Órbita
Geoestacionária
Órbitas
Estáveis
O
estudo dos movimentos circulares
nos ensinou que uma trajetória circular só pode
ser
mantida pela ação de uma força de
direção radial e voltada para o centro da
trajetória denominada '''Força
Centrípeta'''. Essa
trajetória só será estável
se a
força centrípeta tiver a intensidade
necessária e
suficiente para conservá-la. Aprendemos a
relação
que mantém esse equilíbrio:
ou, em
função da
velocidade angular
ou seja, um corpo de
massa '''m''',
dotado de velocidade tangencial '''v''', ou angular , poderá se
manter numa
trajetória circular de raio '''r''' desde que a
força
centrípeta conserve a relação
descrita.
Força menor do que aquela implicará em
afastamento e
perda da trajetória, força maior
implicará em
aproximação e perda da trajetória.
Órbitas
gravitacionais
A força da
gravidade dos
planetas e estrelas tem a característica de ser radial e
dirigida para o centro da massa que a produz e, portanto pode atuar, e
atua, como força centrípeta de
trajetórias
circulares dos movimentos dos corpos celestes. Isso tudo foi muito bem
estudado por Kepler e posteriormente por Newton.
A terceira lei de
Kepler
enuncia
que:"o quadrado do período de um planeta ao redor do Sol
é proporcional ao cubo do raio médio da sua
órbita".
mais tarde essa lei
mostrou ser uma
solução particular da lei da
gravitação
universal de Newton. Considerando que as órbitas
planetárias são elipses de pequena excentricidade
e que
podemos aproximá-las por círculos, lembrando que
a
força gravitacional do Sol é a força
centrípeta desses movimentos, podemos escrever:
eliminando
a massa do planeta,
presente nos dois membros já somos informados de que o que
seguirá independe dela.
traduzindo
a velocidade angular em
função do período
e
notamos que o membro da esquerda
é uma constante, tal qual previsto por Kepler.
Velocidade angular e
período de uma
órbita gravitacional
Vamos retomar a
equação (2) e verificar esses
parâmetros:
em
cada órbita
gravitacional, para cada corpo, a força
centrípeta
disponível é constante, pois é a
força
gravitacional para aquele raio. Então deve haver para cada
órbita uma velocidade angular e um período que a
tornam
possível.
Uma
órbita Geoestacionária
Nossa
equação (5) nos
sugere que existe a possibilidade de se manter um satélite
numa
órbita em que ele possua o mesmo período de
rotação da Terra e que fixado esse
período, a
única variável será o raio dessa
órbita.
Devemos lembrar que
sendo
gravitacional a força centrípeta, o centro de
qualquer
órbita em torno de um planeta ou estrela será o
centro de
massa do corpo celeste central. Não será
possível
nenhuma órbita que não tenha esse centro. Com
isso fica
claro que a única órbita
geoestacionária natural
possível deve se desenvolver num plano orbital perpendicular
ao
eixo de rotação da Terra de modo a poder
acompanhar sua
rotação.
Tomando
o raio da Terra como 6370km
e o período de 24h teremos, efetuando as
conversões
necessárias no Sistema Internacional:
Uma
órbita numa altitude
aproximada de 35.900km.
Satélites
colocados nessa
órbita são chamados geoestacionários
pois
permanecem relativamente parados sobre o mesmo ponto e são
muito
utilizados nas telecomunicações e monitoramento
climático ou ambiental. Devido à esfericidade da
Terra os
satélites geoestacionários cobrem um
círculo de
<math>55^o</math> de latitude sobre a
superfície.
A
órbita Geossíncrona
Chama-se
'''geossíncrona''' a uma órbita qualquer que
tenha o
mesmo período da rotação do planeta.
Sendo assim,
a órbita geoestacionária é
também
geossíncrona, porém só uma das
órbitas
geossíncronas é geoestacionária. As
órbitas
geossíncronas em geral são órbitas
cuja
trajetória é reversa à linha do
equador, formando
com ela um ângulo conhecido como
'''''inclinação da
órbita'''''.
Da
mesma maneira e pela
mesma
razão (reveja a equação 5)
só há um
raio possível para uma órbita
geossíncrona. Um
satélite nesse tipo de órbita passa metade do
tempo no
hemisfério norte e metade no hemisfério sul.