UFSC 1998 - Divisão Internacional do Trabalho

UFSC-1998 - “Há dois lados na divisão internacional do trabalho:  um em que alguns países especializam-se em ga-nhar, e outro em que se especializaram em perder.  Nossa comarca do mundo, que hoje chamamos de América Latina, foi precoce:  especializou-se em perder desde os remotos tempos em que os europeus do Renascimento se abalançaram pelo mar e fixaram os dentes em sua garganta.  Passaram os séculos, e a América Latina aperfeiçoou suas funções”.  GALEANO, Eduardo.  As veias abertas da América Latina. (trad. de Galeno de Freitas), 21a ed., Rio de Janeiro, Editora Paz e Terra, 1985, p. 13.

Com base no texto acima, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

01.    O domínio exercido pelos países do centro capitalista sobre os países latino-americanos dificultou o seu processo de industrialização.
Falta de atenção. Perceba que no fim do texto encontramos o trecho: “Passaram os séculos, e a América Latina aperfeiçoou suas funções”.
02.    A afirmativa do autor não se aplica mais à realidade atual, visto que as políticas neoliberais representam novas estratégias do capitalismo, que preservam o Estado nacional.
04.    As economias periféricas, submetidas ao domínio das grandes potências, permanecem inseridas na divi-são internacional do trabalho como meras fornecedoras de produtos primários.
08.    O atual interesse dos Estados Unidos pelo mercado latino-americano comprova que a idéia veiculada pelo texto conserva a sua validade.
16.    A divisão internacional do trabalho, hoje em vigor, apresenta como grandes ganhadores, o Japão e a Europa Ocidental, colocando na situação de perdedores todos os países americanos.

Gabarito:

Não entendi direito porque a alternativa 04 está errada. Alguém sabe explicar?

Então, na DIT atual há países periféricos (tigres asiáticos, por exemplo) que fornecem produtos industrializados também (não só primários).