O Pêndulo Físico
ou Pêndulo Composto

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  Para inteira compreensão deste assunto você deve ler antes Dinâmica da Rotação (para o nível médio)



1. O Pêndulo Simples

Quando começamos a estudar os pêndulos sempre o fizemos na suposição de que eram formados por uma massa de dimensões desprezíveis presas a fios inextensíveis e de massas igualmente desprezíveis.


Isso foi vantajoso, pois pudemos nos concentrar na essência do movimento pendular. Isolamos as variáveis que nos interessava investigar. Em particular desejávamos conhecer o período dos pêndulos que assim eram chamados Pêndulos Simples.




Vimos também quais as forças que atuam no seu movimento e que a força centrípeta responsável pelo movimento circular é a resultante entre a componente do peso da massa pendular que é colinear ao fio (Py) e a tração (T) no fio. A componente tangencial do peso produz a aceleração tangencial, sempre oposta ao movimento, de maneira que Pé sempre uma força restauradora.

O pêndulo executa um movimento oscilatório que, para ângulos muito pequenos 
, é um MHS cujo período é dado por



O pêndulo simples será de boa ajuda no estudo dos pêndulos reais, ou pêndulos compostos, ou ainda, pêndulos físicos.



2. O Pêndulo Físico


Em todos os pêndulos reais que pudermos contruir as massas pendulares não serão simples partículas, mas possuirão dimensões que nem sempre serão deprezíveis, os fios terão massa e muitas vezes serão substituídos por hastes rígidas de massas não desprezíveis. Na verdade, qualquer corpo que seja posto a oscilar preso a um ponto fora do seu centro de massa constituirá um pêndulo.


Nestes casos a massa já não pode mais ser considerada pontual. Sua distribuição em relação ao eixo de rotação já é significativa e precisa ser considerada sob o ponto de vista da Dinâmica da Rotação.

Na dinâmica da rotação aprendemos que a distribuição de massa em relação ao eixo de rotação é a responsável pela inércia dos corpos nesses casos e recebe o nome de Momento de Inércia.

O momento de inércia de um sistema em rotação é a soma dos momentos de inércia de todos os seus constituintes.

O pêndulo da figura à direita é muito comum em alguns tipos de relógios. Neles uma massa pendular é fixa a uma haste rígida. Um sistema de corda aplica uma força ao pêndulo de maneira a compensar as perdas por atritos e manter o período constante. O movimento do pêndulo aciona um sistema de engrenagens que move os ponteiros. Exceto pela energia adicional para compensar as perdas, este é um relógio movido a gravidade.

Para lidar com este tipo de pêndulo precisaremos conhecer a distância entre o centro de massa do sistema e o centro de giração. Para isso faremos uma muito pequena revisão sobre como encontrar o centro de massa de um sistema de partículas.





3. A Posição do Centro de Massa


O centro de massa de um corpo é a posição pela qual se pendurado ele apresenta um equilíbrio indiferente. Isto é o mesmo que dizer que o centro de massa é o ponto em que toda a massa do corpo estaria concentrada se ele fosse representado por uma partícula equivalente. Se um corpo apresenta isotropia em relação à sua massa específica, isto é, se a sua massa específica for a mesma em qualquer de seus pontos, o centro de massa se localiza coincidente com o seu centro geométrico.



A depender da geometria de um corpo o seu centro de massa pode mesmo estar fora dele:



Duas pequenas esferas de massas iguais a m separadas por uma distância d, terão seu centro de massa situado no ponto médio entre elas e isso é até bastante intuitivo.

Veremos a seguir como calcular a posição do centro de massa de uma distribuição de partículas.




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