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Redação, Adaptações em obras operárias

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Mensagem por Fabinho snow Ter 06 Jan 2015, 18:40

Tema: É válido simplificar a linguagem de um clássico?
Se quiser saber mais sobre, acesse o link http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/e-valido-simplificar-a-linguagem-de-um-classico.jhtm

 
                                                     
Diverjências entre facilitar e aprender
 
Muito se tem descutido, no meio literário, acerca das adaptações em obras clássicas. Dando ênfase nas escrituras de Machado de Assis, uns afirmam que o estilo machadiano repele os jovens da obra, enquanto outros tacham, tais modificações, como criminosa e incabível. Porém o debate se concretiza em: Tais alterações prejudicariam substancialmente o sentido do clássico?
  De fato, o interesse dos jovens pela leitura se dá pela educação. Inegavelmente, esse projeto facilitaria a leitura, por conseguinte poderia trazer mais interesse dos jovens à mesma, no entanto, manipular obras com esse intuito seria um retrocesso educacional e, como alguns afirmam, emburreceria o estilo machadiano, colocando-no nas proximidades da linguagem coloquial. Afinal, seria descabido um projeto educacional que deseduca.
  O Brasil, um país onde há uma educação incipiente, seria um alvo fácil de críticas aos estilos semelhantes ao de Machado. Uma educação mais eficiente tornaria inútil essa discussão, sendo assim, essas dificuldades não seriam "desculpas esfarrapadas" para a distância entre os jovens e os livros, todavia essas alterações não seriam meros sinônimos, acarretariam na essência e nas características intrínsecas da obra.
  Fica claro, dessa forma, que os possíveis legados positivos obtidos através dessas "transformações literárias" não devem exceder a preocupação com as consequências que isto pode trazer. Ratifica-se que a educação está mais repelida dos jovens, que a leitura dos mesmos.


Quem puder dipor do seu tempo à correção, agradecerei

Fabinho snow
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Mensagem por Nina Luizet Ter 06 Jan 2015, 19:06

Fabinho snow escreveu:Tema: É válido simplificar a linguagem de um clássico?
Se quiser saber mais sobre, acesse o link http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/e-valido-simplificar-a-linguagem-de-um-classico.jhtm

 
                                                     
Diverjências entre facilitar e aprender
 
 Muito se tem descutido, no meio literário, acerca das adaptações em obras clássicas. Dando ênfase nas escrituras de Machado de Assis, uns afirmam que o estilo machadiano repele os jovens da obra, enquanto outros tacham, tais modificações, como criminosa e incabível. Porém o debate se concretiza em: Tais alterações prejudicariam substancialmente o sentido do clássico?
  De fato, o interesse dos jovens pela leitura se dá pela educação. Inegavelmente, esse projeto facilitaria a leitura, por conseguinte poderia trazer mais interesse dos jovens à mesma, no entanto, manipular obras com esse intuito seria um retrocesso educacional e, como alguns afirmam, emburreceria o estilo machadiano, colocando-no nas proximidades da linguagem coloquial. Afinal, seria descabido um projeto educacional que deseduca. (?????)
  O Brasil, (é)um país onde há uma educação incipiente, (e por isso),seria um alvo fácil de críticas aos estilos semelhantes ao de Machado. Uma educação mais eficiente tornaria inútil essa discussão, sendo assim, essas dificuldades não seriam "desculpas esfarrapadas" para a distância entre os jovens e os livros, todavia, essas alterações não seriam meros sinônimos, acarretariam na essência e nas características intrínsecas da obra.
  Fica claro, dessa forma, que os possíveis legados positivos obtidos através dessas "transformações literárias" não devem exceder a preocupação com as consequências que isto pode trazer. Ratifica-se que a educação está mais repelida dos jovens, que a leitura dos mesmos.


Quem puder dipor do seu tempo à correção, agradecerei

*As área assinaladas em vermelho possuem ambiguidade , erro gramatical ou falta de coerência
1) A tese poderia ser melhor fundamentada
2) Erros gramaticais
3) Sua tese aparece no 2 parágrafo e você não especificou se é contra ou a favor ! Você afirma que a leitura se dá pela educação e, depois  diz que simplificar uma obra seria um retrocesso educacional. Não é a sua opinião , mas sim de ''muitos'', que você também não especifica.

4) Sua opinião só é exemplificada nos últimos parágrafos do texto

5) Sua pergunta não é respondida de forma coesa e nítida

Aspectos pontuais:
*Estrutura textual obedecida (começo,meio e fim)
*Finalização razoável
*Apesar  do início não  ter tese, você demonstrou eficiência ao citar Machado de Assis
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Mensagem por Fabinho snow Ter 06 Jan 2015, 21:07

Olá, agradeço sua correção.

Mas nao concordo em alguns pontos:
Brasil, país onde... isso seria um aposto
E quanto a exposição da opinião, também nao concordei, pois acho que não é obrigatório, ainda que seja preferencial, colocar minha opinião em todos os parágrafos.

Pelo resto, obrigado, tentarei melhorar, quanto ao "dipor" kkkkk saiu errado mesmo

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Mensagem por Nina Luizet Ter 06 Jan 2015, 22:08

*Se é um texto dissertativo argumentativo você deve defender sua opinião em todo texto, demonstrando capacidade de  persuadir o leitor.Uma coisa é se utilizar de argumentos de pessoas influentes para defender seu ponto de vista ,outra,é ter argumentos não coesos durante o desenvolvimento textual.Mas enfim, espero que a correção tenha sido útil.
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Mensagem por Fito42 Ter 06 Jan 2015, 23:35

Saudações!




Procure evitar expressões como "Muito se tem descutido" ou coisa semelhante logo no início da introdução, isso é clichê e nem sempre é verdade. Procure iniciar seu parágrafo colocando alguma bagagem cultural, algum conhecimento de mundo sobre história, sociologia, filosofia e tal. Minha professora é corretora das redações do ENEM e ela disse que quando um corretor bate o olho no começo da redação e encontra algo "interessante", ele corrige com outro olhar.


"Porém o debate se concretiza em: Tais alterações prejudicariam substancialmente o sentido do clássico?" É comum aparecer na introdução a sua TESE, ou seja, o que você procura defender, assim como disse a Nina. Procure expressar sua tese na forma de afirmações, como: X é consequência de Y, coisas do tipo. A pergunta não está errada, mas eu não aconselho, pois você deixa de mostrar a sua tese e pode perder alguns pontos por isso. Meu outro professor de redação falava que o aluno deve deixar bem marcado a função de cada parágrafo, como assim? Ele deve deixar claro para o corretor que a introdução é realmente a introdução e apresenta a tese, ou que os argumentos realmente são opiniões e defendem tal tese e que a conclusão é uma conclusão e retoma ideias anteriores, por isso se recomenda o uso de palavras marcadoras, como o "Portanto" para concluir. Estou falando isso pois se você colocar a TESE na última frase da introdução, ficará mais perceptível por ser mais comum. 




Bom, no geral a redação ficou mediana :/ Você ficou muito preso aos textos de apoio e não trouxe uma novidade, se fosse um ENEM você estaria escrevendo uma redação semelhante a muitas outras. Além disso sua dissertação perdeu o caráter argumentativo e ficou muito mais no expositivo, cuidado! São textos diferentes. O primeiro defende alguma ideia, tese, o outro expõe opiniões e fatos, como você fez. Eu até entendo que esse tema não abrange diversas áreas, mas procura algumas curiosidades e fatos sobre o assunto para enriquecer os seus argumentos. Quem sabe esse tema não cai em alguma prova? Você estaria bem preparado. Quando eu fazia os textos da UOL, eu sempre digitava no Google: argumentos sobre (tema). Por ex: argumentos sobre cotas. Você vai, com certeza, encontrar pontos de vistas diferentes e até interessante,  vale a pena o estudo.


Bom, é o que eu acho
Continue praticando!
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Mensagem por Fabinho snow Qui 08 Jan 2015, 12:25

Obrigado pela avaliação fito, mas nos parágrafos, como você me aconselharia a dividir TESE/OPINIÃO ?

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Mensagem por Fito42 Qui 08 Jan 2015, 19:32

Vou te passar como aprendi, pegando como exemplo uma redação que já postei: https://pir2.forumeiros.com/t80698-fuvest-2009-fronteiras


Introdução: frases comentários + tese + paráfrase da tese:


Em 2009, o presidente Nicolas Sarkozy propôs mudanças na livre circulação de pessoas da União Europeia para evitar a entrada de árabes e africanos provindos do leste e do Oeste europeu. Essa medida, que reflete o caráter xenofóbico da França, no entanto, não é recente. Desde a antiguidade ocidental, quando Roma ergueu muros para isolar os povos “bárbaros”, até nos últimos séculos, quando surgiram guetos, os quais aprisionavam os judeus ou na civilização oriental, como as castas da Índia, há exemplos em que identificam-se a natureza segregacionista do homem. Nesse sentido, opiniões e costumes conflitantes são os motivos para existirem fronteiras entre elementos ou grupos distintos, ou seja, as divisões socioespaciais são projeções das diferenças ideológicas, culturais e econômicas.


As frases comentários estão contextualizando o assunto. Nesse caso eu apresentei a situação atual e histórica sobre o tema (fronteiras). É importante você demonstrar à banca que você tem um conhecimento de mundo, apresentando sua bagagem cultural (grifado no texto). A tese mostra o que você pretende defender ao longo do seu texto. Você precisa convencer o leitor de que sua opinião é correta. A paráfrase é algo optativo, mas aconselhável, pois deixa ainda mais claro seu ponto de vista. Lembre-se de que o mais importante da dissertação não é uma boa escrita ou um bom conhecimento, mas sim a clareza de sua "obra".




Desenvolvimento: frase conectiva + argumento + exemplo + retomada da tese


A existência dessas fronteiras é movida por diversas causas. Na sociedade, os grupos de mesmo cunho ideológico se unem e buscam a segregação de seus opositores para enfraquece-los. A Cortina de Ferro e o Muro de Berlim, por exemplo, separavam os capitalistas dos comunistas; Napoleão com o seu Bloqueio Continental pretendia isolar e conter economicamente o império britânico e a conferência de Berlim partilhava a África entre países europeus, os quais incentivaram conflitos étnicos para enfraquecer a população e facilitar sua dominação. Dessa forma, as diferenças ideológicas entre a direita e a esquerda, entre os franceses e os ingleses e entre os colonos e os colonizados levaram à formação de limites, fronteiras e divisões.



A frase conectiva retoma sempre o parágrafo anterior. Imaginando um texto com 4 parágrafos (1 - 2 - 1), o 2º retoma o 1º (introdução) e o 3º o segundo. Meu argumento se baseou na ideia de que grupos "iguais" procuram segregar seus "diferentes". Para isso eu exemplifiquei apresentando um fato já ocorrido, colocando novamente uma bagagem cultural histórica. Observe que eu grifei as palavras "por exemplo", porque é um termo indispensável para deixar claro o seu texto. Por último eu retomei minha tese, sustentando-a. O 3º parágrafo segue o mesmo estilo.


Conclusão: retomada da ideia anterior + outro conteúdo


Portanto, a existência de fronteiras, sejam elas físicas ou ideológicas, sempre existiu com respaldo na desigualdade socioeconômica e cultural de povos e nações. Rousseau, no século XVIII, disse que “o verdadeiro fundador da sociedade civil foi aquele que, havendo cercado um pedaço de terra, disse “isso é meu”, e encontrou pessoas tolas suficientes para acreditarem nas suas palavras”. Como “o homem nasce bom e a sociedade o corrompe”, para o filósofo iluminista francês, as pessoas que dividem o espaço e moldam-no estão deteriorando a civilização.  Por conseguinte o fenômeno das fronteiras tendem a, sobretudo, promover a autodestruição da humanidade.



O grifo de vermelho nada mais é que a retomada de todas as ideias, uma síntese delas para esclarecer alguns aspectos do meu texto. Observe a palavra "portanto", que tem caráter conclusivo e foi utilizada para, novamente, deixar clara a função daquele parágrafo. É uma forma de dizer ao corretor: "olha, esse parágrafo aqui é a conclusão!" Em azul eu apresentei uma reflexão do assunto e sua possível causa no futuro, apresentando novamente outra bagagem cultural para valorizar minha dissertação. Procure sempre continuar na mesma linha de pensamento, evitando contradições. Essa reflexão é uma exigência da FUVEST, no caso do ENEM esse "outro conteúdo" seria uma proposta para a solução.

Por último, observe que deixei alguns trechos em preto ao longo do texto. Eles podem ser palavras ou frases conectivas e são super valorizados na correção. No ENEM eles equivalem a 1/5 da nota e na FUVEST a 1/3. Servem para a clareza do texto e para a manutenção da progressão textual. Por isso é importante conhecer uma gama de conjunções para não ser repetitivo.
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Mensagem por Fito42 Qui 08 Jan 2015, 19:33

Não sei se era isso que você queria, qualquer coisa me pergunte de novo!



Pense na dissertação como uma atividade científica.
Você quer provar determinada propriedade física (TESE), mas precisa de análises empíricas ou não para sustentar o que você descobriu (ARGUMENTO).
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Mensagem por Fabinho snow Dom 11 Jan 2015, 15:12

Era isso mesmo Fito, muito obrigado, tentarei seguir tais paradigmas.

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