aceleração
centrípeta - dedução da
fórmula
Num movimento circular
e uniforme (MCU), temos um corpo que se desloca com velocidade escalar
tangencial constante (uniforme) ao longo de uma trajetória
circular. Velocidade, entretanto, é um vetor.
No MCU, a parte escalar da velocidade não varia. O que
acontece com a direção
do movimento?
É evidente que a direção da velocidade
varia permanentemente para que possa percorrer a trajetória
circular. Então podemos dizer com segurança que,
se a componente escalar
da velocidade é constante, o mesmo não acontece
com a velocidade vetorial.
Se uma velocidade varia, a primeira lei de Newton assegura que age
sobre ela uma resultante não-nula. Há, portanto,
em ação uma força cuja peculiaridade
é fazer alterar constantemente apenas a
direção do vetor velocidade,
sem alterar-lhe o módulo.
Para produzir esse efeito uma força não pode ter
componente na direção da velocidade e deve ser
sempre perpendicular a ela. Essa força deve ser sempre
radial em relação à
trajetória e voltada para o centro dela.
Estamos nos referindo
à força
centrípeta. E como
de acordo com a segunda lei de Newton, o resultado dessa
força é variação de
velocidade em relação ao tempo, ou
aceleração. Seu nome é aceleração
centrípeta e seu
resultado é a mudança constante na
direção da velocidade.
Vemos que isso é mesmo necessário. Sem a
ação dessa aceleração
radial e centrípeta, prevaleceriam as
condições da primeira lei (Inércia) e
o corpo deveria percorrer uma trajetória
retilínea. Por outro lado, sem uma velocidade tangencial,
essa força deveria conduzir o corpo para o centro do
círculo num movimento uniformemente acelerado.
Podemos sem dúvida considerar a independência dos
movimentos, como fez Galileu, e perceber que ambos os movimentos
ocorrem simultâneamente independentes um do outro. Sua
composição resulta na trajetória
circular.
Veja a figura abaixo:
A partir da posição P1
o corpo em movimento tende a seguir uma trajetória que o
levaria até P2
. Entretanto a ação da força
centrípeta o faz "cair" até P'2
por uma altura h. Isso acontece a cada diminuto intervalo de tempo que
queiramos escolher.
Podemos escolher um intervalo de tempo tão pequeno para o
qual h<<<r (muito menor).
temos que:
o termo h2
pode ser
desconsiderado por ser muito pequeno e teremos
e podemos ver que o
termo em vermelho é uma aceleração
sendo essa a
aceleração centrípeta do MCU.