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Redação- Síndrome de Burnout

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Mensagem por Liliana Rodrigues Ter 01 maio 2018, 19:19

Tema: A Síndrome de Burnout em profissionais da saúde.
Estou treinando para uma faculdade que adota o modelo Enem para a redação, por isso o tema é mais específico.


Quando a última gota enche o copo
A ideia de que o homem é soberano sobre seu próprio corpo e mente, proferida pelo filósofo John Stuart Mill, transmite uma visão equivocada sobre o atual cenário psíquico da população brasileira. Sabe-se, entretanto, que as doenças psicológicas ocupam cada vez mais espaço, sobretudo, na vida de estudantes e profissionais da saúde, o que caracteriza a chamada Síndrome de Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional. Nesse sentido, por tratar-se de saúde pública, é de suma importância analisar esse quadro, a fim de revertê-lo.
Em primeira análise, a Síndrome de Burnout caracteriza-se pelo estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho desgastantes. Nesse contexto, fica fácil perceber sua relação com os profissionais da saúde: a falta de leitos, medicamentos e aparelhos, necessários para oferecer um atendimento médico digno ao paciente, torna a saúde pública hostilizada, o que desgasta a classe da saúde. Nesse ínterim, de acordo com a ONG Contas Abertas, o Brasil gasta cerca de R$ 3,89 por paciente a cada dia, um valor irrisório que culmina em 40% dos hospitais públicos sucateados, de acordo com o Ministério da Saúde. Dessa forma, o sentimento de impotência desses profissionais, junto ao envolvimento interpessoal intenso, faz com que haja um grande desgaste psicológico neles.
Por conseguinte, o profissional da saúde acaba por virar paciente psíquico, travando uma luta interna para reencontrar seu equilíbrio, em contraste com o agonizante cenário dos hospitais e de sua impotência frente às pressões em que é acometido. Não por um acaso, a ideia de suicídio aparece, muitas vezes, como válvula de escape, decorrente da depressão. Nessa intempérie, o jornal O Globo mostrou que o médico está na quinta posição entre os profissionais que mais sofrem com transtornos mentais de comportamento, demonstrando a fragilidade humana em quem, em suma, é treinado para tratar de outrem.
Diante do exposto, cabe ao Ministério da Saúde disponibilizar, mensalmente, um atendimento gratuito com psicólogos, tanto em hospitais como em faculdades com cursos da área da saúde, a fim de reverter a Síndrome de Burnout nesses profissionais-pacientes. Concomitante a isso, o Ministério da Fazenda deverá destinar maior porcentagem do Produto Interno Bruto para a saúde, sanando as necessidades dos hospitais quanto a leitos, medicamentos e aparelhos. Dessa forma, tratando das causas e consequências, pode ser que, de fato, esses pacientes sejam soberanos sobre seu próprio corpo e mente.

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Mensagem por Diego A Sáb 12 maio 2018, 10:14

Quando a última gota enche o copo

A ideia de que o homem é soberano sobre seu próprio corpo e mente, proferida pelo filósofo John Stuart Mill, transmite uma visão equivocada sobre o atual  [1] ocupam cada vez mais espaço, sobretudo, na vida de estudantes e profissionais da saúde, o que caracteriza a chamada Síndrome de Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional. Nesse sentido, por tratar-se de saúde pública, é de suma importância analisar esse quadro, a fim de revertê-lo.

Em primeira análise, a Síndrome de Burnout caracteriza-se pelo estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho desgastantes. Nesse contexto, fica fácil perceber sua relação com os profissionais da saúde: a falta de leitos, medicamentos e aparelhos, necessários para oferecer um atendimento médico digno ao paciente, torna a saúde pública hostilizada, o que desgasta a classe da saúde. Nesse ínterim, de acordo com a ONG Contas Abertas, o Brasil gasta cerca de R$ 3,89 por paciente a cada dia, um valor irrisório que culmina em 40% dos hospitais públicos sucateados, de acordo com o Ministério da Saúde. Dessa forma, o sentimento de impotência desses profissionais, junto ao envolvimento interpessoal intenso, faz com que haja um grande desgaste psicológico neles.

Por conseguinte, o profissional da saúde acaba por virar paciente psíquico, em contraste com o agonizante cenário dos hospitais e de sua impotência frente às pressões em que é acometido> [2]. Não por um acaso, a ideia de suicídio aparece, muitas vezes, como válvula de escape, decorrente da depressão. Nessa intempérie, o jornal O Globo mostrou que o médico está na quinta posição entre os profissionais que mais sofrem com transtornos mentais de comportamento, demonstrando a fragilidade humana em quem, em suma, é treinado para tratar de outrem.

Diante do exposto, cabe ao Ministério da Saúde [3]. Concomitante a isso, o Ministério da Fazenda deverá destinar maior porcentagem do Produto Interno Bruto para a saúde, sanando as necessidades dos hospitais quanto a leitos, medicamentos e aparelhos. Dessa forma, tratando das causas e consequências, pode ser que, de fato, esses pacientes sejam soberanos sobre seu próprio corpo e mente.


Não tenho muito a contribuir com seu texto, mas vou deixar alguns comentários.

[1] pessoalmente acho complicado os dois termos psíquico x psicológico... dei uma lida nos conceitos para descobrir se podem ser usados como sinônimo, mas sem êxito. Só lembrando de doênça psíquica podem ser substituídas por Transtorno mental
[2] se há conflitos internos e conflitos externos para serem resolvidos penso não ser um contraste, mas uma adição ou conformidade. Conectivos: não só, mas também; assim como; ...
[3] Acredito que como você está tratando de 2 lugares distintos (hospitais x faculdades) seria ideal se você conseguisse esclarecer quem são o foco desse acompanhamento (ex: profissionais da saúde; estudantes universitários).

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