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Tema: Pena de morte e prisão perpétua

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Mensagem por Igor Santos Qua 29 maio 2013, 02:59

Olá! Gostaria que alguém avaliasse essa redação que escrevi defendendo a aplicação da pena de morte e da prisão perpétua no Brasil. Obrigado!



     No Brasil, delitos cometidos, por mais hediondos que sejam, não levam o infrator a ficar mais do que trinta anos preso em cárcere privado. A pena de morte só é aplicada em caso do país se encontrar em estado de guerra. Ainda não foi comprovado que a aplicação da pena de morte diminui o número de delitos cometidos em um estado ou país. Apesar disso, sua aplicabilidade deve ser considerada, uma vez que existem criminosos que possuem psicopatia, sendo esse um mal que não tem cura e nem tratamento.
     As razões que levam a pensar na aplicabilidade da pena de morte e prisão perpétua no Brasil não é a visão de que elas iriam coibir a criminalidade e a violência. Mas sim o fato de que existem criminosos com altíssimo grau de periculosidade que, por apresentarem os valores morais e éticos totalmente corrompidos, ou por serem psicopatas, não têm condição nenhuma de se reintegrarem à sociedade. Considerar a hipótese de que um indivíduo que comete crimes com requintes de crueldade é capaz de se recuperar, é mostrar-se contrário à justiça e leigo em relação à realidade.
     Ainda que um criminoso que cometeu crimes bárbaros seja condenado à pena máxima vigente no país, após trinta anos ele estará solto e poderá andar livremente pelo território brasileiro. Isso é injusto, uma vez que muitos familiares das vítimas que foram brutalmente assassinadas estarão vivos e terão a infelicidade de saber que, alguém que tirou violentamente um pedaço tão importante de suas vidas, já “pagou” pelas atrocidades que cometeu e agora pode novamente fazer o que bem entender da sua vida.
     Também deve se levar em conta que o infrator pode ter sua pena reduzida em alguns anos. Mas considerar o fato que algum criminoso que cometeu delitos hediondos se recupere não condiz com a realidade. Muitas das pessoas que se encontram presas já apresentam um grande histórico de crimes cometidos, passando a serem presas e soltas diversas vezes.
     A resolução para esse grave problema é o poder público se mobilizar e passar a rever as leis vigentes no Brasil que dizem respeito às punições aos infratores. É necessário notar que essas leis vigentes têm se mostrado ineficientes em relação à proteção dos cidadãos de bem, uma vez que estão permitindo que infratores irrecuperáveis retornem à vida em sociedade.



Igor Santos
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Tema: Pena de morte e prisão perpétua Empty Re: Tema: Pena de morte e prisão perpétua

Mensagem por Euclides Qua 29 maio 2013, 16:10

O tema é de difícil defesa, mesmo porque, logo no início, você reconhece que não tem eficácia na redução da incidência do crime. O resto é uma proposta de livrar-se, apenas, dos criminosos, sem qualquer outro benefício.

No Brasil, delitos cometidos, por mais hediondos que sejam, não levam o infrator a ficar mais do que trinta anos preso em cárcere privado (cárcere privado refere-se ao crime de confinamento indevido de pessoa por pessoa). A pena de morte só é aplicada em caso do país se encontrar em estado de guerra. Ainda não foi comprovado que a aplicação da pena de morte diminui o número de delitos cometidos em um estado ou país, apesar disso, sua aplicabilidade deve ser considerada, uma vez que existem criminosos que possuem psicopatia, sendo esse um mal que não tem cura e nem tratamento.
As razões que levam a pensar na aplicabilidade da pena de morte e prisão perpétua no Brasil não é (concordância em número) a visão de que elas iriam coibir a criminalidade e a violência, mas sim o fato de que existem criminosos com altíssimo grau de periculosidade que, por apresentarem os valores morais e éticos totalmente corrompidos, ou por serem psicopatas, não têm condição nenhuma (alguma) de se reintegrarem à sociedade. Considerar a hipótese de que um indivíduo que comete crimes com requintes de crueldade é capaz de se recuperar, é mostrar-se contrário à justiça e leigo em relação à realidade.
Ainda que um criminoso que cometeu crimes bárbaros seja condenado à pena máxima vigente no país, após trinta anos ele estará solto e poderá andar livremente pelo território brasileiro. Isso é injusto, uma vez que muitos familiares das vítimas que foram brutalmente assassinadas estarão vivos e terão a infelicidade de saber que, alguém que tirou violentamente um pedaço tão importante de suas vidas, já “pagou” pelas atrocidades que cometeu e agora pode novamente fazer o que bem entender da sua vida.
Também deve se levar em conta que o infrator pode ter sua pena reduzida em alguns anos. Mas considerar o fato que algum criminoso que cometeu delitos hediondos se recupere não condiz com a realidade. Muitas das pessoas que se encontram presas já apresentam um grande histórico de crimes cometidos, passando a serem presas e soltas diversas vezes.
A resolução para esse grave problema é o poder público se mobilizar e passar a rever as leis vigentes no Brasil que dizem respeito às punições aos infratores. É necessário notar que essas leis vigentes têm se mostrado ineficientes em relação à proteção dos cidadãos de bem, uma vez que estão permitindo que infratores irrecuperáveis retornem à vida em sociedade.

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Mensagem por Igor Santos Qua 29 maio 2013, 16:33

Obrigado pela atenção e pela correção da redação, Euclides. No primeiro parágrafo eu me confundi e acabei trocando "regime fechado" por "cárcere privado". Já fiz as alterações no texto.

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Mensagem por Leonardo Sueiro Qua 29 maio 2013, 20:18

Tema polêmico. Eu discordo completamente da prisão perpétua, mas concordo com a pena de morte em casos excepcionais.
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Mensagem por Igor Santos Qui 30 maio 2013, 00:27

Leonardo Sueiro escreveu:Tema polêmico. Eu discordo completamente da prisão perpétua, mas concordo com a pena de morte em casos excepcionais.

Olá, Leonardo Sueiro. É realmente um tema muito polêmico, e eu senti muita dificuldade em abordá-lo. Mas essa opinião que formulei não é definitiva, até porque eu escutei a opinião de pouquíssimas pessoas até formá-la. Não sei se eu consegui defender bem o meu ponto de vista, mas se você notou que utilizei algum(ns) argumento(s) incoerente(s) e inconsiste(s), sinta-se totalmente à vontade para criticá-lo(s). Obrigado pela sua atenção, Leonardo Sueiro.

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Mensagem por Leonardo Sueiro Qui 30 maio 2013, 09:45

Minha opinião sobre o tema:


Todos temos conhecimento da violência existente no Brasil. Diariamente, milhares de vidas são perdidas. Diante desse tamanho caos urbano, muitos defendem a prisão perpétua para os crimes mais graves. Precisamos, entretanto, refletir racionalmente sobre essa questão e não nos deixarmos levar apenas pelo desejo de vingança para com quem cometeu o ato criminoso.

Mesmo infringindo as leis vigentes quando age, um criminoso não perde todos seus direito, ainda que possa ter cometido o pior de todos os delitos. Manter um prisioneiro eternamente na prisão é uma espécie de tortura, não só na parte física, pelos maus tratos registrados em muitas penitenciárias do país, mas principalmente pela parte psicológica.

A finalidade da prisão perpétua é retirar uma ameaça da sociedade para sempre. Nesse caso, seria muito mais ético e menos hipócrita se o criminoso sofresse pena de morte. A prisão perpétua só serve para fazer o prisioneiro sofrer a fim de que as vítimas de suas ilicitudes sejam vingadas ou, ao menos, dar o exemplo a outros criminosos à solta, transformando-o em uma cobaia do sistema.

A manutenção de um ser humano em uma casa de detenção por tempo infinito, como um bicho enjaulado, deixando claro a ele que seu destino já tem um final prevísivel - morte dentro da cadeia, sem nenhuma outra perpesctiva de vida -, é um grande crime de direitos humanos. Não podemos nos pautar pelo desejo de vingança, inerente à humanidade, mas sim pelo objetivo da prisão: manter a sociedade em pleno funcionamento, sem nenhum perigo. Torturar um criminoso não vai ao encontro desse objetivo. Basta que o eliminemos da sociedade de uma vez por todas com a pena de morte, em vez de o eliminarmos gradativamente de forma desumana.
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Mensagem por Igor Santos Qui 30 maio 2013, 14:04

Então, Leonardo Sueiro, eu concordo com você que a pena de morte e a prisão perpétua só tem o objetivo de eliminar um risco para a sociedade. Entretanto, percebi que, por motivos religiosos, algumas pessoas são contrárias à pena de morte e a favor da prisão perpétua.

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Mensagem por Leonardo Sueiro Qui 30 maio 2013, 14:45

O estado brasileiro é secular.
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Mensagem por Igor Santos Qui 30 maio 2013, 15:14

Leonardo Sueiro escreveu:O estado brasileiro é secular.

Olha, o Brasil é legalmente secular, mas não é considerado completamente secular na prática, existindo até mesmo feriados católicos, como o de Nossa Senhora Aparecida, sendo oficial para todos os funcionários públicos. Outro fator que demonstra a enorme influência que a religião exerce no país é que os abortos induzidos estarão proibidos até quando os brasileiros não chegarem em um consenso do instante em que a alma se instala num agrupamento de células embrionárias.

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Tema: Pena de morte e prisão perpétua Empty Re: Tema: Pena de morte e prisão perpétua

Mensagem por Leonardo Sueiro Qui 30 maio 2013, 15:37

O Brasil é secular na prática sim. Os feriados permaneceram por motivos culturais e não representam a posição do Estado Brasileiro.

Estado secular não significa estado cuja sociedade não tem religião, mas sim um Estado que é independente da religião(a religião não interfere nas decisões estatais) e não interfere em assuntos religiosos, além de admitir qualquer manifestação religiosa em seu território. O Irã, por exemplo, não é secular.

O Brasil é secular porque qualquer decisão do estado não é pautada por influências religiosas. Mesmo assim, o estado pode comemorar algo que é compartilhado culturalmente por quase todo o povo brasileiro. A religião não interfere nas decisões do Estado sobre o aborto. Ela interfere na opinião das pessoas, e estas sim é que interferem na decisão do Estado. Se nenhuma lei explícita sobre o aborto foi feita não é porque a Dilma tem medo do juízo final, mas sim porque ela tem medo de perder eleitores.
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