Publicação de imagens trágicas (VUNESP 2016)

Fiz essa redação nos moldes do ENEM, porém, tenho um problema gravíssimo que é me aprofundar demais em momentos inoportunos e me adaptar às modalidades da banca. Com isso em mente, eu fiz exatamente isso: praticamente dei fuga ao tema no meu rascunho, só que consegui adaptar razoavelmente durante a transcrição e com isso fiquei na dúvida sobre a qualidade da recuperação, se valeria mais que 600 e/ou se ainda sim tangenciou o tema.

(VUNESP 2016, "Publicação de imagens trágicas: banalização do sofrimento ou forma de sensibilização?" <aqui>)

                             A susceptibilidade e a facilidade, duas faces da alienação no século XXI     
 A manipulação sempre esteve presente nas interações animais (a exemplo disso, corvos escondem deliberadamente alimentos de outros e em símios essa prática é notória). Dessa predisposição evoluionária nasce uma nova conjectura: o dilema em adaptar interesses públicos, individuais e privados diante da presença de novas ferramentas, como a internet, o BigData e a ciência em prol do marketing. A relação anti-ética que é mantida viola direitos indivíduais quando põe em cheque a percepção de livre-arbítrio).
 Essas relações tendem a ser unilaterais, de tal forma, torna-se impossível haver reação do indivíduo diante de técnicas empregadas, como o "cognitive ease", que distorce a recepção de informação mediante certos estímulos, um exemplo comum é a dificuldade em aceitar a diversidade sexual na mídia, mas a aparente facilidade em lidar com a violência, a diminuição do seu impacto se dá pela exposição contínua na realidade e em formas de culturas comercializáveis, como filmes e novelas. Essa estratégia não se resume à publicidade, mas também era um dos alicerces sobre os quais regimes totalitários se firmavam, na famigerada constante exposição ao medo.
 O desenvolvimento de técnicas de processamento de dados, bem como de algoritmos que propiciam análises profundas do BigData aliados aos avanços na compreensão das ânsias biopsíquicas fomentam o desproporcional aumento na obesidade e os "trending topics" de redes sociais que tendem a chocar, bem como incrementa a quantidade de pessoas em atividades de caridade. Não há como os humanos terem desenvolvido mais fome ou empatia em tão breve período, depreende-se, portanto, que a grande mudança que ocorreu foi o poder de deturpação - mesmo que para fins humanitários e altruístas - de fatos, a fim de impressionar de maneira mais incisiva.
 Como aponta em seu livro "Sapiens", Yuval Harari revela um futuro incerto entre os interesses capitalistas (e mesmo estatais), aliados às parafernalhas cada vez mais eficazes em manipular seus alvos, e o o cada vez mais diminuto poder de um indivíduo isolado.
 É imprescindível, haja vista o embate entre os interesses de grupos que detêm formas de alienação cada vez mais contundentes e os direitos inalienáveis, que leis com o intento de delinear o uso dessas ferramentas sejam criadas, assim como a criação de órgãos fiscalizadores. É necessário, também, enaltecer o senso crítico midiático no âmbito escolar, para que se possa reduzir a facilidade natural à alienação.

A susceptibilidade e a facilidade, duas faces da alienação no século XXI

A manipulação sempre esteve presente nas interações animais (a exemplo disso, corvos escondem deliberadamente alimentos de outros e em símios essa prática é notória). Dessa predisposição evolucionária nasce uma nova conjectura: o dilema em adaptar interesses públicos, individuais e privados diante da presença de novas ferramentas, como a internet, o BigData e a ciência em prol do marketing [problematização]. A relação anti-ética que é mantida viola direitos indivíduais [individuais] quando põe em cheque a percepção de livre-arbítrio. [tese]

Essas relações tendem a ser unilaterais [1][2], de tal forma, torna-se impossível haver reação do indivíduo diante de técnicas empregadas, como o "cognitive ease", que distorce a recepção de informação mediante certos estímulos, um [. Um] exemplo comum é a dificuldade em aceitar a diversidade sexual na mídia, mas a [em contra partida, há...] aparente facilidade em lidar com a violência, a diminuição do seu impacto se dá pela exposição contínua na realidade e em formas de culturas comercializáveis, como filmes e novelas. Essa estratégia não se resume à publicidade, mas também era um dos alicerces sobre os quais regimes totalitários se firmavam, na famigerada constante exposição ao medo.

O desenvolvimento de técnicas de processamento de dados, bem como de algoritmos que propiciam análises profundas do BigData aliados aos avanços na compreensão das ânsias biopsíquicas fomentam o desproporcional aumento na obesidade e os "trending topics" de redes sociais que tendem a chocar, bem como incrementa a quantidade de pessoas em atividades de caridade. Não há como os humanos terem desenvolvido mais fome ou empatia em tão breve período, depreende-se, portanto, que a grande mudança que ocorreu foi o poder de deturpação - mesmo que para fins humanitários e altruístas - de fatos, a fim de impressionar de maneira mais incisiva.

Como aponta em seu livro "Sapiens", Yuval Harari revela um futuro incerto entre os interesses capitalistas (e mesmo estatais), aliados às parafernalhas [parafernálias] cada vez mais eficazes em manipular seus alvos, e o o cada vez mais diminuto poder de um indivíduo isolado.

É imprescindível, haja vista o embate entre os interesses de grupos que detêm formas de alienação cada vez mais contundentes e os direitos inalienáveis, que leis com o intento de delinear o uso dessas ferramentas sejam criadas, assim como a criação de órgãos fiscalizadores. É necessário, também, enaltecer o senso crítico midiático no âmbito escolar, para que se possa reduzir a facilidade natural à alienação.

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[1] Visto que o termo essas retomou os 3 interesses dos parágrafo anterior (púb, priv e indiv), entendemos que nem todos eles são unilaterais. A mudança do pronome demonstrativo faz-se necessária para remover a ambiguidade.
[2] Se formos resumir sua tese sobre o tema encontraremos que: as publicações são práticas unilaterais de interesse, que, por vezes, viola os direitos dos indivíduos. Logo, não temos tal evidência na sua construção, o que comprometeu seu argumentação e talvez tenha te trazido a dúvida sobre a fuga do tema. Perceba no 1º e 2º parágrafo aquilo que sublinhei e que são partes da sua tese.

1) Tema
2,00 Excelente desenvolvimento do Tema.
1,70 Muito bom desenvolvimento do Tema.
1,20 Bom desenvolvimento do Tema.
0,90 Razoável desenvolvimento do Tema.
0,50 Abordagem tangencial e  insuficiente do tema.
0,20 Abordagem deficiente e baseada no senso comum.

2) Coerência nos parágrafos
1,00 Perfeita coerência entre todas as ideias.
0,80 Muito boa coerência entre todas as ideias.
0,60 Boa coerência entre todas as ideias.
0,40 Incoerências pontuais no texto.
0,20 Incoerências que comprometem o texto.

3) Argumentação
2,00 Excelente argumentação na abordagem do tema.
1,70 Muito boa argumentação na abordagem do tema.
1,20 Boa argumentação na abordagem do tema.
0,90 Argumentos previsíveis, mas suficientes na abordagem do tema.
0,50 Argumentos repetitivos na abordagem do tema.
0,20 Argumentos insuficientes na abordagem do tema.

4) Coesão na linguagem
1,00 Excelente emprego de elementos coesivos.
0,80 Muito bom emprego de elementos coesivos.
0,60 Bom emprego de elementos coesivos.
0,40 Emprego regular de elementos coesivos.
0,20 Problemas sérios no emprego de elementos coesivos.

5) Modalidade textual
2,00 Estruturação perfeita do texto.
1,60 Muito boa estruturação do texto.
1,30 Boa Estruturação do texto.
1,00 Estruturação regular do texto.
0,70 Alguma organização estrutural.
0,40 Estruturação deficiente do texto.

6) Gramática/Ortografia
2,00 Excelente utilização gramatical.
1,60 Muito boa utilização gramatical.
1,20 Boa utilização gramatical.
0,90 Seleção gramatical regular.
0,60 Seleção gramatical deficiente.
0,20 Sérios problemas utilização gramatical

Pontuação: 8,4 de 10 possíveis