observe o trecho: "Indústrias... . Desperdiçam... saem ilesos". Se o objetivo fosse não remeter às indústrias, deveria ser especificado. "Péssima" não é um termo adequado; Seria melhor o uso de "ineficaz" e semelhantes.

No quarto parágrafo: novamente, expressões que não são imparciais, e depois: "a chamada... já deveria ter sido feito", não há concordância em gênero. Esse parágrafo foi um pouco descritivo demais; citou as causas, e isso retirou uma parte que poderia ser de argumentação.

No quinto parágrafo: Não use o futuro do pretérito (seria). Troque por "é", ele retira a dúvida e enfatiza o que deve ser feito. Essas tecnologias poderiam ser citadas, para especificar. Redução de impostos seria mais adequado, pois são vários que são ligados à água.

É isso.

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